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Rosalba se torna estratégica quatro anos após ser rejeitada pela elite política do RN

Articulação de Agripino derrubou reeleição de Rosalba na convenção do DEM. Hoje ele precisa dela
Articulação de Agripino derrubou reeleição de Rosalba na convenção do DEM. Hoje ele precisa dela

Hoje o governador a corteja de todas as formas e abertamente. Ontem no cenário político ele perdoou quem o antecedeu no cargo e disse que como ela é alvo das forças ocultas do Rio Grande do Norte. Palavras opostas ao que ele dizia no final de 2011 quando se converteu em vice dissidente.

Na outra ponta o palanque oligárquico encabeçado por Carlos Eduardo Alves (PDT) deseja seu apoio como um míope procura os óculos no escuro. Rosalba é a porta do desconhecido pedetista (para os mossoroenses) para entrar no segundo maior colégio eleitoral do Estado. Sem contar que os senadores Garibaldi Filho (MDB) e José Agripino (DEM) precisam do apoio dela. Ironia: a dupla foi algoz dela em 2014 quando foi impedida na convenção do DEM de disputar a reeleição.

Até para Fátima Bezerra (PT) a indicação de um vice rosalbista está em questão.

A vaga de vice-governador estaria destinada a um nome da cozinha da prefeita de Mossoró em qualquer um desses palanques. Ela é a noiva da vez graças ao status de maior eleitora mossoroense.

Como na vida, as voltas que o mundo dá na política são surpreendentes e olhe que a popularidade da “Rosa” nem de longe lembra o passado recente.

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Robinson aposta em aproximação com cidades pequenas e comunidades carentes para reverter impopularidade

Robinson no povão

O governador Robinson Faria (PSD) adotou uma estratégia interessante para tentar se impulsionar rumo à reeleição: está buscando aproximação com o eleitorado dos municípios menores.

Evitando grandes agendas em locais onde possa sofrer hostilidades, como áreas centrais de Mossoró, Robinson tem visitado cidades menores. Recentemente esteve em Caraúbas onde se empolgou tanto que tornou um evento administrativo em um “culto evangélico” (ver AQUI).

O governador tem dedicado a agenda nos últimos dias para receber prefeitos das cidades menores para discutir parcerias.

Robinson tem grandes dificuldades na capital do Estado, mas por lá a aproximação tem sido com as camadas populares. Uma delas foi num ato com riscos reduzidos de hostilidades quando distribuiu peixes em bairros carentes da capital antes da semana santa.

Em Mossoró, o governador estuda uma agenda até aqui mantida em segredo. A estratégia deve ser parecida com as aparições em Natal: surgir levando obras assistencialistas em comunidades carentes.

A equação política desejada por Robinson é complexa: conseguir ir para perto do povão sem sofrer hostilidades e mantendo a agenda longe da imprensa. Não é fácil, mas é uma tentativa.

O governador quer fazer surgir uma onda positiva em torno de si. Não é fácil fazer isso com salários atrasados e segurança com índices de guerra civil.

Foto: Ivanízio Ramos