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Análise

Atraso salarial não está entre os maiores problemas do governo para o eleitor potiguar

Confronto com servidores é o pior caminho para Robinson (foto: Mídia Ninja)
Foto: Mídia Ninja

Um dos temas mais recorrentes quando o assunto é o governo Robinson Faria (PSD) é o atraso salarial do funcionalismo estadual. Mas para o eleitor potiguar esse não é um tema primordial.

Esse é o maior problema do Governo do Estado para apenas 0.8% dos entrevistados na pesquisa da Consult encomendada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN). Esse item passou despercebido na maioria dos veículos que abordaram o assunto.

Logicamente a sobrevivência é o que mais preocupa o cidadão potiguar. Daí a segurança é o tema que mais preocupa 39.8% dos entrevistados e a saúde para 20.5%. Primeiro não morrer e bem depois a preocupação com os menos de 3% dos habitantes do sofrido elefante que trabalho no serviço público estadual.

Mas os políticos não se iludam. Atrasar salário pega muito mal com o eleitorado como um todo. Por outro lado, há uma brecha no debate eleitoral do próximo ano para o prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) que, como o governador Robinson Faria, atrasa salários. Basta desviar o assunto para segurança, por exemplo.

Abaixo o resultado da pesquisa.

MAIORES PROBLEMAS DO RN

SEGURANÇA/VIOLÊNCIA/FALTA POLICIAMENTO: 39.8%

SAÚDE/GREVE NA SAÚDE/FALTAM REMÉDIOS e MÉDICOS: 20.5%

AGUA: 10.8%

DESEMPREGO: 8.4%

SANEAMENTO BASICO/ESGOTO: 1.8%

EDUCAÇÃO/ESCOLAS: 1.7%

SALARIO ATRASADO: 0.8%

CALCAMENTO/PAVIMENTAÇÃO: 0.7%

CRISE FINANCEIRA: 0.6%

POLÍTICOS CORRUPTOS/CORRUPÇÃO: 0.5%

 

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Artigo

Robinson tritura imagem da Polícia Militar

PM contra o trabalhador

Os últimos acontecimentos envolvendo os servidores da UERN e da saúde em embates contra a Polícia Militar estão triturando a imagem da corporação, reforçando a pecha de aparelho repressor do Estado. É trabalhador contra trabalhador.

É preciso acima de tudo compreender que os policiais militares são obrigados a fazerem o papel de aparelho repressor do Estado ao coibir as manifestações dos trabalhadores.

É a tal hierarquia.

Por outro lado, é preciso lembrar que há poucos dias esses mesmos policiais ameaçaram cruzar os braços e só não colocaram o plano em prática porque os salários foram colocados em dia.

A polícia, eficiente em reprimir manifestações e prender trabalhadores que cobram por salários em dia, é mesma que não consegue conter a bandidagem e foi lenta na hora de agir em Alcaçuz, há dez meses.

Tudo isso reforça os estereótipos que marcam a Polícia Militar num momento em que a segurança está numa crise profunda. Por Robinson, a corporação vai triturando a própria imagem numa disputa entre trabalhador x trabalhador.