A Petrobrás informou, em comunicado divulgado na sexta-feira (11) que o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, sofreu reajuste de 5,9% nas distribuidoras, passando para R$ 3,40 por quilo.
Em Mossoró, o preço médio do gás de cozinha já se aproxima de R$ 100 e pode, inclusive, ultrapassar esse valor em alguns estabelecimentos. O reajuste já poderá ser sentido nos bolsos dos consumidores a partir da quarta-feira (16).
De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) este é o décimo-quarto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha, e o quinto em 2021. Em janeiro, a Petrobras elevou o preço em 6%. Em fevereiro, a alta foi de 5,1%. Em março, o reajuste médio foi de R$ 0,15 e, em abril, de 5%. Em maio, mesmo sem reajuste nas refinarias, o preço do gás de cozinha subiu 1,24%, em média, em todo o Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a Petrobrás, as distribuidoras tem total liberdade para decidir de que forma repassarão o reajuste para os clientes e que a o aumento praticado pela petrolífera nacional segue a política de preços adotada pela empresa, que respeita o equilíbrio do mercado internacional. O Secretário Geral do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (Sindpetro/RN), Pedro Lúcio Goes questiona a posição apresentada pela empresa e as motivações para os sucessivos aumentos no preço do gás de cozinha.
“Mais uma vez o preço do gás de cozinha sobre para as famílias brasileiras. Isso em meio às ações atabalhoadas do Governo federal, que uma hora culpa os Governos Estaduais, outra hora culpa os donos de postos e distribuidores, outra hora zera o PIS e o Cofins e nada disso resolve o preço do Gás. As medidas do Governo Bolsonaro são com o tratar Covid-19 com Ivermectina: não funciona!”, comentou Pedro.
Ele explica que o sindicato já deu alternativas viáveis para garantir um abaixa nos preços dos combustíveis: colocar as refinarias para funcionar, suspender as privatizações do patrimônio da Petrobrás e suspender a “dolarização” dos preços, levando em consideração o custo de produção nacional.
“Se o Governo fizer isso, ele resolve o preço dos combustíveis no Brasil, mas ele prefere ficar surfando entre uma crise e outra ao invés de resolver o problema”, avaliou o dirigente sindica.
O Jornal Tribuna do Norte realizou um levantamento acerca dos preços médios de botijão de gás nas capitais do país antes do aumento efetivado hoje. Em Natal a média ficava em R$ 92,22, fazendo com que a capital potiguar tenha o 8º valor mais caro do país. Após o aumento é possível que os preços ultrapassem os R$ 100,00. Até o último reajuste, o estado com o Gás mais barato do Brasil era o Rio De Janeiro, com média de R$ 75,97
- Macapá (AP) – R$ 104,67
- Boa Vista (RR) – R$ 103,23
- Cuiabá (MT) – R$ 103,12
- Rio Branco (AC) – R$ 101,86
- Porto Velho (RO) – R$ 98,66
- Fortaleza (CE) – R$ 93,28
- Belém (PA) – R$ 93,14
- Natal (RN) – R$ 92,22
- Palmas (TO) – R$ 91,75
- Manaus (AM) – R$ 91,61
- Vitória (ES) – R$ 90,17
- Florianópolis (SC) – R$ 90
- Goiânia (GO) – R$ 89,81
- Teresina (PI) – R$ 89,07
- João Pessoa (PB) – R$ 85,31
- Belo Horizonte (MG) – R$ 85,30
- São Luís (MA) – R$ 84,77
- Porto Alegre (RS) – R$ 84,65
- Curitiba (PR) – R$ 84,53
- Aracaju (SE) – R$ 82,81
- Maceió (AL) – R$ 82,36
- São Paulo (SP) – R$ 81,58
- Salvador (BA) – R$ 80,42
- Brasília (DF) – R$ 80,24
- Campo Grande (MS) – R$ 79,85
- Recife (PE) – R$ 78,26
- Rio de Janeiro (RJ) – R$ 75,97