Com Jair Bolsonaro (PL) na condição de ex-presidente uma velha fake news está de volta ao submundo das redes sociais: a de que o auxílio reclusão atende a todos os detentos.
Além de ser uma velha mentira que está na gênese do bolsonarismo, a versão 2023 veio com uma nova roupagem: a de que o auxílio reclusão tem valor acima do salário mínimo.
Essa velha fake News contou com a ajuda do senador Styvenson Valentim (PODE) e do deputado federal General Girão (PL).
Styvenson postou um storie no Instagram ironizando o presidente Lula da Silva (PT). “Só assim para comer picanha”, escreveu. “Agora vão receber mais que um salário mínimo pra ficar presos”, completou.
Já Girão foi ao Twitter dizer que o crime compensa. “Em um país onde o crime compensa, um preso tem mais direitos que um trabalhador. O bandido recebe aumento e o assalariado não. O que esperar de um país governado por um ex-presidiário?”, provocou.
Os dois espalharam uma mentira. Primeiro que o auxílio reclusão é no valor de um salário mínimo, ou seja, R$ 1.302, valor proposto ainda na gestão de Bolsonaro. Segundo que o valor de R$ 1.754,18 não é para pagar o auxílio reclusão, mas sim o teto de salário recebido pelo detento no dia em que foi preso. Quem tinha salário acima desse valor não tem direito.
Outra enganação propagada pelos parlamentares é de que todos os presos têm direito ao benefício. Na verdade, quem recebe o auxílio reclusão são os familiares dos presos que contribuíam com o INSS que tinha salário de até R$ 1.754,18 no mês em que foram presos.
Como é de se imaginar dispondo dessas informações pouquíssimos apenas possuem direito ao benefício. Só 2% da população carcerária em 2020 tinha conseguido acesso ao benefício.
O auxílio reclusão foi criado em 1960 quando o presidente era Juscelino Kubitscheck, 42 anos antes do PT chegar ao poder.
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