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Análise

Oposição ignora o voto branco/nulo ao apostar apenas na definição de um nome sem projeto

A oposição bolsonarista faz um cálculo simplório e politicamente preguiçoso: basta definir um nome que ele cresce contra a governadora Fátima Bezerra (PT). A conta se baseia na média de 40% de eleitores que desaprovam a gestão da petista.

Mas aí estamos falando de política e esta não é uma ciência exata. Esta conta com variáveis subjetivas.

Existir 40% de insatisfeitos com a governadora muito próximos dos 43% que a aprovam indica um fato objetivo: não está claro se teremos uma eleição de mudança ou continuidade. Quem polarizar cresce, mas vencer é outra história.

Dentro desses 40% que desaprovam a governador tem os que votam branco e nulo. Em 2018 esse eleitorado somou 17,59%. Outro aspecto importante: quando a campanha começar alguns eleitores que desaprovam a gestão podem entender que não seja uma boa ideia trazer de volta os responsáveis pelo caos fiscal que resultou no atraso de quatro folhas de pagamento dos servidores.

São variáveis que não podem ser ignoradas.

Daí a importância de ter um projeto. Até aqui a oposição tateia um nome que tope disputar o Governo compondo chapa com o ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho (PL), que tenta se eleger senador.

O projeto é meramente um “Fora Fátima”. Muito pouco para um eleitorado cansado e exigente como o potiguar.

É preciso ter o que dizer.