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O teatro político do líder da oposição que ajuda mais Allyson do que o mais submisso dos governistas

Essa semana o vereador Doutor Cubano (PSDB) acusou servidores públicos municipais da saúde de estariam danificando instrumentos de trabalho para negar atendimento à população.

Cubano é formalmente líder da oposição, mas se comporta como o mais submisso dos governistas.

A posição formal de Cubano é puro teatro. Ele, sob o pretexto de moderação, se comporta na prática como aliado do prefeito. Quando fiscaliza uma UBS adota um discurso passivo, quase sem críticas.

Quando espalha uma desinformação que joga a população contra os servidores, ele tenta transferir para o trabalhador a culpa pela tragédia da saúde.

O teatro favorece o prefeito Allyson Bezerra (UB) que fica ainda mais blindado dos problemas da gestão com o líder da oposição agindo como um governista submisso.

A fala de Cubano, que alega ter sido mal interpretado, caiu com uma luva na semana em que o prefeito impôs aos servidores a humilhante necessidade de apresentar a receita médica junto com o atestado quando precisarem pedir licença para tratamento de saúde.

Tudo se encaixa tão perfeitamente que nem parece teatro.

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Líder e vice-líder da oposição vão a UPA e constatam falta de exames, mas dizem que tem “muita coisa boa”

O líder da oposição Doutor Cubano (PSDB) e o vice-líder Cabo Deyvison (MDB) estiveram na manhã desta sexta-feira na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Belo Horizonte.

No vídeo Cubano minimiza os problemas da UPA. “Tem muita coisa boa. O raio X está funcionando. Ah, o laboratório está em falta”, frisou.

O laboratório em falta na verdade é um quadro trágico em que apenas dois exames, o hemograma e sumário de urina, estão sendo feitos. O Blog do Barreto já recebeu diversas denúncias de pacientes que tiveram que pagar os exames com dinheiro do próprio bolso.

Apesar desse quadro, Cubano disse que está tudo bem e os pacientes, servidores estão satisfeitos e elogiou a competência da diretora.

Já Cabo Deyvison manifestou preocupação com a segurança dos pacientes e servidores. “Eu me preocupo com a segurança dos usuários do sistema de saúde e dos servidores”, frisou.

Eles ficaram de levar as demandas ao engenheiro Almir Mariano, secretário municipal de saúde.

Nota do Blog: Doutor Cubano, que se comporta como base do governo, costumar ser bem mais duro quando vai ao Hospital Tarcísio Maia.

 

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Ex-vereadora acusa líder da oposição de ter se vendido para Allyson na campanha

A ex-vereadora e ex-presidente da Câmara Municipal Izabel Montenegro (MDB) em comentário em postagem no Blog do Barreto afirmou que o líder da oposição, pelo menos do ponto de vista formal, Doutor Cubano (PSDB) se vendeu para o prefeito Allyson Bezerra (UB).

Izabel afirmou de forma categórica que ele trocou de lado na campanha.

“Já era Allyson na campanha! Nunca participou de nada da campanha de Lawrence, se vendeu cedo! UMA VERGONHA!”, disparou.

Cubano tem se abstido de cumprir o papel de líder da oposição e tem se comportado como se fosse da base do prefeito.

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Presença de governistas infiltrados tumultua oposição

Há um discurso na opinião pública vinculada ao prefeito Allyson Bezerra (UB) de que a oposição estaria dividida. Mas a pergunta que se faz é: qual oposição?

De fato, só as vereadoras petistas Plúvia Oliveira e Marleide Cunha integram a oposição. Com boa vontade é possível incluir o bolsonarista Jailson Nogueira (PL).

Se for por este recorte há uma divisão de cunho ideológico.

Nisto eu concordaria.

Mas se incluir os vereadores Mazinho do Saci (PL), Cabo Deyvison (MDB) e Doutor Cubano (PSDB) a avaliação estaria errada.

Os três são governistas infiltrados na oposição para ocupar espaços nas comissões, tumultuar a bancada e ficar como espécie de “banco de reserva” na base governista.

Estão formalmente na bancada de oposição, mas atuam como legítimos integrantes da base governista. A agenda deles, é possível conferir nas redes sociais dos três, é de parlamentar da base.

Aí não é divisão. É atuação de infiltrado.

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Allyson repete ditadura militar com “oposição consentida” e empurra o PT para condição de “subversivo”

Quando a ditadura militar instituiu o bipartidarismo em 1966 estabeleceu-se ali uma dicotomia entre o partido do governo, a Arena, e a oposição consentida, o MDB.

Quem ficava no MDB fazia oposição com a “Espada de Dâmocles” sob o seu pescoço travestida em ameaças de cassação que se cumpria periodicamente.

Quem fazia oposição ao regime fora dos limites consentidos era considerado “subversivo”.

Com a popularidade nos píncaros da glória, o prefeito Allyson Bezerra (UB) conseguiu a proeza de ter uma oposição consentida em plena democracia.

Com o fracasso na tentativa de se postar como “bancada independente”, três vereadores que estão super interessados em ingressar na bancada do prefeito tiveram que se adaptar aos rigores do regimento interno para ocupar espaços nas comissões e passaram a se considerar “oposição”.

Trata-se de uma oposição consentida pelo prefeito, que abre as portas da gestão para atendimento de demandas e em troca recebe elogios públicos dos supostos adversários.

Daí não surpreende que o líder da oposição, que ocupou o espaço que seria da vereadora Marleide Cunha (PT), Doutor Cubano (PSDB), tenha dado entrevistas com elogios ao prefeito.

Numa entrevista ao Cenário Político da TCM, Cubano exaltou o prefeito como se fosse líder do governo. “Se o prefeito hoje tem mais de 70% das votações a favor dele, então precisamos melhorar muitas coisas, precisamos. Mas hoje o povo de Mossoró, que é quem fala mais alto, aprova todo o trabalho feito por Allyson Bezerra”, declarou. “Existem coisas que ainda a gente vai ter que melhorar, a gente vai conversar, dialogar e o doutor Cubano está aqui para isso. O povo de Mossoró foi quem falou e deu a resposta no dia 6 de outubro, com mais de 121 mil votos para Allyson”*, afirmou em outro trecho.

Os elogios não param por aí. Cubano também elogiou a manutenção de Edilson Junior a frente da Secretaria Municipal da Fazenda. “A decisão do prefeito Allyson Bezerra de manter o auditor fiscal Edilson Júnior como titular da Secretaria Municipal da Fazenda merece nosso reconhecimento e aplauso”, elogiou em post no Instagram.

Nem parece que a gestão de Allyson tem problemas como a perda de recursos na área da habitação denunciada esta semana pela vereadora Plúvia Oliveira (PT).

Outro que é adepto aos elogios ao prefeito é o vice-líder da oposição Cabo Deyvison (MDB) que fez questão de exaltar o diálogo com o secretário municipal de segurança Coronel Costa e com o secretário de serviços urbanos Miguel Rogério. Ele chegou ameaçar dar uns bofetes nos manifestantes do setor cultural para defender um projeto inconstitucional do prefeito nesta sexta-feira em sessão extraordinária da Câmara Municipal.

Os bolsonaristas Jailson Nogueira e Mazinho do Saci, ambos do PL, são mais discretos, mas não possuem qualquer registro em suas redes de atuação típica de vereadores de oposição.

Jailson, inclusive, votou contra a reforma administrativa junto com Plúvia e Marleide. No caso dele, há sinais de que está esperando os movimentos do senador Rogério Marinho (PL) para se posicionar em Mossoró.

O papel subversivo de fazer oposição de fato ao prefeito ficará com as petistas Plúvia e Marleide, que não terão qualquer poder institucional sobre a bancada por estarem em minoria em relação a oposição consentida.

A dupla acaba cumprindo o papel subversivo de apontar os problemas da gestão de Allyson.

*Aspas retiradas do Portal Agora RN.