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Coleta de lixo não pode ser um negócio

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O jornalista Carlos Santos está escrevendo uma série de reportagens em seu Blog sobre as licitações (e ausências delas num passado recente) para coleta de lixo em Mossoró. Ele apresenta alguns problemas que precisam ser averiguados pelo Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O que não consigo compreender é o fato de uma cidade como Mossoró não ter uma empresa pública de coleta de lixo. Não adianta aparecer com teses furadas de que se é público é ineficiente. Isso não passa de um clichê de quem se apropria desse discurso para vender a tese de que tudo deve ser da iniciativa privada. Não é bem assim.

A coleta de lixo é um serviço público a ser realizado pela Prefeitura de qualquer cidade. Entregar o serviço a uma empresa é uma ideia que precisa ser repensada e debatida em Mossoró.

Está dando certo aqui na cidade?

Creio que esse modelo não foi bem com Sanepav nem agora com a Vale Norte.

Não é um serviço barato: de 2016 para 2018 o salto no contrato foi de R$ 9.582.519,36 para R$ 14.681,203,92, segundo o Blog de Carlos Santos. Aumento de mais de R$ 5 milhões em dois anos.

A empresa fornece o serviço, paga os funcionários e fornecedores e lucra. Se esses mesmos recursos fossem aplicados em um serviço público teríamos o pagamento feito aos funcionários e fornecedores economizando num lucro que vai para uma empresa de outro Estado.

Coleta de lixo não pode ser um negócio. Mossoró precisa debater o assunto.