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Reportagem mostra omissão de pasta de Fábio Faria no incentivo à vacinação contra covid-19

 

 

Fábio está a frente de pasta que gasta mais para divulgar medicamento sem comprovação científica (Foto: Egberto Nogueira)

A Agência A Pública apurou que o Ministério das Comunicações, atualmente sob o comando de Fábio Faria, tem feito pouco caso da necessidade de campanhas publicitárias de incentivo à vacinação e priorizado assuntos como o “tratamento precoce” na hora de aplicar recursos.O levantamento feito graças à Lei de Acesso à Informação mostrou que somente em abril, três meses após o inicio da vacinação, foi feita a primeira campanha publicitária relacionada ao tema.

A reportagem mostra que foram aplicados apenas R$ 5 milhões enquanto que o “tratamento precoce” que promove uso de medicamentos cuja eficácia contra a covid-19 não foram comprovadas pela ciência consumiram R$ 19,5 milhões em recursos públicos entre 17 de outubro e 30 de dezembro.

Outra campanha publicitária que recebeu muita atenção do Ministério das Comunicações foi o incentivo à retomada da economia que custou R$ 30 milhões aos cofres públicos veiculada de 20 de julho a 16 de agosto. A estratégia política aí é clara coloca o presidente Jair Bolsonaro em confronto com prefeitos e, principalmente, governadores.

A campanha do Ministério das Comunicações mais cara no contexto da pandemia custou R$ 35 milhões na divulgação de “medidas de cuidados com Estados e Municípios” que, apesar do título, tratou da divulgação auxílio emergencial, envio de recursos para unidades federativas, aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e distribuição de medicamentos (sem especificar quais). A campanha foi realizada entre 22 de junho  10 de julho do ano passado e não tratou de orientações preventivas contra a covid-19.

Você pode conferir a reportagem completa acessando o link abaixo:

https://apublica.org/2021/05/ministerio-das-comunicacoes-gasta-mais-em-campanha-de-volta-a-atividades-que-de-vacinacao/

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Fábio Faria toma posse como ministro

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, durante cerimônia de posse (Foto: Allan Santos/Agência Brasil)

Por Andreia Verdélio

Repórter da Agência Brasil

O deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) tomou posse hoje (17) como o novo ministro das Comunicações e disse que entre as suas prioridades está inclusão digital da população. Para Faria, o momento atual do país, também exige uma postura de compreensão e abertura ao diálogo.

“É tempo de levantarmos a guarda contra o novo coronavírus, também é hora de um armistício patriótico e deixarmos a arena eleitoral para 2022. É preciso sobretudo respeito e que deixemos as nossas diferenças político-ideológicas de lado para enfrentarmos esse inimigo invisível comum que tem tirado a vida de milhares de pessoas e gerado danos incalculáveis à economia. É hora de pacificar o país”, disse ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Faria destacou a transformação e o impacto da pandemia de covid-19 na vida das pessoas e os efeitos na saúde pública e na economia, especialmente na área das comunicações. Ele citou avanços na tramitação digital de atos, na telemedicina e no comércio eletrônico. “É prioritário, entretanto, fazer o processo de inclusão digital andar a passos largos, porque ainda há uma grande parcela da população sem acesso à internet, milhões de crianças que não conseguem assistir às aulas online e adultos que não tem como trabalhar remotamente”, disse.

De acordo com o novo ministro, a internet banda larga avança de maneira consistente e já tem potencial de alcançar 80% dos lares brasileiros. Mas, segundo ele, a orientação do presidente Bolsonaro é que chegue a todos os cidadãos já que esse é um passo fundamental para a implementação da infraestrutura para a chegada da tecnologia 5G ao país. “O 5G permitirá uma banda larga móvel de altíssima potência em qualidade com impacto significativo na economia, além de proporcionar aos brasileiros grande cesso ao conhecimento”, explicou Faria.

O novo ministro das Comunicações também falou sobre a importância da TV fechada, que oferece agilidade na informação jornalística, e a força de abrangência da TV aberta, do rádio e dos jornais, que, somados à internet, “formam o símbolo e o palco da liberdade de expressão.”

Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro disse que, “quanto melhor estiverem as nossas comunicações, transmitindo sempre a verdade na ponta da linha, melhor estaremos todos nós”.

O presidente Bolsonaro destacou que, cada Poder da República, “com harmonia e independência”, precisa fazer valer os valores da democracia. “O nosso povo respira liberdade, temos uma Constituição pela frente, que pesa alguns de nós até não concordar com alguns artigos, mas temos um compromisso, todos nós do Judiciário, Legislativo e Executivo, de honrá-la e respeitá-la para o bem comum. E tenho certeza que, respeitando cada artigo da nossa Constituição, nós atingiremos o nosso objetivo para o bem de todos”, disse.

Novos ministérios

O presidente Bolsonaro também deu posse a Marcos Pontes, agora como ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que já estava sob comando de Pontes, foi desmembrado pela Medida Provisória nº 980/2020 nos novos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das Comunicações.

Na semana passada, o ministro fez um balanço das ações de sua pasta na área das comunicações.

O Ministério das Comunicações existia como órgão autônomo do primeiro escalão do Executivo até 2016, quando foi fundido com a área de ciência e tecnologia durante a gestão de Michel Temer. Retomado agora, vai reunir as ações na área de radiodifusão e telecomunicações bem como a comunicação institucional, incluindo a Empresa Brasil de Comunicação.

Na mesma solenidade, Bolsonaro assinou o parecer vinculante da Advocacia-Geral da União sobre integralidade e paridade da aposentadoria de policiais civis da União; o decreto sobre licenciamento de radiodifusão; e o decreto sobre adaptação do instrumento de concessão para autorização de telecom, sobre prorrogação e transferência de autorização de radiofrequência.