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Styvenson inventa usina de asfalto insustentável e com resultados pífios usando emenda pix

Moralista, o senador Styvenson Valentim (PSDB) está se lambuzando de politicagem com as chamadas emendas pix, uma excrecência que está tentando ser coibida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

São recursos aplicados sem qualquer critério na usina construída em Cruzeta, na região do Seridó.

No caso da famosa usina de asfalto que Styvenson diz ser dele, houve um critério: a politicagem. Em um momento em que as estradas estaduais estavam com status de solo lunar, o neotucano apostou nesse serviço para se contrapor à governadora Fátima Bezerra (PT).

A instalação da usina sem qualquer critério técnico não poderia ter outro resultado que não fosse ineficácia. Foram aplicados R$ 1.843.800, entre construção e compra de equipamentos, à Teresa Colombo Equipamentos Rodoviários LTDA, conforme reportagem desta quarta-feira no Diário do RN. Em um ano de funcionamento foram apenas 90 dias de trabalho que entregaram pífios 2 Km de asfalto. “Distância que pode ser percorrida por um pedestre em caminhada em cerca de 20 minutos. Destes, 800 metros na cidade de Cruzeta, para inaugurar a usina. Outros 1.680 metros foram para o município de Carnaúba dos Dantas, cujo prefeito aparece na peça de marketing do Instagram do senador em agradecimento emocionado”, cravou a reportagem do Diário do RN.

Na segunda-feira, o blogueiro Gustavo Braga, do Canal SPN, já tinha desmascarado o marketing de Styvenson Valentim em torno da usina. Ele mostrou que o equipamento está completamente abandonado e onde fez o serviço foi com asfalto ultrapassado (assista o vídeo).

A ideia inicial é que a usina, que Styvenson diz ser dele, fosse gerida pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Região Seridó (CIM Seridó), mas a falta de critério da obra esbarra na necessidade de licenciamento ambiental do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

Usina que Styvenson diz ser dele é dinheiro jogado no “mato” (Imagem: reprodução)

O Blog do Barreto já vinha apurando a história reunindo documentos (os mesmos que o Diário do RN teve acesso) desde a publicação do vídeo de Gustavo Braga. Já tinha levantado relatos de prefeitos que explicaram que não há a mínima condição dos municípios manterem esse tipo de usina por causa da manutenção caríssima.

Também há casos de rejeição da usina por prefeitos que perceberam que eram inviável manter o serviço.