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Carlos Eduardo xinga jornal no Twitter e expõe “respeito” da elite política do RN pela mídia

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O prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT), cotado para disputar o Governo do Estado esse ano, perdeu as estribeiras nas redes sociais neste domingo ao detonar o Jornal Agora RN.

Prestes a deixar a Prefeitura de Natal e abrir espaço para Álvaro Dias (MDB) se tornar prefeito, o Agora RN lembrou as peripécias do substituto de Carlos Eduardo quando presidente da Assembleia Legislativa. Para quem não lembra, foi ele quem botou nos trilhos o “trem da alegria” que encheu o parlamento estadual de fantasminhas nenhum pouco camaradas com o erário (ver AQUI) e ele mesmo é um dos campeões em número de parentes efetivados sem concurso (ver AQUI).

O prefeito disparou: “Jornaleco, sem anunciante, sem assinatura, gratuito, com estrutura física e de destribuição de grande jornal….. quem financia, que dinheiro é este…. o povo quer saber. Ah… vai saber sim! Jornaleco, gratuito, sem anunciante….. nem O Globo e Folha de São Paulo sobreviveria. Orientação do jornaleco: não pode ser distribuído na av. Jaguarari. Ali, é corredor de promotoras e promotores para o MP”.

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Em resposta, o perfil do Agora RN chamou o prefeito de Natal de “mau caráter”. A postagem foi apagada, mas os prints circularam nas redes sociais.

Não é de hoje que o pretenso candidato ao Governo do Estado agride jornalistas e veículos de comunicação. O pavio curto de Carlos Eduardo Alves é apenas o fator que o diferencia de seus pares da política tradicional. A regra entre essa turma é atribuir a “encomendas” qualquer crítica ou denúncia que venham a sofrer. Nunca nada é motivado pelo faro jornalístico e espírito crítico do profissional.  Sempre é à mando de alguém como se todos fossem iguais aos que o servem.

Se bem que tem muito veículo de comunicação e jornalista que faz por merecer certas alcunhas, mas essa não é o padrão da maioria dos jornalistas. Mas quando se está acuado jogar todos em uma vala comum é saída.

Nota do Blog: trata-se de mais um episódio lamentável, herança de nosso passado autoritário e de uma elite política incapaz de lidar com o contraditório. Essa turma adora “pedir cabeça” de jornalistas quando é contrariada.