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Dirigente da FUP derruba tese de Rogério Marinho sobre PPI para pagamento de dívidas da Petrobras: “pegou 200 bilhões e distribuiu de dividendos para os acionistas”

O Diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindipetro/RN Pedro Lúcio Góis. Grande do Norte em entrevista à Rádio Rural de Mossoró rebateu o discurso do senador Rogério Marinho (PL) de que a implantação do Preço de Paridade de Importação (PPI) teria sido um mecanismo criado para pagar dívidas deixadas na Petrobras nos governos petistas (lei AQUI).

Pedro disse que a afirmação é pura falácia e desafiou a qualquer um trazer manchetes que mostram que os lucros provocados pelo PPI serviram para pagar dívidas. “É uma divagação absurda a que Rogério Marinho faz. Ele fala que o PPI veio em decorrência de uma crise que a Petrobras viveu de endividamento. Por que que o PPI durou sete anos?”, questionou. “Não foi para resolver problema nenhum. Pelo contrário. Gerou lucros absurdos para a Petrobras e sabe o que a Petrobras fez? Você já viu alguma matéria dizendo que a Petrobras pegou esse lucro e pagou R$ 200 bilhões em dívidas? A matéria que a gente viu foi a Petrobras pegou 200 bilhões e distribuiu de dividendos para os acionistas”, lembrou.

Para Pedro, o senador está se pautando pela ideologia neoliberal. “Rogério está mentindo por uma posição ideológica dele”, frisou. “Rogério acha melhor a Petrobras empregando engenheiros norte-americanos do que potiguares. Por isso que ele defende o PPI e a privatização da Petrobras porque ele acha que nós não somos capazes”, complementou.

Recentemente o presidente da Petrobras Jean Paul Prates anunciou o fim do PPI. Com isso, o preço dos combustíveis no Brasil não está mais atrelado dólar estadunidense.

Confira o trecho da entrevista:

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Jean Paul aprova requerimento convocando presidente da Petrobras para prestar esclarecimentos

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, deverá explicar aos Senadores a distribuição de R$ 101 bilhões, correspondentes aos lucros de 2021, aos acionistas da empresa. O requerimento é do senador Jean Paul Prates (PT/RN) e foi aprovado nesta terça-feira, 8, pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Serão convidados, também, o diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores, Rodrigo Araujo Alves, e Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, que foi indicado recentemente para presidir o Conselho de Administração da Petrobras. A conselheira representante dos trabalhadores da Petrobras, Rosangela Buzanelli Torres, também deverá participar.

A Petrobras registrou um lucro de R$ 106 bilhões em 2021, um aumento de 1.400% em relação aos R$ 7,11 bilhões em 2020. De acordo com Jean, os R$ 101 bilhões distribuídos aos acionistas, excedem a obrigação legal da empresa de distribuir 25% do lucro apurado e “suscitam questionamentos por parte da sociedade civil que está pagando caro pelos combustíveis, sendo o povo brasileiro acionista majoritário da empresa”.

“Temos assistido aumentos sucessivos dos custos dos combustíveis no país, que contrastam com a fartura nos dividendos partilhados”, afirma o Senador. Ele avalia que é preciso esclarecer a opinião pública sobre qual o método e a política adotada pela empresa para distribuição de dividendos aos acionistas, inclusive diante da perspectiva de aumento do preço internacional do barril de óleo, bem como os benefícios que esta política produzirá para a sociedade, incluindo melhoria das condições energéticas do país e benefícios sociais relacionados.

Nesta quarta-feira, o Plenário do Senado deverá votar dois projetos de relatoria do senador Jean Paul Prates para reduzir a volatilidade interna dos preços dos combustíveis. O PLP 11/2020 altera as regras de cobrança do ICMS e estabelece a cobrança monofásica – apenas uma vez – do tributo no estado de origem. O texto também prevê um valor fixo do imposto estadual (ad rem) e não mais um percentual sobre o valor do litro do combustível, como é hoje (ad valorem).

Já o PL 1472/2021, prevê a criação de uma Conta de Estabilização de Preços – CEP Combustíveis, com recursos que o governo, acionista majoritário da Petrobras, obteve com a alta do preço do petróleo, como dividendos e royalties. O Senador Jean explica que a conta entraria em ação para controlar os preços nos momentos de alta, devolvendo à sociedade parte dos lucros obtidos pelo governo federal.