Categorias
Artigo

Sorria: você foi enganado; corte do ICMS retirará recursos da saúde, educação e segurança por um desconto black fraude na gasolina – será pela metade do dobro

Por Daniel Menezes*

O governo federal fez uma gambiarra por desespero eleitoral. Mesmo sendo avisado que o problema não era o ICMS de Estados e Municípios, resolveu cortar parte do imposto e subsidiar a cobrança com o dinheiro arrecadado com a venda da eletrobras.

Ora, caro leitor, está fadado a derrota quem não escuta a ciência, quem não presta atenção em quem dedica sua vida a estudar estes ou outros assuntos. Foi dito – por economistas de diversas tendências – que quando há corte de impostos ele não é integralmente repassado ao consumidor final. E mais: com o crescimento do petróleo no mercado internacional e a petrolífera brasileira seguindo o valor do barril em dólar, era questão de tempo para que novos incrementos na gasolina e no diesel viessem a engolir o desconto inicial. Não deu outra.

A realidade se impôs mais rápido do que era possível imaginar. Primeiro, as cadeias produtivas estaduais já se articulam para abocanhar parte do desconto como recomposição de margem de lucro. Ora, os postos do RN elevaram o valor por ação local, um meio para que, quando a queda chegar, ele seja dado já sobre uma base maior ao estilo black fraude – pela metade do dobro.

E com o preço defasado do petróleo no Brasil, já que os combustíveis no país estão dolarizados, os novos aumentos irão engolir a queda inicial. Esta sexta já virá um. O presidente Jair Bolsonaro e seus liderados como sempre agem como se não fossem governo. Negociaram com a diretoria indicada em maioria pelo próprio governo o aumento e foram para as redes sociais criticar a mesma elevação. Pura encenação.

E ficamos assim – retiraram recursos da saúde, educação e segurança para uma farofada que não terá qualquer efeito, a não ser piorar a vida de quem depende de serviços públicos prestados pelos Estados e Municípios.

Parabéns aos envolvidos.

*É professor da UFRN e editor de O Potiguar.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

 

Categorias
Matéria

Governadores estimam prejuízos de R$ 17 bilhões para o Nordeste com mudanças no ICMS

A redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o aumento dos casos de Covid-19 foram as principais preocupações dos governadores nordestinos na reunião do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, realizada nesta quinta-feira (16) no Hotel Barreira Roxa, em Natal.

Pela estimativa dos governadores, a mudança no ICMS conforme o Projeto de Lei Complementar 18/2022 aprovado no Congresso, vai provocar perda de arrecadação de R$ 17,2 bilhões nos nove estados da região. No Rio Grande do Norte essa perda será R$ 1,2 bilhão, com prejuízos para a Saúde, Educação e municípios e impacta também os programas de combate à pobreza. O ICMS é a principal fonte de financiamento das políticas públicas nos Estados.

“Os governadores e governadoras do Nordeste, reunidos em Natal, por ocasião da realização da 1ª Feira Nordestina de Agricultura Familiar e Economia Solidária, denunciam o grave risco ao arranjo federativo brasileiro e à consecução das políticas públicas por parte dos governos estaduais gerado pela proposta do PLC 18/2022 que fixa a alíquota de ICMS sobre combustíveis, telecomunicações, energia em 17%”, diz um trecho da “Carta de Natal”, divulgada ao final do encontro.

“Em nosso entendimento, a questão do ICMS é um processo que precisa ser discutido com os Estados, mas infelizmente não aconteceu. Isso fere direitos básicos da Federação, vai provocar perdas financeiras enormes e não resolve o problema do aumento de preço dos combustíveis”, disse o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, presidente do Consórcio Nordeste. “A verdadeira causa da explosão de preços dos combustíveis é a política da Petrobras indexada ao dólar. O  presidente da República deveria ter a coragem e a determinação de fazer a mudança na raiz do problema”, reforçou a governadora Fátima Bezerra.

Assessorados pela presidenta da Fiocruz, Nísia Trindade, e por Sérgio Rezende, coordenador do Comitê Científico de Combate ao Covid-19, os governadores reforçaram a importância da vacinação, do uso de máscaras e demais medidas de redução da propagação do vírus. “É necessário ampliar a convocação e reforçar a busca ativa para que as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal o façam o quanto antes”, defendeu Fátima, ao cobrar do governo federal o lançamento de uma campanha de vacinação. Está comprovado que a vacina salva.”

Os governadores também demonstraram preocupação com o aumento da miséria, que colocou o Brasil novamente no Mapa da Fome e apontaram a Agricultura Familiar como uma das alternativas para levar comida à mesa dos brasileiros. “Temos de ter políticas públicas que cheguem na ponta e discussões como a que estão sendo feitas hoje nesta reunião (do Consórcio) no Rio Grande do Norte são importantes para isso”, enfatizou Paulo Câmara.

Participam da reunião os governadores Fátima Bezerra (RN), Paulo Câmara (PE), João Azevedo (PB),  Regina Sousa (PI), Paulo Velten (interino- Maranhão) e Eliane Aquino (vice-Sergipe); Antenor Roberto, (vice-governador do RN) e os senadores Jean-Paul Prates (RN) e Humberto Costa (PE); Carlos Gabas, secretário executivo do Consórcio Nordeste; Décio Padilha, presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz); Sérgio Rezende, coordenador do Comitê Científico.

Confira a carta de Natal_16jun2022_v2

Categorias
Matéria

“Estão retirando recursos do povo brasileira para distribuir aos acionistas da Petrobras”, diz Zenaide ao justificar voto contra PLP

A senadora Zenaide Maia (PROS) afirmou que o PLP 18 além de tirar recursos de serviços essenciais não vai resolver o problema da alta dos combustíveis. “Estão retirando recursos do povo brasileira para distribuir aos acionistas da Petrobras”, criticou.

A parlamentar reforçou que a medida, que deve ter votação concluída na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, prejudica serviços essenciais oferecidos por Governos Estaduais e Prefeituras sem trazer redução nas bombas. “Estão votando contra os recursos da saúde, educação e assistência social e basta o dólar subir que anula qualquer medida dessas”, explicou.

Para ela o foco é preservar os lucros dos acionistas da Petrobras. “Os acionistas da Petrobras são sagrados e o povo que morra de fome. É isso que está sendo proposto com esse PLP 18”, declarou.

Zenaide ainda lembrou que Programa do Leite e o Restaurante Popular serão prejudicados no Rio Grande do Norte.

Categorias
Matéria

Styvenson sobre voto favorável ao PLP 18: “vem me dizer sobre perda de arrecadação? Vá se rear para lá”

Em entrevista a Jovem Pan News de Natal o senador Styvenson Valentim (Podemos) disse que votou favorável ao Projeto de Lei Complementar (PLP) por entender que os Estados e Municípios recebem dinheiro demais, ofertam serviços ineficientes e que o povo está cansando de serviços ineficientes.

“Votei e voto mil vezes favorável ao povo. Eu não quero pagar imposto, já pago acima do Imposto de Renda sou puto com isso porque não vejo retorno. A gente paga IPVA e não vê um buraco tampado, uma rua asfalatada direita. Aí vem me dizer sobre perda de arrecadação? Vá se rear para lá”, disparou.

Ele disse que os Estados e Municípios são ineficientes e deveriam se adaptar. “Não tive dúvida que lado escolher se vou ficar ao lado de estados e municípios que vão ter R$ 1 bilhão de perda de arrecadação porque não dizem o que arrecadou até hoje, segundo o Banco Central teve mais de R$ 250 milhões na pandemia. Se vão perder que façam igual a população que está apertando o cinto com essa inflação, economize e deixem de ser ineficientes”, disse. “Querem dinheiro para quê? Para oferecer serviços ruins?”, questionou.

Ele disse que o povo vai ser beneficiado pela proposta por pagar menos impostos. “Não tenho o mínimo remorso. Fiquei do lado do povo brasileiro”, declarou.

 

Categorias
Foro de Moscow

Foro de Moscow 14 jun 2022 – Limite de ICMS: Estados e municípios no prejuízo

Categorias
Matéria

Só Styvenson votou a favor de projeto que gera prejuízos de R$ 1 bilhão ao Governo e prefeituras do RN

O Senado aprovou na noite de ontem o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18 que estabelece um teto de 17% na cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrados aos serviços de telecomunicações, combustíveis, transporte coletivo e energia elétrica.

Da bancada de senador do RN só Styvenson Valentim (Podemos) votou a favor. Zenaide Maia (PROS) e Jean Paul Prates (PT) votaram contra.

Segundo cálculos do secretário estadual de tributação Carlos Eduardo Xavier, os prejuízos ao Governo do Rio Grande do Norte chegarão a R$ 1 bilhão/ano. Sendo que as prefeituras potiguares devem perder 25% desse montante.

A proposta tem sido criticada por não resolver o problema dos preços dos combustíveis e gerar prejuízos aos estados e municípios sem compensação permanente. O texto aprovado prevê uma compensação temporária sobre excedente de 5% até 31 de dezembro.

Por outro lado, os defensores da proposta argumentam que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que a cobrança de ICMS sobre serviços essenciais não pode exceder 17% e que os serviços foram incluídos como essenciais na nova lei.

Categorias
Matéria

Jean critica PLP e apresenta emendas à proposta

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) apresentou, nesta segunda-feira (13), uma emenda que garante compensação das perdas de receita no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) provocadas pelo PLP 18. A emenda determina que a União apure as perdas bimestralmente e compense estados e municípios. “De todo modo, considero que o Projeto de Lei Complementar 18 de 2022 não está maduro, e se espera do Senado Federal que empenhe esforços para melhor discussão sobre seus impactos”, complementou. Ao todo, Jean apresentou seis emendas ao projeto.

O parlamentar reforçou ainda sua posição contrária ao Projeto de Lei Complementar. “O texto aprovado na Câmara dos Deputados importa em perdas orçamentárias permanentes aos estados que, por sua vez, implicarão cortes severos em serviços públicos como saúde, educação e segurança pública, ainda mais necessários nesse tempo de crise econômica e carestia. É suficiente dizer que as perdas anuais para o Fundeb podem ser de até R$ 21 bilhões”, declarou Jean.

O Projeto de Lei Complementar 18 de 2022, aprovado na Câmara, limita a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustível e energia, e a justificativa é que a medida atenuaria a alta da gasolina, do diesel, do gás de cozinha. “Trata-se de uma solução equivocada para o problema da alta extraordinária do preço dos combustíveis”, afirmou o Senador Jean.

O parlamentar do Rio Grande do Norte argumenta que, diante das demais variantes que incidem sobre o preço final dos combustíveis é possível que o impacto do projeto seja ínfimo no valor pago pelos consumidores, mas cause “grande prejuízo” à estrutura dos serviços públicos. Isso porque o ICMS é utilizado pelos estados para custear os diferentes serviços gratuitos à população, dentre eles saúde e educação.

“A redução pretendida pelo corte no ICMS poderá ser totalmente anulada por dois fatores: o aumento do dólar e/ou da cotação internacional do valor do barril de petróleo cru (brent), ou a recomposição da defasagem do preço praticado no Brasil em relação ao preço internacional, já que não há alterações formais ao PPI (Preço de Paridade de Importação), adotado pelo Petrobras. De um jeito ou de outro, o sacrifício da população é certo, às custas de benefício duvidoso”, disse Jean.

Ainda de acordo com o senador, outro problema é que o Projeto de Lei Complementar 18 de 2022 também não traz mecanismos para garantir que a redução do imposto chegue às bombas de combustíveis, podendo resultar apenas em aumentos da margem de lucro na cadeia produtiva, em vez de economia para os consumidores.

Conta de estabilização

O Senador Jean lembra que o Projeto de Lei 1472 de 2022, que cria uma Conta de Estabilização de Preços de Combustíveis (CEP-Combustíveis), foi aprovado no Senado Federal em março, com apoio dos governos estaduais, e segue sem apreciação pela Câmara dos Deputados. Segundo ele, esse PL seria solução mais adequada ao problema da alta dos preços.

“O projeto representa uma solução muito mais consistente e transparente, e tem sido preterida em prol de soluções improvisadas e eleitoreiras. Não nos surpreende a fala, mais uma vez carente de embasamento, na qual o presidente da República reputa ao projeto o corte de R$ 2 no preço ao consumidor”, afirmou.

Confira a lista de emendas ao projeto propostas por Jean:

Emenda 57-PLEN

A emenda determina que seja feita a recomposição em decorrência das perdas dos Estados visando o financiamento do Fundeb, que corre risco em sua efetivação em decorrência da frustração de receita do ICMS promovida pelo PLP 18/2022.

Emenda 58-PLEN

A emenda condiciona quaisquer recomposições de perdas decorrentes da aprovação do PLP 18/2022 ao atendimento dos repasses necessários para as áreas de Educação e Saúde, bem como a cota-parte participante dos Municípios.

Emenda 59-PLEN

A emenda determina que o Poder Executivo regulamente mecanismos para assegurar que a frustração de receitas dos Estados seja efetivamente convertida em redução de preços ao consumidos, e não capturada pelos agentes do setor.

Emenda 60-PLEN

A emenda propõe a alteração da Lei do Petróleo de modo a estabelecer critérios para uma política de preços de combustíveis, determinando que as Estatais devam justificar o atendimento a esses parâmetros, nos termos já vigentes da Lei das Estatais. Adicionalmente, determina que em caso de subida extraordinária do preço do barril de petróleo, essas empresas devam considerar medidas extraordinárias para contenção da volatilidade de preços, e justificá-las perante o Congresso Nacional.

Emenda 61-PLEN

A emenda resgatar o texto aprovado na CAE no âmbito do PL 1472/2021 que institui o Imposto de Exportação, mecanismo regulatório importante para capturar lucros extraordinários e imprevisíveis, de modo a mitigar seus impactos diretos, sobre os consumidores, e indiretos, sobre a economia. A proposta apresentada é flexível para os ajustes necessários pelo Poder Executivo.

Emenda 76-PLEN

A emenda apresenta ao debate a situação complexa enfrentada pelas empresas distribuidoras, que adquiriram combustível tributado, incluindo o recolhimento tributário, e devem comercializá- lo sob tributação reduzida em decorrência dos efeitos do PLP 18/2022, incorrendo em prejuízo. A emenda sugere a recomposição dessas perdas, na medida de sua efetivação, ao passo que assegura que os preços praticados transportem o corte na tributação.

Categorias
Artigo

O PLP 18 é o paciente cuidando do médico

Por Daniela Freire* e Thiago Medeiros*

No dia 25 de maio de 2022, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar – PLP nº 18, de 2022, que altera o Código Tributário Nacional e a Lei Kandir, entre outras, para considerar bens e serviços essenciais os combustíveis, a energia elétrica, as comunicações e o transporte coletivo. Agora, o texto tramita no Senado e deve ir à votação próxima semana.

O PLP 18 tem um conteúdo irresponsável! Esse Projeto de Lei Complementar ataca diretamente a sustentabilidade financeira dos estados. O indivíduo pode até ser induzido a pensar apenas  nele próprio e não considerar a coletividade, mas essa perda na arrecadação com o ICMS em até 17% afetará os mais vulneráveis e áreas sensíveis dos estados e dos municípios.

E apesar de todas as desvantagens dessa proposta, ainda tem o pior: ela não fará o preço do combustível baixar o suficiente. Esse alívio será mínimo e momentâneo. O próprio relator do projeto, senador Fernando Bezerra Coelho, admite que o preço da gasolina só será reduzido em até R$ 1,65 e do diesel em até R$ 0,76 para os estados que zerarem a alíquota.

Ou seja, estão vendendo a ilusão. A única solução responsável e permanente para baixar o preço dos combustíveis e atacar o problema em sua raiz é modificar o PPI (Preço de Paridade de Importação), que pode ser alterado por ato do presidente Bolsonaro. É o paciente cuidando do médico.

Mas, a quatro meses das eleições, o Palácio do Planalto tem pressa em aprovar esse famigerado PLP 18, uma vez que as pesquisas mais recentes, de institutos diversos, apontam que a inflação corroendo o poder de compra do brasileiro é o fator que mais pressiona para baixo a intenção de votos em Bolsonaro neste momento. O presidente, aliás, é considerado o maior culpado pela alta dos valores e, nesse cenário, ele vem caindo nas sondagens, como mostraram nas últimas semanas resultados do Datafolha, Ipespe e Qaest.

Em meio a esse desespero eleitoreiro o governo federal quer, para ontem, implantar as tais mudanças tributárias, sem sequer dar garantias concretas de uma compensação minimamente aceitável para reparar as gigantes perdas que estados e municípios sofrerão, com reflexos diretos no bem-estar da população.

De acordo com o secretário de Planejamento do Rio Grande do Norte, Aldemir Freire, o montante para a compensação que está sendo oferecido pelo governo federal é “absolutamente insuficiente”. Essa verba compensatória poderá variar apenas de 10% a 30% das perdas, segundo ele explica. “É um projeto equivocado e de natureza puramente eleitoreira”, admite.

A constatação de Aldemir é de que aqui no RN essa perda no recolhimento de ICMS irá atingir em cheio os principais programas de alimentação popular para pessoas de baixa renda: o Programa do Leite e o Restaurante Popular, que deixarão de receber nada menos do que R$ 100 milhões.

Para se ter ideia, esses dois programas potiguares de assistência social alcançam um custo total de R$ 110 milhões. O que significa que tais projetos poderão ficar inviabilizados, já que irão perder a sua principal fonte de financiamento. Desse modo, na avaliação do secretário, o Programa do Leite e o Restaurante Popular serão atingidos “de morte” pelo PLP 18.

De forma geral, Aldemir Freire avisa: o Estado será atingido em cheio e terá R$ 1 bilhão de reais a menos na arrecadação anual. Lembrando que, por lei, os municípios terão frustração na ordem de 25%, totalizando, então, R$ 250 milhões a menos de repasse. A propósito, há cidades em que as contas públicas sobrevivem basicamente desse tipo de arrecadação.

Além disso, sabe-se que o ICMS tem uma importância fundamental para a Saúde, onde estima-se uma perda de R$200 milhões; e para a Educação, que deixará de receber R$140 milhões. Lembrando que enquanto uma parcela ínfima da população não necessita desses serviços gratuitamente, a imensa maioria das pessoas no Brasil e no nosso Rio Grande do Norte sobrevive graças a isso.

“Menos Brasil e Mais Brasília”. Esse parece ser o lema que norteia o governo federal e esse projeto. E em nome disso não se pode sufocar entes estaduais e municipais. É preciso, sim, que haja uma solução para baixar o valor dos combustíveis, mas que ela seja responsável, no mínimo, com o pacto federativo e com a população. Que se encontre um caminho virtuoso para resolver esse problema tão complexo.

*É jornalista.

**É sociólogo e publicitário.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.