Categorias
Artigo

Eleição 2018: 66 dias sem discutir o que importa

O processo eleitoral no Brasil teve 45 dias de primeiro turno e mais 21 de segundo turno. Ao todo foram 66 dias de campanha para Governo do Estado e Presidência da República.

Em nível de Estado pouco se discutiu a respeito de propostas para que novas cadeias produtivas se instalem no Rio Grande do Norte, um Estado refém do modelo econômico de Cortez Pereira.

Coisa dos anos 1970.

No primeiro turno tivemos um festival de propostas vazias e inexequíveis. O segundo turno deveria ser uma nova chance para se discutir assuntos relevantes e aí incluo saúde, segurança e educação, temas que que ficaram num plano secundário na primeira etapa do pleito.

Nem Carlos Eduardo Alves (PDT) nem Fátima Bezerra (PT) se comprometeram. Preferiram trocas de farpas e agressões. Apostaram no voto por exclusão do oponente num debate antiPT x antioligarquia.

Em nível nacional não tivemos a discussão sobre os caminhos para a retomada do crescimento de um país afundado numa crise econômica que parece ser sem fim. A disputa se limitou a um festival grotesco de ataques em que a verdade foi diariamente trucidada.

O futuro que emergirá das urnas hoje para o Rio Grande do Norte e o Brasil não é nada favorável, infelizmente.