Com mais de 200 atos confirmados até agora, inclusive em outros seis países, movimento sociais sairão às ruas novamente durante o dia de hoje, no ato #24J, que reivindica mais vacinas, auxílio emergencial de R$ 600 e emprego, além do “fora Bolsonaro”.
No Rio Grande do Norte os protestos acontecem em seis cidades. Em Natal, o ato terá concentração às 15 horas, em frente ao Midway Mall (Av. Bernardo Vieira, 3775 – Tirol). Em Mossoró, o protesto terá início às 8 horas, no Arte da Terra (Rua General Pericles, 151 – Ilha de Santa Luzia).
O Coordenador Geral do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do RN (Sinte/RN), Rômulo Arnaud, que participou das reuniões que articularam a mobilização em Mossoró, destaca a importância que do dia de a luta e relembra que são fundamentais as medidas de distanciamento social e sanitárias durante a mobilização.
“Hoje é um dia muito importante na luta em defesa dos direitos sociais e combate às contrarreformas do Governo de Jair Bolsonaro. Vamos às ruas protestar porque nosso país enfrenta uma grave crise sanitária que já vitimou quase 600 mil brasileiros e brasileiras, mas também para reivindicar emprego, alimento nas mesas e melhoria na nossa condição de vida, que só piora a cada dia que passa desse Governo. Quem for ao ato, precisa lembrar de levar a máscara, o álcool em gel e respeitar as medidas de distanciamento social. Sabemos da gravidade do vírus e não vamos nos expor a ele, mas temos a certeza que Bolsonaro é ainda mais letal do que a Covid-19”, comentou o dirigente do Sinte.
A professora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e militante do coletivo Motim Feminista, Telma Gurgel, destaca que a manifestação de hoje é um termômetro fundamental para compreender que setores da sociedade já começaram a romper com o ‘bolsonarismo’ e que segmentos permanecem alinhados com o Presidente. Na avaliação da pesquisadora e ativista, apesar de estar desgastado, Bolsonaro ainda detém uma importante base dentre os políticos tradicionais.
“Podemos considerar o 24 de Julho como um dia superimportante nesse contexto de disputa de base social. Ao mesmo tempo em que Bolsonaro se enfraquece, e isso fica nítido em cada pesquisa de opinião, também lembramos que ele detém o controle do cofre estatal e mantem relações diretas com os parlamentares do chamado Centrão. É essa a disputa que vivemos hoje: de um lado a indignação e a angústia pelo que está passando o Brasil e do outro, as articulações de gabinete, as negociatas e corrupções. Por isso é fundamental que todos os indignados e indignados se somem aos movimentos sociais nessa data de luta”, afirmou Telma.
O Coordenador Geral do Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindpetro/RN), Pedro Lúcio Góes destacou a importância da mobilização, em especial após as recentes declarações da alta cúpula governamental que dão a entender que poderá haver um golpe no país caso não seja aprovada a votação por cédulas impressas, conforme quer Bolsonaro.
“O ato de hoje é muito importante, principalmente depois das recentes ameaças de golpe vindas da alta cúpula do Governo Bolsonaro. Temos o dever, enquanto cidadãos, de se manifestar em defesa da democracia e contra esse Governo. Estamos no meio de uma pandemia, com mais de 540 mil mortos por uma doença que já tem vacina. Nosso povo está passando fome porque não tem condição de comprar um gás de cozinha. Dentro desse contexto é que estaremos nas ruas, por vacina, pão, saúde e educação. Por empregos e condição digna de vida. Por um Brasil para os brasileiros e brasileiras”, concluiu Pedro.
Confira os atos políticos contra Bolsonaro no Rio Grande do Norte
- Mossoró –Às 8h, na Arte da Terra até a Praça do Pax Parnamirim – Às 9h
- Natal – Às 15h, na Midway
- Caicó – Às 7h30, na Praça da Alimentação
- Extremoz – Ato na sexta (23), às 5h30, em frente à Câmara
- João Câmara – Às 8h, na Praça Baixa-Verde Macau – Às 8h, no Mercado Público
- Pureza – Às 9h, no Distrito de Bebida Velha (em 1º/8). Às 19h, na Comunidade de Olho D’água (em 31/07)