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Albert Dickson é alvo de nova denúncia sobre divulgação do “tratamento precoce”

Carla e Albert Dickson fazem pregações negacionistas nas redes sociais (Foto: reprodução/Youtube)

Depois de ir parar nas páginas do Jornal Estado de S. Paulo por dizer que o coronavírus ataca  fígadoo e ter 12 vídeos removidos por fake news no Youtube, o deputado estadual Albert Dickson (PROS) foi alvo de nova denúncia.

Desta vez foi BBC que informou que ele troca likes e inscrições no canal que mantém no Youtube em troca de receitas do “tratamento precoce”.

O esquema funciona assim:

A pessoa se inscreve no canal e manda um print e aguarda o retorno com a marcação da consulta que termina em indicação de medicamentos do “tratamento precoce” cuja eficácia não foi comprovada pela ciência.

Diz a reportagem:

O próprio deputado não esconde a orientação em seus vídeos: “Como que vocês vão ter direito à consulta? Vocês vão se inscrever no nosso canal, ganhando uma etapa no atendimento. Vocês vão printar e mandar para o meu WhatsApp. Quando você mandar, você já vai começar a ter o acesso à consulta comigo”, disse em um vídeo publicado no Facebook no dia 7 de março. “O segredo é mandar o print.”

“Nós temos uma sequência no atendimento. Você precisa ir lá no canal do nosso YouTube, se inscrever lá, printar e mandar mensagem para mim. Essa é a chave, vamos dizer assim, para entrar no nosso atendimento”, disse em um vídeo publicado no Instagram no dia 15 de março.

À BBC News o deputado disse que apenas sugere a inscrição e que trabalha com “pesquisas atualizadas”.

A reportagem repercutiu em sites como UOL e G1.

Confira a matéria da BBC link abaixo:

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56905972

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Roberta Lacerda tem vídeo com pregação sobre “kit covid” removido no Instagram

Roberta Lacerda fez post reclamando ter sofrido censura (Foto: print/redes sociais)

Por Isabela Santos

Agência Saiba Mais

A médica potiguar Roberta Lacerda está acusando o Instagram de censurá-la porque teve um vídeo removido. A infectologista é defensora apaixonada do chamado “kit covid”, medicamentos vendidos como se prevenissem ou ajudassem a curar a covid-19, mas comprovadamente sem eficácia.

O Instagram exclui informações falsas quando denunciadas. A plataforma mantém aberto o canal de denúncias de perfis e posts que mentem sobre saúde, política, temas sociais e outros. A rede já admitiu também que esconde hashtags que propaguem fake news e seu algoritmo reduz o alcance de publicações suspeitas.

“A censura está aí. Apenas 2min depois. Não há mais tempo a perder! 16 de maio 16h vamos nos mobilizar NACIONALMENTE pela LIBERDADE de EXPRESSÃO, de ESCOLHA do PACIENTE, pela AUTONOMIA MÉDICA e pela ABORDAGEM PRECOCE NO SUS”, publicou a médica com print do aviso sobre violar as Diretrizes da Comunidade.

Em março, o Youtube também removeu da web o vídeo de uma entrevista com a infectologista no perfil da rádio 98 FM. O material foi excluído da plataforma por “promover desinformação sobre a covid-19”.

O posicionamento da médica sobre o “tratamento” é político. Adotam essa postura os fãs de do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que negligencia desde o começo a pandemia, ao promover aglomerações, criticar medidas de proteção, inclusive o uso da máscara e recusar compra de vacinas. Também seguindo o ídolo, a potiguar ataca jornalistas.

Roberta é seguidora também de espalhadores de fake news, perfis de pessoas declaradamente negacionistas e adeptas de teorias da conspiração, como o terraplanista e guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho e seu discípulo Leandro Ruschel, o ex-ministro Osmar Terra, o comentarista Augusto Nunes e a deputada Carla Zambelli (PSL).