Servidores públicos de todo o país realizarão amanhã, 18, uma greve nacional contra a aprovação da Reforma Administrativa (PEC 32), articulada pelo Governo Bolsonaro e que recebeu o apelido de “PEC da Rachadinha” por supostamente facilitar a entrada de cargos comissionados no serviço público e viabilizar esquemas de corrupção.
Em Mossoró, diversas categorias do funcionalismo público realizam um ato público unificado na Agência da Previdência Social no bairro Aeroporto a partir das 8h. Após isso, os servidores participam de carreata até a sede do Detran/Mossoró, localizada na Rodoviária.
De acordo com os organizadores da ação em Mossoró, a Greve Geral vai ter a participação de dezenas de sindicatos de trabalhadores e de outros movimentos sociais que defendem os serviços públicos, como os representantes dos estudantes, dos movimentos das mulheres e das LGBTQIA+.
PROGRAMAÇÃO
8:00h – Ato no INSS (Bairro aeroporto) 10:00h – Carreata (saindo do INSS até o DETRAN)
Com mais de 200 atos confirmados até agora, inclusive em outros seis países, movimento sociais sairão às ruas novamente durante o dia de hoje, no ato #24J, que reivindica mais vacinas, auxílio emergencial de R$ 600 e emprego, além do “fora Bolsonaro”.
No Rio Grande do Norte os protestos acontecem em seis cidades. Em Natal, o ato terá concentração às 15 horas, em frente ao Midway Mall (Av. Bernardo Vieira, 3775 – Tirol). Em Mossoró, o protesto terá início às 8 horas, no Arte da Terra (Rua General Pericles, 151 – Ilha de Santa Luzia).
O Coordenador Geral do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do RN (Sinte/RN), Rômulo Arnaud, que participou das reuniões que articularam a mobilização em Mossoró, destaca a importância que do dia de a luta e relembra que são fundamentais as medidas de distanciamento social e sanitárias durante a mobilização.
“Hoje é um dia muito importante na luta em defesa dos direitos sociais e combate às contrarreformas do Governo de Jair Bolsonaro. Vamos às ruas protestar porque nosso país enfrenta uma grave crise sanitária que já vitimou quase 600 mil brasileiros e brasileiras, mas também para reivindicar emprego, alimento nas mesas e melhoria na nossa condição de vida, que só piora a cada dia que passa desse Governo. Quem for ao ato, precisa lembrar de levar a máscara, o álcool em gel e respeitar as medidas de distanciamento social. Sabemos da gravidade do vírus e não vamos nos expor a ele, mas temos a certeza que Bolsonaro é ainda mais letal do que a Covid-19”, comentou o dirigente do Sinte.
A professora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e militante do coletivo Motim Feminista, Telma Gurgel, destaca que a manifestação de hoje é um termômetro fundamental para compreender que setores da sociedade já começaram a romper com o ‘bolsonarismo’ e que segmentos permanecem alinhados com o Presidente. Na avaliação da pesquisadora e ativista, apesar de estar desgastado, Bolsonaro ainda detém uma importante base dentre os políticos tradicionais.
“Podemos considerar o 24 de Julho como um dia superimportante nesse contexto de disputa de base social. Ao mesmo tempo em que Bolsonaro se enfraquece, e isso fica nítido em cada pesquisa de opinião, também lembramos que ele detém o controle do cofre estatal e mantem relações diretas com os parlamentares do chamado Centrão. É essa a disputa que vivemos hoje: de um lado a indignação e a angústia pelo que está passando o Brasil e do outro, as articulações de gabinete, as negociatas e corrupções. Por isso é fundamental que todos os indignados e indignados se somem aos movimentos sociais nessa data de luta”, afirmou Telma.
O Coordenador Geral do Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindpetro/RN), Pedro Lúcio Góes destacou a importância da mobilização, em especial após as recentes declarações da alta cúpula governamental que dão a entender que poderá haver um golpe no país caso não seja aprovada a votação por cédulas impressas, conforme quer Bolsonaro.
“O ato de hoje é muito importante, principalmente depois das recentes ameaças de golpe vindas da alta cúpula do Governo Bolsonaro. Temos o dever, enquanto cidadãos, de se manifestar em defesa da democracia e contra esse Governo. Estamos no meio de uma pandemia, com mais de 540 mil mortos por uma doença que já tem vacina. Nosso povo está passando fome porque não tem condição de comprar um gás de cozinha. Dentro desse contexto é que estaremos nas ruas, por vacina, pão, saúde e educação. Por empregos e condição digna de vida. Por um Brasil para os brasileiros e brasileiras”, concluiu Pedro.
Confira os atos políticos contra Bolsonaro no Rio Grande do Norte
Mossoró –Às 8h, na Arte da Terra até a Praça do Pax Parnamirim – Às 9h
Natal – Às 15h, na Midway
Caicó – Às 7h30, na Praça da Alimentação
Extremoz – Ato na sexta (23), às 5h30, em frente à Câmara
João Câmara – Às 8h, na Praça Baixa-Verde Macau – Às 8h, no Mercado Público
Pureza – Às 9h, no Distrito de Bebida Velha (em 1º/8). Às 19h, na Comunidade de Olho D’água (em 31/07)
A manifestação contra o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizada na manhã de hoje (03) no centro de Mossoró contou com a participação de algumas lideranças políticas do Rio Grande do Norte.
Fortalecendo a mobilização, participaram do ato político o Senador Jean Paul Prates (PT), a Deputada Estadual Isolda Dantas (PT) e a Deputada Federal Natália Bonavides (PT). Jean e Isolda participaram da caminhada que saiu do Arte da Terra e foi até a Praça Rodolfo Fernandes (Praça do Pax). Natália se integrou ao movimento já na praça.
Os parlamentares cumprimentaram correligionários e apoiadores e realizaram falas criticando o Presidente Jair Bolsonaro e a condução dada por seu Governo durante a pandemia de Covid-19.
Segundo a organização do evento, mesmo tendo uma participação popular considerada menor do que nos atos políticos anteriores, realizados nos dias 29 de maio e 19 de junho, a mobilização deste sábado teve grande importância simbólica, pois foi realizada pela manhã (diferente das datas anteriores) o que permitiu a ampliação do diálogo com os trabalhadores do comércio e transeuntes do centro de Mossoró.
A mobilização desse sábado foi realizada em meio a uma semana extremamente turbulenta para o Governo Bolsonaro. Além das críticas ao Presidente pelas posturas adotadas durante a pandemia, nos últimos dias ganharam força também denúncias de corrupção na compra de vacinas anti-covid.
Outro destaque dessa semana foi o “superpedido” de impeachment contra Bolsonaro. O documento, elaborado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), reúne os 121 pedidos de impeachment já encaminhados à Câmara dos Deputados desde o início do mandato Bolsonaro, em 2019.
O documento foi assinado por uma série de entidades e lideranças políticas de diferentes espectros ideológicos e reúne acusações sobre supostos 23 crimes cometidos pelo Presidente da República, de acordo com a Lei 1079/1950, a qual define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento
Os alunos que estavam ocupando a Reitoria da UERN deixaram as dependências no começo da manhã de hoje. O grupo se deslocará a Natal onde será realizada uma audiência pública sobre a universidade.
O retorno não está descartado. Dependerá do debate que acontecerá na Assembleia Legislativa.