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Oficial de Justiça vai à porta de banheiro para notificar presidente do Sinpol sobre decisão que determina fim de greve

Um oficial de justiça precisou ir à porta do banheiro da Governadoria para notificar a presidente do Sinpol Edilza Faustino sobre a decisão do desembargador Ibanez Monteiro que tornou ilegal a greve dos policiais civis.

Ela estava trancada reunindo-se com diretores do sindicato e com os vereadores de Natal Nina Souza (PDT), Hermes Câmara (PTB), Eribaldo Medeiros (PV) e Klaus Araújo (Solidariedade). “É um momento de pressão total com oficial de justiça na porta do banheiro”, disse Edilza as emissoras de TV que cobriam o movimento.

Ao sair do recinto (ver vídeo abaixo) ela assinou a citação.

Os policiais civis ocuparam a Governadoria para forçar uma reunião com a governadora Fátima Bezerra (PT). O imbróglio começou por causa de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte que visa retirar o adicional por tempo de serviço da categoria.

O Governo pediu ao MP que suspendesse a ação para negociar com a categoria, mas as propostas apresentadas têm sido rejeitadas. Os ânimos se acirraram quando o vice-governador Antenor Roberto (PC do B) chamou os policiais de irresponsáveis.

A decisão que tornou a greve ilegal foi movida pelo Ministério Público.

Por meio de nota o Governo do RN disse que só volta a dialogar quando a decisão judicial for cumprida.

“O Governo do Estado aguarda o cumprimento de decisão judicial por parte dos servidores da Polícia Civil do Rio Grande do Norte para retorno de suas atividades normais. E reitera a disposição em retomar os diálogos com as categorias, desde que cumpridas as determinações contidas na ação impetrada pelo Ministério Público no Tribunal de Justiça”, avisou.

Apesar da previsão de multa de R$ 150 mil em caso de descumprimento da decisão a greve continua.