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Prefeitura de Caicó publica novo decreto após aumento de casos de Covid-19 na cidade

A Prefeitura Municipal de Caicó publicou hoje, 29, um novo decreto que estipula medidas relacionadas ao comércio da cidade. Entre os pontos previstos no Decreto Nº 774 de 29 de maio, que entra em vigor amanhã, 30 e tem validade de sete dias, a suspensão da abertura do Mercado Público Municipal e a proibição da realização da Feira Livre. A medida foi adotada após o crescimento do número de casos confirmados de Covid-19 na cidade.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Caicó explica que não existe decreto de lockdown e nem intenção de adotar essa medida e que o que está previsto no decreto é o fechamento do comércio não essencial.

Entre os serviços considerados como essenciais pelo Município, estão: supermercados, farmácias, estabelecimentos de atendimento veterinário, postos de combustíveis, agências bancárias e casas lotéricas, além de óticas, serviços médicos, odontológicos, fisioterápicos. Também estão autorizados a funcionar concessionárias, indústrias e similares, serviços jurídicos e contábeis e salões de beleza, entre outros.

A desobediência dos termos do decreto, no entanto, não está sujeita à aplicação de penalidades. “O Município está contando que a população compreenda, visto que a 15 dias o município tinha apenas cinco casos”, diz a assessoria de comunicação, acrescentando que o ideal é que a população, por educação e consciência, acate as medidas.

Segundo boletim divulgado ontem, 28, pela Prefeitura de Caicó, a cidade tem 56 casos confirmados de Covid-19 e registrou um óbito. Há 201 casos suspeitos.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), o número de casos confirmados na cidade é 34 e o de casos suspeitos é 297. Essas divergências em relação aos dados têm ocorrido em relação a vários municípios, como já foi divulgado pelo blog. Em boa parte dos casos, os números informados pelos municípios são mais elevados do que a atualização da Sesap.

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Editorial

É papel do jornalismo informar se o decreto do fechamento do comércio está sendo cumprido

Comércio fechado é fundamental contra o coronavírus segundo os especialistas (Foto: cedida)

Em tempos de irracionalidade dobrando a aposta nas redes sociais é necessário explicar o óbvio: a necessidade da imprensa noticiar os fatos doa a quem doer. Não está fácil, mas o Blog do Barreto se esforça ao máximo para cumprir suas obrigações relativas ao interesse público.

Dentre as diretrizes da linha editorial desta página está a defesa do desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte com atenção especial para Mossoró. Divulgamos com entusiasmo quando nossas cadeias produtivas se expandem e alertamos quando empregos estão em risco.

É o nosso papel!

Em tempos de pandemia provocada pelo novo coronavírus algumas pessoas insistem em não entender que a saúde das pessoas está em risco. O vírus tem baixa letalidade, mas é facilmente transmitido colocando todos em risco.

No último sábado faleceu um professor da UERN. Foi a primeira vítima da Covid-19 no Rio Grande do Norte.

As autoridades de saúde recomendam que o comércio seja fechado. A prefeita Rosalba Ciarlini e a governadora Fátima Bezerra acataram a orientação a assinaram decretos neste sentido. As entidades patronais endossam a decisão.

O editor desta página recebeu vários prints de ataques abaixo da linha da cintura por causa do trabalho fiscalizador em cima do cumprimento dos decretos. É papel da mídia fazer isso. Comerciários nos procuram, pessoas que vão às farmácias do centro ficam estarrecidas com o descumprimento da medida. Os comerciantes que se colocam em sacrifício se sentem ultrajados.

Portanto, culpar o editor desta página é atacar a parte mais frágil desta história. Acima dele estão as autoridades de saúde, as governantes e as entidades patronais. O papel desta página é noticiar se o decreto está ou não sendo cumprido.

Para isso contamos com a ajuda de valorosos leitores que colaboram para a informação chegar a todos os mossoroenses.

Esta página entende a preocupação dos pais e mães de família que dão o sangue diariamente no comércio local. Por isso defendemos subsídios governamentais bem como a garantia de renda mínima para os trabalhadores. É um momento difícil, mas a saúde das pessoas tem que está em primeiro lugar.

Não é hora de picuinhas nem de ataques levianos. É hora de união. Entender o papel da imprensa e da ciência é fundamental.

Comércios ressuscitam vidas não.