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Análise

No Brasil é mais fácil soltar agressor do quilombola do que quem queima estátua de genocida

Durou menos de 24 horas a prisão preventiva de Alberan Feitas, o comerciante de Portalegre (RN) que amarrou o quilombola Luciano Simplício no dia 11 de setembro.

Ele confessou o crime que está documentado em vídeo que chocou o país. Seu comparsa, o servidor público, André Diogo Barbosa, se deu ao luxo de ser “libertado” quando ainda estava na condição de foragido.

Alberan responde desde o ano passado ao crime de injúria racial e praticou no dia 11 de setembro um crime que lembra as torturas que os escravos sofriam.

Em outro ponto, temos a história de Paulo Galo, Thiago Zem e Danilo Biu. O trio foi preso por envolvimento no incêndio da estátua do bandeirante Borba Gato, que entrou para história por escravizar negros e indígenas, praticando com este último um verdadeiro genocídio.

Galo confessou envolvimento na ação contra a estátua.

Alberan teve um comportamento sádico. Galo fez um ato político, ainda que passível de questionamentos.

Galo e seus companheiros ficaram 13 dias presos. Alberan apenas algumas horas e foi solto após o Ministério Público opinar por sua libertação.

A vida humana vale menos do que o monumento em homenagem a um personagem símbolo das injustiças raciais neste país.