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Comitê Científico do Consórcio Nordeste é contrário à abertura econômica do RN no atual momento da pandemia

Miguel Nicolelis é um dos coordenadores do Comitê Científico do Consórcio Nordeste – Foto meramente ilustrativa – Crédito: Agência Saiba Mais

“Nós somos realmente contrários a qualquer tipo de abertura no Rio Grande do Norte”. A afirmação é do neurocientista e um dos coordenadores do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste, professor Miguel Nicolelis, e foi feita durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 3, por videoconferência.

A entrevista teve como objetivo a apresentação do Boletim nº 9, publicado ontem, 2, pela Comissão, e contou ainda com a participação de Sérgio Rezende, que também é coordenador.

Durante a coletiva, Miguel Nicolelis respondeu que o Comitê não recomenda liberação no RN. “O Estado ainda tem uma sobrecarga do sistema de saúde importante acima de 90%, quase 100%. Os índices ainda são muito altos”, disse.

“Nós temos clara determinação de que esta abertura é injustificável”, acrescentou.

O posicionamento do Comitê vai, justamente, na contramão da abertura econômica. “Pelo contrário, nós reenfatizamos a necessidade de ampliar o isolamento social, bloqueios na BR-101, bloqueios de barreira sanitária, estudos de controle de fluxo, principalmente de Natal, para a grande Natal e para Mossoró. Nós reiteramos que as cidades da Grande Natal, como por exemplo, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, ainda tem índices de crescimento muito importantes do vírus e crescimento de pacientes graves. Então, ainda não há justificativa alguma para abertura no Estado do Rio Grande do Norte”, ressaltou o coordenador

Esse ponto de vista já estava explícito no boletim publicado ontem, que mencionou o crescimento de casos e a taxa de ocupação de leitos de UTI, afirmando não entender quais critérios epidemiológicos e clínicos têm sido usados pelo para justificar uma reabertura, mesmo que gradual, de lojas e outras atividades econômicas na capital do Estado.

A análise faz ainda um paralelo com o estado norte-americano do Texas, para exemplificar que qualquer relaxamento prematuro do isolamento social nos municípios onde a pandemia ainda não está controlada, como em Natal e Mossoró, citados no documento, pode ocasionar, invariavelmente, efeitos desastrosos.

“No caso específico de Natal, a ocorrência de um fluxo de casos graves, provenientes do interior do estado, pode gerar um colapso completo do sistema hospitalar da cidade. Vale ressaltar também que pelo menos um município da região metropolitana de Natal, São Gonçalo do Amarante, ultrapassou o nível crítico de 1.000 casos por cem mil habitantes”, afirma o boletim.

No diagnóstico sobre o RN, o Comitê afirma que é necessária uma completa reversão do plano de flexibilização tanto por parte do Governo do RN, quanto pela Prefeitura de Natal, para evitar o agravamento considerável da situação. “Com ocupação máxima de leitos de UTI em Natal e Mossoró (e provavelmente em outras cidades cujos dados não chegaram a este comitê) por várias semanas, não é concebível que qualquer tipo de afrouxamento do isolamento seja sequer considerado, muito menos implementado”, diz trecho do documento.

No diagnóstico, o Comitê defende ainda medidas mais rígidas de isolamento, testagem e rastreamento de contatos de pacientes infectados. “A possibilidade de se estabelecer um lockdown de todo o estado, bem como o fechamento intermitente das fronteiras do estado com o Ceará e a Paraíba também deveria ser considerada imediatamente”, finaliza o diagnóstico.

Interiorização da pandemia pode causar ‘efeito bumerangue’ no Nordeste

O Boletim divulgado ontem pelo Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste chama a atenção para o processo de interiorização dos casos de Covid-19.

De acordo com o documento, em 15 de abril havia 112 microrregiões do Nordeste com menos de 50 casos confirmados. Pouco mais de dois meses depois, em 20 de junho, somente seis microrregiões apresentavam esse cenário. “Esta interiorização crescente se manifesta também nos valores do fator de reprodução (Rt) calculados para cada estado nordestino, uma vez que na maioria dos casos estes valores se apresentam muito mais altos em cidades interioranas do que nas capitais.”

Além disso, segundo as informações, as análises das curvas de crescimento de casos e óbitos das áreas metropolitanas de cada capital e do interior de cada unidade federativa do Nordeste revela um crescimento maior desses indicadores nas regiões do interior.

A combinação desses fatores, entre outros mencionados no documento “indicam que tanto a região Nordeste, bem como todo o Brasil, pode estar à beira de experimentar o que foi designado como ‘efeito bumerangue’”, menciona o boletim.

“Nesta condição, o aumento de casos no interior dos estados resulta num fluxo de pacientes em estado grave para as capitais dos estados, uma vez que estas são as únicas que dispõem da infraestrutura hospitalar adequada (como leitos de UTI) para tratar destes casos. Apesar de terem experimentado uma redução temporária nas taxas de ocupação de leitos de enfermaria e UTI recentemente, todas as capitais brasileiras podem se deparar com o cenário no qual uma verdadeira avalanche de casos graves, advindos do interior, voltariam a produzir uma sobrecarga dos seus sistemas hospitalares, ameaçando-os com um colapso em um intervalo de tempo muito curto”, alerta o Comitê Científico sobre o Nordeste de modo geral.

 

Comitê orienta estados sobre medidas de enfrentamento à pandemia

Entre as iniciativas citadas para atenuar o cenário de risco, o órgão orienta instituição imediata de medidas mais rígidas de isolamento social (lockdown) e/ou reversão de planos de flexibilização do isolamento em localidades que apresentem curvas crescentes ou em platô com patamares elevados de casos e óbitos, com fator de reprodução (Rt) acima de 1 e que tenha excedido a taxa de ocupação de 80% de leitos (enfermaria e/ou UTI).

“O afrouxamento só pode ser cientificamente justificado por um Rt sensivelmente abaixo de 1, com curvas de casos e óbitos apresentando quedas consistentes e de grande monta por mais de 14 dias, e com uma taxa de ocupação de leitos (enfermaria e/ou UTI) ao redor de 70%, como preconizado por este comitê”, reforça.

Outras medidas indicadas são instituição de barreiras sanitárias ou de bloqueios temporários do tráfego não essencial e a implementação imediata de Brigadas Emergenciais de Saúde em todos os estados do Nordeste, que permitiria a busca ativa dos casos nas fases iniciais, nos locais onde o vírus ataca – residências, locais de trabalho – em todos os municípios e em todos os bairros.

O Comitê orienta ainda a adesão dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco ao aplicativo Monitora Covid19 e à Matriz de Risco proposta pelo órgão, a fim de que haja uma estratégia sincronizada regionalmente no combate à pandemia o mais rápido possível.

O documento contém uma análise detalhada da situação atual. Leia o boletim na íntegra:

https://drive.google.com/file/d/1IsrwNcmKWdouXAX8uYZmI6-Dyt1rDg9t/view

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Governadora do RN anuncia abertura de leitos para os próximos dias e fala sobre prorrogação da retomada das atividades econômicas

Governadora do RN, Fátima Bezerra, participou da primeira coletiva de imprensa nesta quarta-feira (Foto: Demis Roussos)

Em coletiva de imprensa realizada em Natal no início da tarde desta quarta-feira, 24, para atualização dos dados referentes à pandemia do novo coronavírus, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, falou sobre a abertura de novos leitos e sobre a prorrogação da retomada das atividades econômicas por sete dias, anunciadas essa semana em novo Decreto do Governo do Estado.

A previsão, segundo a Governadora, é de que até o final do mês sejam abertos mais 20 leitos de UTI no Hospital João Machado; onze de UTI e seis clínicos em Pau dos Ferros; dois de UTI em Caicó; dez leitos de UTI e seis clínicos em Assú; cinco leitos de UTI no Hospital São Luiz em Mossoró; dez de UTI no Hospital Coronel Pedro Germano (Hospital da PM); um leito de UTI em Guamaré e cinco leitos de UTI em São Gonçalo, no Hospital Belarmina Monte. Também está prevista abertura de leitos em João Câmara e em Santo Antônio.

De acordo com a Governadora, cerca de 390 leitos, entre críticos e clínicos, foram criados pelo Governo do Estado, inclusive, em parceria com os demais poderes e com os Ministérios Públicos.

Ela afirmou que o Estado empenhou mais de R$ 100 milhões, sendo parte do Governo Federal, parte do Governo Estadual e parte advindo das doações que o Estado tem recebido, e que o dinheiro tem ido, principalmente, para locação e operacionalização dos leitos de UTI.

Durante a coletiva, a Governadora comentou as dificuldades enfrentadas no Brasil e no mundo, em relação à aquisição de insumos. “Mas nós temos enfrentando dificuldades, por exemplo, de recursos humanos, bem como de outros insumos”, disse.

No que se refere à prorrogação das medidas de distanciamento no RN por sete dias, Fátima Bezerra foi questionada sobre se acredita que o prazo é suficiente para reduzir a taxa de ocupação de leitos no Estado. “Essa medida que nós tomamos de prorrogar as medidas restritivas em curso de distanciamento e isolamento social ela se faz necessária. Nós estamos seguindo a orientação da ciência, a orientação do nosso Comitê Científico local, bem como também, a recomendação dos Ministérios Públicos do nosso Estado. Por quê? Porque, infelizmente, a situação da pandemia no nosso Estado inspira muitos cuidados ainda. Nós estamos chegando exatamente no pico e nesse momento, mais do que nunca, a gente precisa conter a propagação do vírus, para que nós possamos, o mais rapidamente possível, vencer exatamente essa fase e chegar na chamada, digamos assim, curva achatada. Ao mesmo tempo, nós temos que olhar para o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Vários estados que decidiram fazer a reabertura das suas atividades econômicas, trouxe o agravamento do ponto de vista da pandemia e tiveram que recuar agora, adotando, inclusive, medidas mais rígidas, medidas mais restritivas”, disse.

Com relação à pressão sobre o Governo, ela respondeu que a situação faz parte, que entende a pressão e que também tem que olhar para a questão dos empregos.

“O que nós temos aqui é que ter sabedoria e responsabilidade, na condição de governadora para não deixar estabelecer essa dicotomia entre a vida e a economia, porque sem a vida não vai ter economia também”, acrescentou.

A Governadora falou ainda sobre a possibilidade de o setor produtivo acionar a Justiça para que a retomada das atividades econômicas ocorra antes dos sete dias de validade do novo Decreto. Fátima Bezerra comentou que o processo de judicialização tem acontecido em outros estados do Brasil. “Mas eu quero dizer aqui que se isso acontecer eu espero que a Justiça mantenha a decisão que o Estado tomou”, afirmou.

Questionada se o dia 1º de julho seria, realmente, a data limite para retomada das atividades econômicas ou se haveria possibilidade de prorrogação, a Governadora respondeu: “Isso vai depender da evolução da pandemia. Como eu já deixei claro, nós dialogamos com todos, o setor produtivo, com os trabalhadores, mas quem me dá o tom é a ciência, através do Comitê Científico local, formado por especialistas das mais diversas áreas, de grande credibilidade. A nossa expectativa é uma expectativa positiva”

Durante a coletiva, Fátima Bezerra voltou a ressaltar a importância do Pacto pela Vida, da participação de prefeitos e prefeitas e da união de todos. Ela lembrou que ainda não existe vacina contra o coronavírus e que só o isolamento social é eficaz.

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CF8 lança Caravana Virtual Feminista da Economia Solidária

Iniciativa virtual contará com a participação de mulheres de movimento solidários (Imagem: Reprodução)

Através de uma live, transmitida às 20h desta quinta-feira, 18, o Centro Feminista 8 de Março (CF8) lançará a Caravana Virtual Feminista da Economia Solidária. A programação será marcada pelas apresentações de Khrystal, Conceição Andrade e Eva Rocha e contará com a participação das mulheres dos empreendimentos solidários que integram a caravana, como informou a assessoria de comunicação do CF8.

A Caravana virtual é uma possibilidade encontrada pelo Centro Feminista, em parceria com a Rede Xique-Xique, para lidar com o período de pandemia do novo coronavirus. “A caravana é composta por debates sobre economia solidária e feminista, atividades culturais online e uma loja virtual com proposta de comercialização solidária organizada por grupos de mulheres que tiveram suas atividades de comercialização afetadas devido ao distanciamento social. Ao comprar nesta loja as pessoas vão estar contribuindo com uma rede de solidariedade que fortalece o trabalho de diversas artesãs, possibilitando que elas possam ter o direito de ficar em casa e continuar produzindo, mesmo no contexto atual”, informa a assessoria.

No site da Caravana, artigos como máscaras protetoras, chinelos customizados, bolsas e chaveiros, cuja venda vai ajudar a fortalecer a iniciativa.

Ainda de acordo com a assessoria, a ação integra o projeto ‘Mulheres no semiárido: água para produção, economia solidária para comercialização’ que é executado pelo CF8, com financiamento da Fundação Banco do Brasil e co-financiamento da União Europeia e beneficia diretamente mulheres de Mossoró, Natal Macaíba e Ceará-Mirim. Outra iniciativa desenvolvida pelo projeto é o desenvolvimento de tecnologias de reuso de água, oportunizando a melhoria na capacidade de produção dos quintais produtivos de diversas mulheres. A construção das tecnologias, que está temporariamente suspensa, deve ser retomada após o período de isolamento social.

Com informações da assessoria de comunicação do CF8.

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Olho D’Água do Borges também dá início a lockdown

Medidas mais rígidas de isolamento foram iniciadas hoje em Olho D’Água do Borges (Foto: Reprodução/ Prefeitura de Olho D’Água do Borges)

Após a publicação do Decreto Municipal Nº 24, a cidade de Olho D’Água do Borges iniciou nesta sexta-feira, 12, medidas mais rígidas de isolamento social (lockdown) para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. O documento foi publicado ontem e é válido até o dia 22 de junho.

Entre as medidas estipuladas, dever especial de confinamento; dever especial de proteção por pessoas do grupo de risco; dever especial de permanência domiciliar; controle de circulação de veículos particulares e controle de entrada e saída do Município.

“Durante o período de 12 a 22 de junho, fica determinantemente proibida a circulação e permanência de pessoas em vias públicas, praças, calçadas ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, no âmbito do Município de Olho D’Água do Borges”, diz o documento.

Conforme o Decreto, a exceção ao controle de circulação de pessoas e veículos nos espaços e vias públicas as hipóteses de deslocamento por força maior, trabalho, serviços de saúde ou para ter acesso aos serviços essenciais. O documento lista como serviços essenciais supermercados e similares, frigoríficos, farmácias padarias, postos de combustíveis. Estabelecimentos como restaurantes e lanchonetes poderão funcionar na modalidade delivery.

O Decreto também proíbe a circulação de veículos particulares e o serviço de transporte de passageiros, sobretudo, aqueles realizados por prestadores de serviços de outros municípios, com exceção dos casos previstos no próprio documento, como deslocamento relacionado a atividades de saúde e segurança e trânsito de veículos pertencentes a estabelecimentos ou serviços essenciais, entre outras exceções.

O funcionamento de instituições bancárias, incluindo correspondentes bancários e lotéricas também fica proibido durante o período de vigência do Decreto.

O documento determina ainda que as pessoas monitoradas, suspeitas ou com casos confirmados de Covid-19 devem permanecer em confinamento obrigatório no domicílio ou em local determinado pela autoridade de saúde.

Quem descumprir as medidas está sujeito, além da responsabilização nas demais esferas, à responsabilização pelo acometimento de infrações administrativas, puníveis com multas que variam de R$ 200,00 a R$ 350,00. Além disso, o estabelecimento que descumprir o Decreto está sujeito a interdição e cassação do alvará de funcionamento.

O documento informa que as notificações e autuações serão realizadas pelas autoridades de Saúde ou de Vigilância Sanitária do Município.

 

Situação epidemiológica

Segundo boletim epidemiológico publicado pela Prefeitura de Olho D’Água do Borges na quarta-feira passada, 10, o município tinha onze casos confirmados.

Boletim epidemiológico emitido pela Secretária da Saúde Pública do RN (SESAP-RN) ontem, 11, não tinha registros de suspeitos e informava nove casos confirmados.

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Touros adota toque de recolher em novo Decreto Municipal

Touros tem mais de 100 casos confirmados de Covid-19, segundo boletim da Sesap-RN publicado ontem, 10 (Imagem: Reprodução)

A partir desta quinta-feira, 11, o município de touros está adotando novas medidas de isolamento social, como forma de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. As determinações foram editadas no Decreto Municipal Nº 094, publicado ontem, 10 e são válidas até o dia 22 de junho. Entre as ações estipuladas, toque de recolher no município, diariamente, a partir das 22h até as 5h do dia seguinte, enquanto durar a situação de calamidade pública.

De acordo com o decreto, a proibição só não é válida para os trabalhadores dos estabelecimentos de serviços essenciais, que estiverem em deslocamento para o trabalho ou retornando do trabalho. Quem não respeitar o toque, está sujeito a responder pelo descumprimento.

“Quem descumprir o toque de recolher pode ser indiciado por crimes contra a Saúde Pública, como causar epidemia ou infringir medida sanitária preventiva no tipo do art. 268 do Código Penal e de desobediência, além de multa de R$300,00 (trezentos reais), multiplicada por 02 (dois) a cada reincidência”, diz o texto.

O Decreto também estabelece como política de isolamento social o dever especial de confinamento; dever especial de proteção por pessoas do grupo de risco, que não devem circular em espaços e vias públicas ou equiparados a vias públicas, exceto com uso de máscaras para propósitos definidos no decreto; dever especial de permanência domiciliar; controle de circulação de veículos particulares e controle da entrada e saída no território. As circunstâncias em que a circulação de pessoas e veículos podem ocorrer podem ser conferidas no Decreto.

O documento orienta as providências que devem ser adotadas pelos serviços e atividades autorizados a funcionar, bem como informa as penalidades que podem ser aplicadas, diante da violação das medidas.

Também está previsto o uso obrigatório de máscaras e apresentação de comprobatórios para circulação na cidade.

Outras determinações estão previstas no Decreto, que pode ser conferido na íntegra, clicando aqui.

Situação epidemiológica

De acordo com boletim epidemiológico divulgado ontem, 10, pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), o município de Touros tem 118 casos confirmados do novo coronavírus e registrou seis óbitos com confirmação da doença. Há 50 casos suspeitos no município e 169 foram descartados.

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Prefeitura de Tibau regulamenta acesso à cidade como medida de combate à pandemia

Fluxo de veículos para Tibau em um dos finais de semana (Foto: Reprodução/ Instagram Prefeitura de Tibau)

A Prefeitura de Tibau publicou hoje, 10, o Decreto Nº 017, com novas medidas de prevenção e enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Entre as determinações previstas no documento, necessidade de apresentação de cópia legível de comprovante de residência, por parte de ocupantes de veículos que busquem acesso à cidade e proibição de aglomeração na orla marítima nos feriados e finais de semana de junho.

De acordo com o documento, fica proibida a aglomeração de pessoas físicas na orla marítima e em pontos turísticos do município litorâneo nos dias 11, 12, 13, 14, 19, 20, 21, 26, 27 e 28 deste mês.

Segundo o Decreto, em quaisquer circunstâncias, nos locais determinados no documento e enquanto durar a pandemia, também fica proibido o acesso de veículos automotores e motocicletas a Tibau sem que os seus ocupantes apresentem cópia legível do comprovante de residência local ou documento equivalente. Está proibida também a comercialização e o uso de bebidas alcoólicas; o uso de equipamentos sonoros e a realização de atividades que configurem festejos juninos.

Para garantir o cumprimento das medidas, o Decreto prevê a realização de barreiras de fiscalização e de orientação, sob a coordenação da Vigilância Epidemiológica Municipal, Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Governo do Estado, através da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Estadual.

O documento autoriza às atividades de fiscalização e de Poder de Polícia a adoção de atitudes necessárias ao cumprimento das medidas, sujeitando os infratores às penalidades da Lei.

“A desobediência aos comandos previstos neste Decreto, caracterizará infração administrativa e sujeitará o infrator à aplicação de penalidades, sem prejuízo de demais sanções civis, administrativas e criminais previstas para os crimes elencados nos artigos 268 (infração de medida sanitária preventiva) e 330 (crime de desobediência) do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940)”, acrescenta o documento.

Dados epidemiológicos

Segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), Tibau tem 24 casos confirmados do novo coronavírus, 31 casos suspeitos, 51 descartados. Um óbito está em investigação.
Boletim epidemiológico publicado pela Prefeitura de Tibau nesta quarta-feira, 10, informa que há 33 casos confirmados, 25 suspeitos e 68 descartados; dez casos foram considerados inconclusivos.

Fluxo de veículos com destino a Tibau

Postagem no perfil da Prefeitura de Tibau no Instagram realizada há quatro dias mostrou o aumento do número de veículos chegando à cidade. De acordo com a postagem, no sábado passado, 6, “o número de pessoas que chegaram à cidade desde às 8h da manhã até o final da tarde, ultrapassou os 500 veículos”, disse a postagem, que fez referência à barreira de orientação realizada na entrada do Município.

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Potigás doa cestas básicas e kits de limpeza em apoio ao combate dos efeitos da pandemia

Da Central de Controle de Recebimento e Distribuição de Doações de Insumos e Bens do RN, doações seguem para famílias beneficiadas – Foto: Assecom/Potigás

450 cestas básicas e 460 kits de limpeza e higiene pessoal foram entregues pela Companhia Potiguar de Gás, ontem, 25, à Central de Controle de Recebimento e Distribuição de Doações de Insumos e Bens do Estado do Rio Grande do Norte. As doações serão distribuídas com objetivo de amenizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus, como informou a assessoria de comunicação da Potigás.

A partir da Central de Controle, que recebe as demandas assistenciais coordenadas pela Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS), os donativos serão transportados para as famílias que serão contempladas no Rio Grande do Norte.

Através da assessoria de comunicação da Potigás, a diretora-presidente da Companhia, Larissa Dantas, reforçou o papel social da empresa nesse período de dificuldades. “Entendemos que o momento é delicado e queremos contribuir com aqueles que estão em situação de vulnerabilidade social. A preocupação atual é com a saúde dos potiguares de forma a pouparmos vidas. Em breve estaremos de volta à nossa rotina e juntos iremos reerguer a nossa economia”, afirmou.

Segundo a assessoria de comunicação da Potigás, desde o início da pandemia a Companhia vem atuando para minimizar os efeitos da crise enfrentada. Exemplo mencionado é a negociação de dívidas de empresas e comércios que estão tendo dificuldades em realizar os pagamentos.

 

Com informações da Assecom/Potigás

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Produtos da agricultura familiar ajudam a compor kits entregues a alunos da rede pública estadual do RN

Kits foram adquiridos com recursos do PNAE; itens foram comprados da agricultura familiar e do comércio local – Foto: Cedida/ Secretaria de Educação do RN

Itens alimentícios originários da agricultura familiar do Rio Grande do Norte estão presentes nos kits entregues aos estudantes matriculados em escolas públicas do Estado. Ao todo, foram investidos mais de R$ 2,8 milhões provenientes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) na aquisição dos produtos.

Segundo o responsável pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (SEDRAF), Alexandre Lima, a ação do Governo do Estado faz parte das medidas emergenciais de combate à pandemia do novo coronavírus. A iniciativa ocorre através de uma parceria entre a Secretaria de Educação e a SEDRAF.

De acordo com a descrição da Secretaria da Educação e da Cultura, para a montagem dos kits foram adquiridos da agricultura familiar 25.996 Kg de leite em pó (R$ 556.955,70), em 175.996,65 Kg de polpa de frutas (R$ 1.582.503,00), 54.410 Kg de feijão macassar (R$ 336.372,32), 64.564 Kg de arroz vermelho (R$ 318.818,00 ) e 17.834 Kg de bebida láctea (R$ 65.322,12), totalizando 338.801 quilos de alimentos e R$ 2.859.971,14.

Alexandre Lima afirma que a venda representou a maior aquisição de produtos da agricultura familiar da história em uma única compra. Ao longo de todo o ano de 2019 o Governo do RN investiu cerca de R$ 5 milhões na aquisição de gêneros da agricultura familiar, de acordo com a comparação do secretário.

Para ele, a escala de produção demonstra a importância da agricultura familiar para o abastecimento. Além disso, a compra faz girar a economia local.

Ele informa que os kits já começaram a ser entregues e irão atender a mais de 215 mil alunos das mais de 600 escolas do Estado. Além dos itens provenientes da agricultura familiar, os kits contêm produtos adquiridos no comércio local.

De acordo com Alexandre Lima, a compra é centralizada, mas o cardápio pode variar de acordo com as Diretorias Regionais de Educação e Cultura (DIRECs). Na 12ª Direc, por exemplo, os kits contarão com arroz vermelho, polpa de fruta e feijão. Já na Direc de Caicó, ao invés da polpa de fruta os kits contarão com bebida láctea.

A iniciativa envolveu ainda várias cooperativas de agricultura familiar do Estado. Na região de Mossoró, por exemplo, conforme o secretário, foram, pelo menos, três cooperativas engajadas.

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Profissional de saúde conta rotina na linha de frente da atuação contra o Covid em Mossoró

Antes de entrar na UTI profissionais têm adotar diversos cuidados com a própria segurança (Foto: Cedida)

Dúvidas e medo se misturam à coragem e à esperança na luta dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia do novo coronavírus.

O fisioterapeuta e especialista em terapia intensiva André Carlos é servidor do Hospital Regional Tarcísio Maia e trabalha na UTI destinada às pessoas com sintomas de Covid. Ele é um dos responsáveis por colocar os pacientes na ventilação, quando eles são entubados pelo médico.

A rotina de trabalho segue todo um protocolo. Ele conta que tem todo cuidado quando chega ao hospital. Antes de entrar na UTI, se prepara colocando todos os equipamentos para passar seis horas seguidas na Unidade. Durante esse período, o fisioterapeuta diz que os profissionais fazem o máximo para não beberem água, comerem ou mesmo irem ao banheiro. Ele explica que o hospital possui as chamadas ‘área suja’ e ‘área limpa’ para descarte e vestimenta dos equipamentos de proteção individual e dentro da UTI também há uma área limpa, mas cada vez que eles tiram os equipamentos temem a contaminação através de um gesto simples e até despercebido como coçar o nariz ou o olho. Para completar, está sempre lavando as mãos e passando álcool.

Mesmo assim, o receio existe. “É tudo muito novo, é uma doença que a gente não tinha conhecimento”, afirma.

André comenta que as informações sobre a doença e o tratamento também mudam com frequência e cita diferentes estudos publicados, em curto espaço de tempo, sobre o tratamento dos pulmões das pessoas afetadas pelo Covid.

Mesmo sendo preparado para atuar em uma UTI, lidar com a realidade da pandemia também não é fácil. O fisioterapeuta explica que muitos pacientes não apresentam sintomas, pois tem a chamada hipoxemia silenciosa, que é quando, como explica, o nível de oxigênio no sangue está baixo a ponto de colocar a vida do paciente em risco, mas ele não percebe. Explicar para o paciente que ele terá que ser entubado para sobreviver, mesmo que ele ache que não sente nada é complicado.

André explica que, para ventilar um paciente é preciso levar em consideração questões como altura e realizar uma série de cálculos, mas, mesmo assim, às vezes é difícil e outras técnicas precisam ser implementadas.

Mas o fisioterapeuta lembra que há casos de recuperação que tem correspondido à maioria dos tratamentos. “A gente tem curas também”, diz ele, relatando o caso de um paciente que deu entrada no dia 24, passou por todo o processo e ontem, 1º, teve alta da UTI.

“Cada paciente que sai é uma vitória e a gente tem que se apegar a essas coisas”, revela, confirmando que isso é motivo de esperança.

Apesar dos riscos a que os profissionais de saúde estão expostos, André Carlos diz que contrair a doença não é maior medo. “Quando tudo isso começou o medo não era nem tanto de pegar o Covid, mas de levar isso para casa”, diz André, que mora com os pais, inseridos no grupo de risco.

Ele revela que chegou a pensar em dividir apartamento com outros amigos para não ter que voltar para casa após o trabalho, mas os amigos desistiram da ideia. A preocupação de André, no entanto, permanece.

Concluído o plantão, André conta que todos são orientados a tomar banho no hospital. No carro, ele dá continuidade às medidas de segurança e tem um calçado separado para não usar o mesmo que utiliza no hospital.

Ao chegar em casa, novamente toma banho em um banheiro que foi separado para ele e janta sozinho para não ter contato com os familiares. Depois, se não estiver cansado o suficiente para dormir, ele vai sozinho para o jardim ouvir músicas ou mensagens positivas.

André comenta ainda a realidade de alguns amigos que têm filhos e agora vivem essa dificuldade, pois não é fácil dizer para uma criança que não pode mais abraçar.

O fisioterapeuta chama a atenção da população para que respeite o isolamento e lembra que o momento de ficar em casa e não de fazer ou receber visitas.

Ele acrescenta que a situação é complicada, mas iremos vencer.