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As práticas da Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara (Wilson Dias/Agência Brasil)

Por General Girão*

Depois de um ano como Deputado Federal, eleito pelo Rio Grande do Norte, penso que vale a pena refletir — deixando que outros também o façam — sobre o jogo dentro da Câmara dos Deputados e como os congressistas tratam os reais interesses da população.

Desde o início, muitos amigos — especialmente familiares e militares — disseram que eu não tinha o perfil necessário para bem transitar como parlamentar.

Não concordei com eles porque, afinal, somos representantes de uma das carreiras de Estado e, embora formados para nos mantermos afastados da política partidária, temos que saber representar nossos eleitores na vigência do pleno estado democrático de direito.

Assim, optei por enfrentar mais uma missão de vida. Apesar de não ser uma missão de natureza militar, encarei o desafio com o mesmo espírito e guardando os mesmos princípios e valores, éticos e morais, que devem orientar os servidores públicos.

Juntamente com minha equipe, planejamos, administramos, coordenamos, articulamos e oferecemos estudos para que decisões fossem adotadas. Estudamos e discutimos temas de interesse nacional e local, conversamos com pessoas, bem como oferecemos apoio aos que nos pediram orientações de naturezas diversas.

Na atual legislatura, a 56ª da história da República, passei a conviver com outros 512 Deputados Federais e 81 Senadores sabendo que, pela própria ritualística do legislativo em todo o mundo, um parlamentar sozinho não decide nada. Ele pode e deve articular com os demais colegas as ações de interesse da população, oferecendo experiências e conhecimentos. Para isso existem comissões permanentes e temporárias, com funções legislativas e fiscalizadoras. Há também bancadas, frentes e grupos parlamentares. Contudo, todas as principais discussões, articulações e embates são levados ao plenário, para as decisões finais.

Nesse ambiente de plenário, lamentavelmente, estão as maiores distorções. As votações são pautadas conforme acordos de lideranças, delimitando desde o entrar ou não na pauta, o quando entrar e até como cada partido ou bloco deve votar. Com isso, proposições importantes são esquecidas e outras ganham celeridade, ao sabor de acordos feitos entre poucos. Além disso, não é incomum que novos textos e emendas sejam apresentados intempestivamente, terminando por serem aprovados sem que a maioria possa avaliar o mérito com a profundidade que a sociedade exige.

Exemplo recente foi a chamada Lei da Ficha Limpa, cujo formato inicial foi totalmente reconfigurado ao longo do processo em plenário, sem que muitos parlamentares tivessem como examinar adequadamente os conteúdos aprovados. Por isso considero que o rito praticado no Congresso funciona mal.

O Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD) é seguido somente nas práticas convenientes à cúpula que, não raro, cede às pressões dos partidos mais bem organizados, praticantes da “velha política”.

Os artigos 83 e 117, por exemplo, permitem uma série interminável de manobras protelatórias da oposição, com o intuito de atrasar e acumular a pauta de votações. São requerimentos relacionados a preferência, urgência, adiamento, retirada da Ordem do Dia, inversão de pauta, prorrogação de prazo, audiência de

Comissão, destaque, votação por determinado processo, e votação de proposição, artigo por artigo, ou de emendas, uma a uma.

Na maioria das vezes, a Mesa Diretora aceita passivamente todos esses recursos, embora os parlamentares saibam que, ao fim e ao cabo, por ocasião das votações nominais, o mais comum é que a esquerda seja fragorosamente derrotada, no mérito. Contudo, esse retardo obtido por meio dessas medidas protelatórias, causa danos à celeridade dos trabalhos e, a pauta de reformas e votações termina por ficar progressivamente acumulada, com graves prejuízos para a população brasileira.

Por outro lado, outros dispositivos do RICD são constantemente desobedecidos, sob o beneplácito da cúpula. No começo do ano legislativo de 2019, entramos com requerimento junto à Secretaria Geral da Mesa para que fosse cumprido o art. 74, o qual estabelece que o Deputado só poderá falar, durante as sessões plenárias, “sobre a proposição em discussão”. Esse requerimento sequer foi respondido, e a prática continua sob o pretexto de que “é um hábito da Casa”.

Assim, o cidadão de bem que tenta acompanhar as discussões plenárias da Câmara dos Deputados certamente deve ficar revoltado com os discursos da esquerda, totalmente divorciados das matérias em pauta, em atitudes que mais parecem de escárnio frente aos anseios e às necessidades do povo brasileiro.

Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, disse certa vez que “se as pessoas soubessem como são feitas as salsichas e as leis, não comeriam as primeiras e não obedeceriam às segundas”.

Lamentavelmente, podemos estar passando por situações semelhantes, no Brasil de hoje.

Quanto à convivência com os pares, já ouvi algumas afirmações não muito educadas ou apropriadas como, por exemplo, “aqui não é quartel”. É uma pena que não seja, porque faltam disciplina e respeito para com a sociedade e com os demais parlamentares.

Encerro afirmando que toda essa conjuntura — complexa e eivada de vícios — não me desanima. Na verdade, trata-se de uma série de desafios que se apresentam em mais essa missão de vida, como servidor da Pátria. E, contrariando os amigos, sinto-me cada vez mais preparado e revigorado para lutar contra essa “política tupiniquim”, ao tempo em que conclamo os demais companheiros de farda a juntarem-se a nós, porque assim esperam os cidadãos de bem — maioria esmagadora da sociedade brasileira.

*É deputado federal pelo Rio Grande do Norte.

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Confira o grau de fidelidade ao Governo dos deputados do RN

Maioria da bancada votam com Bolsonaro (Foto: montagem/Blog do Barreto)

Em média os deputados federais do Rio Grande do Norte votam 76% com as propostas do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O levantamento é do site Parlametria (https://perfil.parlametria.org/).

Dos oito parlamentares, seis deles tem alinhamento superior a 90% com os projetos do Governo. A média é puxada para baixo porque os outros dois votam em menos de 25% das vezes com as propostas de Bolsonaro.

Quem é mais leal ao Governo é General Girão (PSL) com 98% de apoio. O mandato mais distante do presidente é o de Natália Bonavides (PT) com 18% de votações favoráveis.

Veja o grau de fidelidade dos deputados do RN abaixo:

General Girão (PSL): 98%

Fábio Faria (PSD): 97%

Benes Leocádio (Republicanos): 96%

João Maia (PL): 94%

Walter Alves (MDB): 92%

Beto Rosado (PP): 91%

Rafael Motta (PSB): 24%

Natália Bonavides (PT): 18%

 

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“Chuva de Bala” e MCJ serão homenageados na Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados realizará na próxima quarta-feira (28), uma sessão solene para homenagear o evento “Mossoró Cidade Junina” e o espetáculo “Chuva de Balas no País de Mossoró”. A proposição é do deputado federal Beto Rosado (Progressistas).

 “O terceiro maior São João multicultural do país e o espetáculo que retrata a resistência do povo mossoroense ao bando de Lampião fazem parte da cultura do povo do Rio Grande do Norte. Como mossoroense será uma honra poder homenagear e promover o reconhecimento nacional destes eventos que preservam a nossa cultura e fomentam o turismo e a economia da região durante todo o mês junho”, afirmou Beto.

A solenidade será realizada no plenário Ulisses Guimarães, na Câmara dos Deputados, em Brasília, a partir das 9h, e será transmitida ao vivo para todo o Brasil pela TV Câmara, no canal 51.1 (aberto).

História

O Mossoró Cidade Junina teve início em 1996, quando a prefeitura municipal decidiu reunir, em um único evento, os arraiás de bairro que tradicionalmente aconteciam no mês de junho. De lá pra cá, já são 23 anos de MCJ, distribuído em oito polos culturais pela cidade e com mais de um milhão de visitantes.

A programação começa com o Pingo da Mêi Dia, o maior bloco junino do país. A Estação das Artes se transforma na Estação do Forró com atrações locais e nacionais. Ainda tem a Cidadela, o polo Cultura Popular, a Arena Deodete Dias que recebe o concurso de quadrilhas juninas, e o Boca da Noite que encerra os festejos do MCJ.

No adro da capela de São Vivente acontece o espetáculo Chuva de Balas no País de Mossoró. O musical foi escrito pelo poeta potiguar Tarcísio Gurgel (2001), e conta a história da invasão do bando de Virgulino Lampião à cidade de Mossoró e a expulsão dos cangaceiros liderada pelo prefeito Rodolfo Fernandes.

De acordo com uma pesquisa realizada pela prefeitura de Mossoró e a Universidade Potiguar (UnP), em 2019 o evento injetou mais de R$ 90 milhões na economia local durante o mês de junho. Outro dado impactante é que somente no Pingo da Mêi Dia foi movimentada uma média de R$ 33 milhões de reais. O montante trouxe reflexos positivos em diversos setores da economia, tanto formal quanto informal.

Texto e Foto: Assessoria Beto Rosado.

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Ex-deputados do RN recebem as aposentadorias mais altas da Câmara Federal

Ex-deputados recebem R$ 33 mil (Foto: Canindé Soares)

Agora RN

Henrique Alves (MDB) e Paulo Wagner estão na lista dos ex-deputados federais – do país, e não apenas do RN – que mais ganham com aposentadoria da Câmara: cada um recebe R$ 33.763,00.

O levantamento foi feito pelo portal Congresso em Foco, que listou o valor como sendo o maior recebido entre os ex-parlamentares aposentados do Brasil.

Henrique Eduardo Alves foi ex-presidente da Câmara dos Deputados, e parlamentar da Casa entre 1971 e 2015 – mais de 40 anos de Parlamento, o que justifica o valor de sua aposentadoria. Condenado em junho do ano passado por fraudes no FI-FGTS da Caixa Econômica e alvo de outros processos, ele passou quase um ano preso em razão da Lava Jato.

Paulo Wagner, por sua vez, foi eleito para apenas um mandato e se aposentou por invalidez. A condição foi aprovada por Henrique, na época presidente da Casa.

Outro ex-deputado potiguar que integra a lista é Ney Lopes. Ele recebe R$ 18.256,14 de aposentadoria.

Quadro geral

Atualmente, 499 ex-deputados federais ganham, juntos, R$ 7,18 milhões mensais em aposentadorias, uma média de R$ 14,39 mil por beneficiário – quase três vezes o limite proposto (veja a lista completa dos aposentados e seus respectivos benefícios mais abaixo).

Entre eles, apenas sete (1,4%) recebem abaixo do teto do INSS. Um grupo maior, formado por 17 beneficiários, tem direito a mais de R$ 33 mil por mês, valor pago aos parlamentares no exercício do mandato. Os dados não consideram os valores repassados àqueles que se aposentaram pelo Senado e foram extraídos da folha de pagamento da Câmara, referente a fevereiro, obtida pelo Congresso em Foco.

Entre os que ganham o teto estão parlamentares que deixaram o Congresso no último dia 31 depois de vários mandatos, como Miro Teixeira (Rede-RJ), deputado por 11 vezes, Simão Sessim (PP-RJ) e Bonifácio de Andrada (DEM-MG). Esses três, por exemplo, chegaram à Câmara ainda na década de 1970 e permaneceram na Casa por pelo menos 40 anos. Para receber o benefício integral é preciso acumular 35 anos de atividade (ou seja, nove mandatos na Câmara).

O rol de beneficiários também tem políticos que frequentaram o noticiário policial recentemente, como Roberto Jefferson (PTB-RJ), Valdemar Costa Neto (PR-SP), que cumpriram pena pelo mensalão, e Nelson Meurer (PP-PR), primeiro condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Operação Lava Jato, entre outros. O ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP), sentenciado pela Justiça em ambos os esquemas, também é aposentado pela Câmara.

Quem está na cadeia e começa a desfrutar do benefício da Câmara é o ex-deputado Geddel Vieira Lima (MDB-BA), que no próximo dia 14 de março completa a idade mínima de 60 anos para a aposentadoria parlamentar. Seu nome já aparece na folha de pagamento de fevereiro, apto a receber R$ 20.354 por mês. Geddel está preso desde setembro de 2017, após a Polícia Federal (PF) encontrar mais de R$ 51 milhões em espécie em um imóvel ligado a ele.

O valor de cada aposentadoria dos congressistas é calculado sobre o tempo de mandato. A cada ano cumprido na Casa, o deputado ou senador acumula 1/35 do salário (R$ 964) para a futura aposentadoria. No caso dos senadores, basta um mandato (oito anos) para ter direito a uma aposentadoria de R$ 7.717, valor quase R$ 2 mil acima do teto do INSS. Para deputados, em geral, só compensa aderir ao plano com no mínimo dois mandatos.

O regime com o qual os parlamentares contribuem hoje é o Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). A adesão ao plano é opcional. Para receber aposentadoria atualmente, o parlamentar precisa alcançar 60 anos de idade e 35 de contribuição, seja para a previdência parlamentar ou para o regime geral do INSS, por exemplo.

O PSSC foi criado em 1999 após a extinção do antigo, o Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), que foi liquidado naquele ano e repassou sua dívida à União. São os cofres da União que arcam com os compromissos desde então.

Apesar de extinto há 20 anos, este programa antigo ainda pesa no erário: a fatia prevista para cobrir o IPC no Orçamento da União em 2019 é de R$ 161,25 milhões, somando os repasses a ex-deputados e ex-senadores. É o IPC que ainda responde pela maioria dos benefícios: dos 499 ex-deputados aposentados, 433 (ou 86,77%) estão vinculados ao plano antigo, ou seja, contrataram a aposentadoria especial ainda no século passado. Há quarto anos, o Congresso em Foco mostrou que o IPC já havia engolido mais de R$ 2 bilhões em dinheiro público desde a extinção.

Esse quadro demonstra que a reforma do governo Bolsonaro, mesmo se aprovada nesses termos, ainda está longe de eliminar os desembolsos do programa. O texto determina que todos os políticos passem para o regime geral do INSS, mas o PSSC e o antigo IPC continuarão pagando aposentadorias até o último beneficiário vivo.

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Deputado do RN apresenta 15 projetos de lei na Câmara

O deputado federal Rafael Motta (PSB) iniciou o seu segundo mandato, na Câmara dos Deputados, apresentando, de uma só vez, 15 Projetos de Lei. As proposições foram protocoladas nesta terça-feira (5) e tratam de educação inclusiva, de direitos das mulheres, das crianças e dos adolescentes e do fomento de atividades econômicas no campo, entre outros temas.

O parlamentar conta que os 15 Projetos de Lei foram aprimorados durante o recesso parlamentar, com o respaldo da consultoria da Casa. “Essa é a função primordial do legislador: propor novas legislações e alterações às já existentes. Temos que assegurar a coerência entre as leis e a realidade das pessoas. Por isso, apresentamos um bom número de propostas, mas todas com qualidade”, disse Rafael Motta.

Dentre as proposições, está a que assegura vaga na escola mais próxima para estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida, a que garante a mulheres vítimas de violência o atendimento pela autoridade policial de sua escolha e a que inclui no Estatuto da Juventude as atividades econômicas no campo vinculadas ao turismo e à cultura como meio de acesso à profissionalização.

Os outros Projetos de Lei tratam de temas igualmente relevantes, como o atendimento educacional de jovens órfãos e o estímulo a bibliotecas, além de questões sustentáveis, como a aplicação de recursos obtidos com multas ambientais em ações de educação ambiental. As propostas seguem para tramitação nas comissões permanentes da Câmara dos Deputados.

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Dois potiguares integram mesa diretora da Câmara

Fábio e Rafael chegam a Mesa Diretora da Câmara

O Rio Grande do Norte emplacou dois deputados federais na nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Fábio Faria (PSD) e Rafael Motta (PSB) foram eleitos terceiro secretário e suplente de secretaria, respectivamente, para o biênio 2019-2021 na noite desta sexta-feira (1º).

A Mesa Diretora da Câmara possui 11 cargos. O RN foi um dos poucos estados do Brasil a ter dois membros na nova composição. O deputado federal carioca Rodrigo Maia (DEM) foi reeleito para a condução dos trabalhos na casa integrante do Congresso Nacional.

A terceira secretaria e a suplência de secretaria auxiliam a Mesa na direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados. Fábio já foi o segundo vice-presidente da Mesa em 2013-2015. Rafael é atualmente o presidente da Comissão de Turismo e o secretário da Juventude da Casa.

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Câmara dos Deputados homenageia UERN

 

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) foi homenageada nesta terça-feira, 16 de outubro, na Câmara dos Deputados, em Brasília/DF. A sessão solene em homenagem aos 50 anos da UERN foi proposta pelo deputado Beto Rosado e presidida pelo deputado Walter Alves.

O reitor Pedro Fernandes e a vice-reitora Fátima Raquel participaram da solenidade, juntamente com a secretária estadual de Educação, Cláudia Santa Rosa, o professor e vereador Francisco Carlos, representando a Câmara Municipal de Mossoró, além de prefeitos de municípios do Rio Grande do Norte que prestigiaram a solenidade.

Da bancada federal do RN participaram os deputados Walter Alves e Felipe Maia, além do senador José Agripino. A solenidade foi transmitida ao vivo pela TV Câmara e também pela Internet. Na ocasião, foi exibido o vídeo institucional dos 50 anos da UERN.

Em sua fala, o reitor Pedro Fernandes agradeceu a homenagem e resgatou a história da UERN, ressaltando a importância da Instituição para o RN e seu potencial de transformar vidas a partir da educação. “A UERN é uma Universidade inclusiva, com a missão de formar, produzir e disseminar o conhecimento em nosso Estado. Abrangemos todo o interior. Conforme o Conselho Estadual de Educação, a cada 20 diplomas de professores da Educação Básica, 17 são da UERN. Manter a UERN como patrimônio do povo do RN é nossa missão”, afirmou Pedro Fernandes.

Outro destaque da fala do reitor foi a luta pela autonomia financeira: “A autonomia de gestão financeira e patrimonial é nosso objetivo, meta, que consiste, dentre outros aspectos, em definir, em regulamento próprio, aprovado nos conselhos superiores, normas e procedimentos de elaboração, execução e controle do orçamento. A defesa e a materialização da autonomia de gestão financeira e patrimonial devem nos unir e mobilizar nossas energias e relações para sua concretização. É uma luta de todos nós”, enfatizou Pedro Fernandes.

Representando a Câmara Municipal de Mossoró, o professor Francisco Carlos falou sobre os trabalhos da Frente Parlamentar e Popular em Defesa da UERN. Já a secretária de Educação, Cláudia Santa Rosa, ressaltou a importância da UERN: “O dia de hoje homenageia a UERN e, portanto, o povo potiguar. Importante o reconhecimento ao trabalho da UERN pela Educação. Os desafios da UERN para os próximos 50 anos são muitos, contudo nenhum país consegue ser digno se não educar com excelência”.

A solenidade também contou com as falas do senador José Agripino e do deputado Felipe Maia. “A UERN é um marco na educação no interior do nosso Estado”, declarou José Agripino. Já Felipe Maia falou sobre a abrangência da Universidade, ressaltando seu potencial.

Ao término da solenidade, o deputado Walter Alves anunciou a dotação de emendas para a Universidade. “O senador Garibaldi vai destinar emenda para 2019 à UERN e eu irei alocar emenda de R$ 200 mil para a UERN”, concluiu.

Texto: Agecom/UERN

Fotos: Vanessa D´Olivier

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Projeção para Câmara Federal: 13 nomes disputam oito vagas no RN

O Blog do Barreto arrisca-se a fazer projeção para a Câmara Federal nas eleições deste ano. São 13 nomes disputando oito vagas.

Sobre a divisão para as coligações o cenário é muito claro: a coligação liderada pelo governador Robinson deverá fazer quatro ou cinco cadeiras. A coligação liderada pelo ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) deverá fazer dois ou três nomes. A coligação da senadora Fátima Bezerra (PT) fará um deputado federal.

Quem tem chances em cada coligação?

Coligação de Robinson Faria (Trabalho e Superação I)

Projeção: quatro ou cinco vagas

Favoritos

Fábio Faria (PSD)

Rafael Motta (PSB)

João Maia (PR)

Karla Dickson (PROS)

Karla Veruska (AVANTE)

Rogério Marinho (PSDB)

Benes Leocádio (PTC)

Abraão Lincoln (PRB)

Coligação de Carlos Eduardo (100% RN I)

Projeção: dois ou três vagas

Favoritos

José Agripino (DEM)

Walter Alves (MDB)

Beto Rosado (PP)

Coligação de Fátima Bezerra (Do Lado Certo)

Projeção: elege um candidato

Favoritos

Fernando Mineiro (PT)

Natália Bonavides (PT)

Corre por fora: a Coligação Renova RN I ligada ao candidato Brenno Queiroga (SD) tem chances de fazer um federal, mas depende de uma improvável combinação de resultados para ter uma sobra sem necessariamente atingir o quociente eleitoral conforme as novas regras. Nesta chapa os nomes mais fortes são: Bertonne Marinho (PV) e  Lawrence Amorim (SD).

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Beto Rosado, Zenaide Maia e o novo tipo de cobrança do eleitor

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Beto Rosado tem atuado na tática de liberar emendas

As manifestações de junho de 2013 deixaram vários legados que foram se transformando aos poucos. Um deles se dá por meio das redes sociais onde o eleitor passou a acompanhar os mandatos dos seus representantes com mais atenção.

Quem não lembra do bordão “você não me representa”?

Se antes a melhor forma de um parlamentar se promover era a apresentação de emendas que uniam o útil ao agradável fortalecendo um pacto com prefeitos e eleitores, agora não basta isso. O eleitor quer se sentir representado pelos seus representantes. É esse o fato novo.

Veja o caso de Beto Rosado (PP). Ele foi desaprovado em enquete realizada no grupo do Blog do Barreto no Facebook (ver AQUI) com mais de 70% de rejeição. Parece-me injusto esse resultado, portanto, ouso discordar da maioria dos meus leitores muito embora discorde quase 100% dos posicionamentos políticos do pepista. Ele não me representa no campo das ideias, mas isso não quer dizer que seja tão ruim como alguns que votaram na enquete acham.

Das oito vagas do Rio Grande do Norte na Câmara dos Deputados cinco são ocupadas por novatos. Beto é um deles. Por mais que se discorde das posições adotadas por ele é inegável que ele faz um mandato superior aos de Walter Alves (MDB), Antonio Jácome (PODE), Rafael Motta (PSB) e Zenaide Maia (PR). Ele tem se saído melhor, principalmente para Mossoró e região, até mesmo que os veteranos Rogério Marinho (PSDB), Felipe Maia (DEM) e Fábio Faria (PSD).

Toda semana você verá ao menos uma notícia sobre liberação de recursos da parte de Beto por mais que não goste das decisões tomadas por ele. Se não viu está sendo injusto em afirmar que ele “não faz nada”.

Mas o foco deste texto é no sentido de mostrar que as emendas, recursos liberados e projetos apresentados não são mais suficientes para trazer reconhecimento a um deputado. Nos últimos anos as pessoas passaram a acompanhar melhor os deputados nas redes sociais e a imprensa passou a revelar como cada um deles votam.

Resultado: surgiram grupos de pressão que obrigam os parlamentares a tomarem posições mais claras e honrarem a alcunha de representantes do povo. Quem não seguiu isso à risca sente na pele as críticas.

Beto votou pela reforma trabalhista, congelamento de gastos públicos por 20 anos e pelo impeachment. Talvez só esta última pauta divida opiniões, mas as outras duas pegaram mal. Para piorar ele ajudou a salvar a pele de Michel Temer nos dois pedidos de autorização para o presidente ser processado no Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando a opinião pública.

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De olho no Senado, Zenaide é figura recorrente em procissões

Na contramão disso, temos o caso de Zenaide Maia. Trata-se de uma deputada de atuação discretíssima. Dificilmente algum leitor conseguirá dizer de cara uma ação dela. Mas ela está em alta, cada dia mais favorita para ser eleita senadora mesmo tendo um sobrenome tradicional da política.

Qual o segredo de Zenaide? Votou na contramão da bancada potiguar o tempo todo. Foi contra o impeachment, reforma trabalhista, congelamento dos gastos públicos e foi favorável a abertura dos processos contra Temer.

O material enviado pela assessoria de Zenaide é sempre a mostrando em eventos. Raramente a deputada liberando algum recurso para prefeituras ou anunciando emendas. Mas as pessoas se sentem representadas por ela pelas posições que tomou.

Na eleição proporcional desse ano teremos um peso maior, não sei ainda se decisivo, do fator representatividade.

O eleitor quer mais.