Categorias
Artigo

Reflexão sobre o Dia do Jornalista: somos a única arma contra a desinformação

A semana do Dia do Jornalista, que é celebrado hoje, não foi fácil. Desde o dever de dar a notícia sobre a duríssima tragédia de Blumenau adotando um novo modelo em que o nome do criminoso é omitido, até assistir a onda de demissões de alguns dos principais nomes da Rede Globo, a maior emissora de TV do Brasil.

A verdade é que o jornalismo está em crise. A Internet veio aparentemente para ser uma aliada, mas no fim das contas abriu uma série de alternativas que está obrigando a profissão a ser reinventada. No meio disso, a ascensão das fake news e do discurso de ódio, cujo jornalismo é um alvo recorrente.

Hoje concorremos com as redes sociais ao mesmo tempo que temos nelas um veloz canal de propagação das notícias.

Infelizmente o jornalismo nunca esteve tão superficial. A velocidade dos fatos, a precarização do trabalho e o desinteresse do público mata lentamente as reportagens de fôlego.

Além disso, os jornalistas precisam lidar com a constante tentativa de criminalização da profissão promovida pela extrema-direita quando se vê acuada.

Este ano completo 20 anos como jornalista. Não me arrependo um milímetro da escolha que fez muito menos de ter escolhido viver em Mossoró.

Acredito que apesar de todos os problemas que a profissão enfrenta o jornalismo ainda faz toda a diferença e é a única arma da sociedade contra a desinformação.

Origem do Dia do Jornalista: a data de hoje alude ao jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró assassinado em 1830 em São Paulo. Ele era um crítico do imperador Dom Pedro I e o crime influenciou na abdicação do monarca ao trono.