Categorias
Do Blog

O que erramos e acertamos nas eleições 2022

Como fazemos em todas as eleições ao final apresentamos um balanço de nossas análises e projeções cruzando com as respostas nas urnas. Reconhecendo erros e também registrando os acertos.

Avaliações são resultantes de textos, comentários no Foro de Moscow e entrevistas que concedi.

Então vamos lá.

Erramos na eleição para o Governo do Estado ao avaliar que o senador Styvenson Valentim (PODE) sustentaria o segundo lugar. Nos baseamos nas pesquisas, mas isso não aconteceu nas urnas. Também acreditamos que haveria voto útil para o Senado, mas o eleitor lulista permaneceu dividido entre Rafael Motta (PSB) e Carlos Eduardo (PDT). Também não conseguimos perceber o desempenho do PL, que elegeu quatro deputados federais e quatro estaduais. Projetamos entre uma e duas cadeiras para a Câmara e entre duas e três para a Assembleia Legislativa.

Por outro lado, acertamos quando dissemos que a chance de Rogério Marinho (PL) vencer residia na divisão da base lulista e no sentimento de dúvida entre Carlos e Rafael (o que se manteve até a reta final e as pesquisas não captaram). Acertamos quando afirmamos que se Fátima Bezerra (PT) adotasse a estratégia de cozinhar a campanha ela venceria com tranquilidade como fez Álvaro Dias (PSDB) em 2020 quando se reelegeu prefeito do Natal. Ela fez isso e venceu batendo recordes. Acertamos quando dissemos que se Pablo Aires (PSB) saísse candidato a deputado federal teria uma boa votação em Mossoró e sairia maior destas eleições mesmo que não conquistasse um mandato. Acertamos ao avaliar que Marleide Cunhas (PT) não tinha chances e que sua candidatura não atrapalharia a reeleição de Isolda Dantas (a mulher mais votada para deputado estadual na história do RN) e que no máximo impediria que Isolda fosse a mais votada em Mossoró. Foi o que aconteceu.

O que indicamos aconteceu em relação a estratégia do prefeito de trocar Tony Fernandes por Jadson Rolim como candidato palaciano. As urnas evidenciaram o erro porque Tony mesmo sozinho teve uma votação próxima a de Jadson em Mossoró. A soma dos votos deles na capital do Oeste seria suficiente para ser o primeiro da nominata do Solidariedade.

Atentamos para a possibilidade de Mossoró ficar sem deputado federal pela primeira vez em 77 anos por causa do quadro de dúvidas em relação ao Solidariedade e o PP. Acertamos quando dissemos que o grupo de Sandra Rosado (União) teria um desempenho pífio nestas eleições (essa foi fácil, reconheço).

Na projeção para deputado estadual (não confunda com o agregador de pesquisas) os eleitos estavam na nossa lista enquanto na de deputado federal apenas Sargento Gonçalves (quem poderia acertar essa?) foi o único nome de fora da lista de deputado federal.

Foi um quadro de mais acertos do que erros mais uma vez. Não sou dono da verdade e estou aqui voluntariamente para reconhecer no que errei, mas também registrar os acertos sem afetação.

Faço análise política dispondo dos dados que tenho em mãos e pesquisas não são adivinhação e se limitam a indicar tendências. Foi isso que sempre dissemos em nossos comentários. Elas podem não alcançar mudanças na véspera da eleição.