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Allyson resgata argumento de Fafá Rosado para faltar aos debates

Fazia 16 anos que um candidato líder nas pesquisas para prefeito de Mossoró se recusava a debater os problemas da cidade com os adversários.

A última vez que isso aconteceu foi com Fafá Rosado (na época no hoje extinto DEM) quando ela disputava a reeleição em 2008.

A então prefeita era favorita nas pesquisas era reconhecia pela dificuldade em se expressar, o que seria um prato cheio para os adversários.

O marketing de Fafá usava a narrativa de que era melhor “debater como o povo”. Inclusive, as agendas de campanha tinham esse título nas divulgações.

Agora Allyson, pupilo do ex-senador José Agripino Maia, largou a fantasia de crítico das oligarquias para repetir exatamente o mesmo discurso de uma Rosado 16 anos atrás.

Ao justificar a ausência no debate da TCM, o prefeito argumentou que preferia “debater com o povo”, inclusive na movimentação eleitoral realizada na Ilha de Santa Luzia no dia do evento, havia uma faixa (que ilustra esta matéria) apontando para essa narrativa.

Em 2020, Allyson era um crítico da oligarquia Rosado, em 2024, abraçado com Agripino, repete as estratégias da família que dominou Mossoró por 70 anos.

 

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Pela primeira vez em 32 anos não teremos uma mulher protagonista na disputa pela Prefeitura de Mossoró

Uma coisa é certa: a eleição para prefeito de Mossoró terá um embate entre homens em 2024. Esta é a primeira vez neste século que isto ocorre.

A última vez que a eleição para prefeito de Mossoró foi disputada por dois homens como principais candidatos foi em 1992, quando Dix-huit Rosado derrotou o favorito Luiz Pinto.

Até 1988, só homens disputaram e governaram Mossoró, mas naquele ano Rosalba Ciarlini quebrou o tabu para oito anos depois dar início a um período de quase 30 anos de protagonismo feminino em Mossoró.

De 1996 em diante, quando uma mulher não foi eleita ficou em segundo lugar. Desse ano até 2012, todas as disputas pelo Palácio da Resistência ficaram entre duas mulheres como principais polos eleitorais.

A sequência começou com Rosalba contra Sandra Rosado em 1996, depois Rosalba x Fafá Rosado em 2000 e duas vezes entre Fafá e Larissa (2004 e 2008). O último embate direto foi entre mulheres reuniu Larissa e Cláudia Regina, em 2012.

Só na eleição suplementar de 2014, o quadro mudou com o retorno da presença masculina com Francisco José Junior derrotando Larissa. Em 2016, mais um homem na disputa com Tião Couto perdendo para Rosalba Ciarlini que viria a ser derrotada por Allyson Bezerra quatro anos depois.

Com as desistências de Isolda Dantas e Rosalba Ciarlini, não restou nenhuma mulher em condições de protagonismo na disputa eleitoral deste ano.

A tendência é que Genivan Vale (PL) e Lawrence Amorim (PSDB) tentem o posto de candidato a polarizar com o favoritaço Allyson Bezerra.

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Ex-prefeita Fafá Rosado se recupera de cirurgia em Natal

Blog Carol Ribeiro

A ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, passou por uma cirurgia após descobrir um nódulo no rim direito. Ela fez a retirada do nódulo nesta segunda-feira (1).

Fafá chegou a ser internada na UTI para o processo de recuperação do procedimento e apresentou uma instabilidade na pressão, mas já está no apartamento e se recupera bem. As informações foram repassadas por Gustavo Rosado, irmão de Fafá.

Fafá está intenada no Hospital São Lucas, em Natal.

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Allyson adota estratégia da década retrasada para confronto com a Caern de olho em narrativa para reeleição

Na década retrasada, Mossoró vivia como hoje problemas de abastecimento d’água, e a então prefeita Fafá Rosado (na época no PFL que virou DEM e atualmente é o União Brasil) se preparava para a reeleição buscava um tema se blindar dos adversários.

Fafá gozava de boa popularidade e estava longe de estar a frente das articulações políticas de seu grupo. Quem tocava isso era o irmão e chefe de gabinete Gustavo Rosado.

A Prefeitura de Mossoró, que já tinha renovado o contrato de concessão com a CAERN em 2005, ameaçava romper o acordo por causa da crise abastecimento. O assunto tomou conta das manchetes da mídia parceira e colocava a Fafá como defensora do povo.

A então governadora Wilma de Faria (na época no PSB) vinha de uma tentativa de construção de convivência institucional com Fafá. Tinha firmado com ela uma parceria que resultou no prolongamento da Avenida Rio Branco, com destaque para a construção da Praça da Convivência, uma das heranças da gestão de Fafá.

Mas a candidata de Wilma era a então deputada estadual Larissa Rosado (na época no PSB). Então bater na Caern era bater no governo Wilma e por tabela em Larissa.

Por mais insano que fosse, ameaçar romper o contrato, que está vigente até 2025, era pura estratégia política. Fafá tinha uma reeleição pela frente e a sua principal líder política, a então senadora Rosalba Ciarlini (DEM) se preparava para disputar o Governo em 2010 fazendo oposição ao esquema político de Wilma.

Agora o prefeito Allyson Bezerra (União), conhecido pelo estilo modernoso das redes sociais, adota uma tática da década retrasada. Após fazer uma crispação com o Governo do Estado tratando de uma dívida que não se sustentou nos fatos e resultou na revelação de uma dívida milionária do município com a Caern, o prefeito se viu nas cordas no debate público.

Na semana passada, ele recebeu o presidente da Caern Roberto Sérgio Linhares. Na pauta um pedido de liberação de um terreno para a construção de dois reservatórios elevados para receber águas da adutora Apodi Mossoró. O pedido foi negado. O prefeito chegou a sugerir a troca da cessão pelo perdão da dívida, o que se configuraria numa venda. Trata-se de uma obra de R$ 100 milhões que visa acabar a dependência de Mossoró do serviços de poços para o abastecimento d’água.

Temendo a repercussão negativa, o prefeito recorreu ao vereador Francisco Carlos (Avante). Nos tempos de Fafá, Francisco Carlos era conhecido como “super secretário” devido a quantidade de poder que acumulou. O parlamentar resgatou a estratégia da década retrasada e logo propôs antecipar a discussão sobre a concessão da Caern em Mossoró.

A tática é a mesma. Se nos anos 2000 não colou juridicamente, não vai colar nos anos 2020 por causa da Lei Complementar Estadual 682/2021, que estabelece que o serviço de concessão é negociado pela microrregiões e Mossoró está inclusa na Microrregião Central Oeste. Não cabe ao prefeito decidir sozinho pela antecipação.

A tática pode ser velha, mas a legislação é nova.

A ideia é confrontar o Governo do Estado com a tática da década retrasada de olho na eleição do ano que vem quando o prefeito pode enfrentar a deputada estadual Isolda Dantas do PT da governadora Fátima Bezerra e do presidente Lula da Silva.

Allyson sonha se reeleger com facilidade em 2024 como trampolim para disputar o Governo do Estado em 2026. Se Fafá fez por ela e Rosalba, Allyson faz por ele em dose dupla.

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Análise

Crise no PP pode “unir” Rosados em torno de Fátima

A crise no PP pode empurrar o rosalbismo para o palanque da governadora Fátima Bezerra (PT) num gesto de desforra contra a direção nacional que o obrigou o partido a se coligar com o Solidariedade do prefeito Allyson Bezerra.

Com Fátima já estão duas alas da família Rosado: a da ex-deputada federal Sandra Rosado (União Brasil) e da ex-prefeita Fafá Rosado (PSB).

Se o deputado federal Beto Rosado (PP) chegar trazendo a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) fecha a trinca das três alas que no passado já se digladiaram e se uniram pelo voto dos mossoroenses.

Seria curioso!

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O detalhe que poupa Fafá da inelegibilidade ao menos por enquanto

Fafá Rosado se livra de inelegibilidade por um detalhe (Foto: Web/autor não identificado)

Primeiramente erramos. Noticiamos que a ex-prefeita Fafá Rosado (PSB) estaria inelegível. De fato ela teve mantida uma condenação por uso ilegal da comunicação institucional da Prefeitura de Mossoró com previsão de perda dos direitos políticos por três anos.

Mas a complexidade do direito nos levou a um erro de avaliação. Como se trata de uma condenação por improbidade administrativa sem constatação de dano ao erário a punição que a deixa impedida de votar e ser votada só começa a valer a partir do trânsito em julgado.

Como ainda cabe recurso e a ex-prefeita certamente vai recorrer ela ainda não pode ser considerada como inelegível.

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Câmara Municipal aprova lei que já existe

Avançou ontem na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara Municipal de Mossoró a Lei da Ficha Limpa Municipal, lei de autoria da vereadora Aline Couto (AVANTE).

No entanto, a lei já existe em Mossoró há sete anos. Em abril de 2012 a então prefeita Fafá Rosado (na época no DEM) sancionou a Lei Municipal 2.880 de 2012. O projeto na época foi de autoria do ainda vereador Lairinho Rosado (que era filiado ao PSB).

A proposição seguiu as normas da Lei da Ficha Limpa sancionada em 2010 pelo à época presidente Lula.

O curioso é que a lei que avançou ontem na Câmara Municipal pegou todo mundo. Uma das integrantes da CCJR é a vereadora Sandra Rosado (PSDB).

Nota do Blog: eu me incluo entre os que não se tocaram na repetição do tema. Além de ter noticiado em O Mossoroense como a matéria acima demonstra ainda era assessor de imprensa de Lairinho. Só me toquei sobre o assunto há alguns minutos e fui pesquisar para confirmar.

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MP e Prefeitura fecham acordo judicial

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Mossoró, conseguiu um acordo judicial com o Município e vai recuperar R$ 292.599,71 para o Fundo da Infância e da Adolescência (FIA) local. O compromisso foi homologado pelo Juízo da Vara da Infância e da Juventude de Mossoró, no último dia 11, perante representantes do MPRN e do Município. Foi acordado que o montante será dividido em cinco parcelas mensais de R$ 58.519,94 a serem quitadas a partir de outubro de 2021.

O acordo é relativo a uma ação civil pública para cumprimento de obrigação de fazer, movida pelo MPRN contra o Município e a então prefeita Fafá Rosado, em razão da omissão do ente municipal em criar programa de abrigo. Os pedidos iniciais do MPRN na ação foram que o Município incluísse no projeto de lei orçamentário de 2007, previsão de verba orçamentária efetivamente suficiente para garantir a destinação de prédios onde pudessem ser instalados dois abrigos (um para crianças e outro para adolescentes em situação de risco).

Foi celebrado, então, o primeiro acordo judicial entre as partes (MPRN, Município e a então prefeita Fafá Rosado). Foi cumprido o compromisso de municipalização do NUP (abrigo de crianças) que à época era administrado pelo Estado. Porém, o segundo compromisso foi descumprido: a instalação de um abrigo para adolescentes.

O fato levou as autoridades para uma nova negociação em audiência judicial, da qual restou homologado um segundo acordo judicial. Dessa fez, foram especificadas etapas para que a construção de entidade para adolescentes, com cronograma a ser cumprido em 2009 e dotação orçamentária de R$ 750 mil. Novamente, houve a inércia do Município e nada foi feito.

O MPRN obteve uma decisão para o cumprimento da sentença homologatória de acordo de obrigação de fazer, na qual fixava o prazo de 90 dias para a implantação definitiva do abrigo juvenil, sob multa diária de R$ 3 mil para Fafá Rosado e R$ 300 para o Município. O segundo passo dado pelo Ministério Público foi pedir a execução em face da Prefeitura Municipal de Mossoró e da então prefeita, haja visto o não cumprimento da obrigação pactuada nos autos da ação civil pública. O que aconteceu a partir disso foi uma batalha judicial interposta por Fafá Rosado recorrendo em todas as instâncias contra a aplicação da multa.

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Condenação de ex-prefeita tem efeito político nulo

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Ex-prefeita é condenada

Em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o Juízo da 2ª vara da Fazenda Pública de Mossoró condenou a ex-prefeita Fafá Rosado ao pagamento de multa civil correspondente a cinco vezes o valor da sua última remuneração no cargo público, além da suspensão dos direitos políticos por três anos.

No processo, as investigações da 7ª Promotoria de Justiça de Mossoró demonstraram que, reiteradamente, mesmo após recomendação do MPRN, Fafá Rosado vinculava o seu nome, sua imagem e o slogan de sua gestão à publicidade do Município quando realizava divulgação de obras, programas e serviços. Essa conduta fere o princípio da impessoalidade, pois desacata orientação constitucional segundo a qual tal divulgação deve ter caráter exclusivamente educativo, informativo e de orientação social.

Nos autos da ação, foram juntadas várias reportagens publicadas na imprensa, entre as quais um encarte de um jornal de Mossoró, com foto estampada da ex-gestora na divulgação de obras e serviços.

Apesar da condenação, o MPRN ofereceu apelação. Segundo o promotor de Justiça Fábio de Weimar Thé, o Juízo reconheceu a prática de dano ao erário mas não aplicou, a sanção respectiva de ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos.