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Reportagem da Veja traz novas informações sobre a compra dos respiradores do Consórcio Nordeste: negócio feito para dar errado”

Reportagem aponta responsabilidade do governador da Bahia (Foto: Márcio Lima/Folhapress)

A Revista Veja trouxe neste sábado uma reportagem com informações sobre o documento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 no Senado que traz detalhes sobre o contrato de compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste no valor de R$ 48 milhões junto à Hempcare Pharma em abril do ano passado.

Os equipamentos nunca chegaram causando um prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos do Rio Grande do Norte. No entanto, investigação do Ministério Público de Contas descartou dolo ao erário por parte da administração estadual.

A reportagem da Veja põe responsabilidade sobre o governador da Bahia, Rui Costa (PT).

Diz um dos trechos:

“Os documentos que mostram a impressionante capacidade de alguns poucos em tirar proveito da miséria de muitos estão em poder da CPI da Pandemia. Além desse notório caso da Bahia, figurões dos governos do Pará e do Amazonas são alvo de investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Para se ter uma ideia do volume dos trambiques, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) informa que somente o órgão já realizou mais de cinquenta operações para monitorar o uso ilegal de recursos públicos federais por estados e municípios. São irregularidades que envolvem empresas de fachada, falsificação de documentos, direcionamento de licitação e, claro, superfaturamento e propina. No caso dos respiradores fantasmas da Bahia, a investigação resvalou no governador Rui Costa (PT), que presidia o Consórcio Nordeste à época dos fatos”.

Antes, o texto ainda mostra que anegociação foi feita de forma improvosada: “O negócio, fechado a toque de caixa através do WhatsApp e com pagamento adiantado, previa a compra e a distribuição dos equipamentos aos nove estados da região. A microempresa, como se sabe, na verdade aplicou um monumental golpe: sumiu com o dinheiro e nunca entregou as máquinas — ampliando a lista de casos de desvio de dinheiro público registrados desde o início da crise sanitária, a partir da costumeira associação entre autoridades negligentes, servidores corruptos e empresários desonestos, como revelam os detalhes das investigações sigilosas de fraudes a que VEJA teve acesso”.

A reportagem informa que o contrato foi modificado facilitando o calote que a empresa aplicou no Consórcio Nordeste.

“O inquérito, inicialmente conduzido pela polícia baiana, apresentou a Hempcare como ponta de uma rede criminosa. O negócio, desde o início, foi planejado para dar errado. Vasculhando o contrato, os investigadores detectaram uma série de ilegalidades para facilitar e agilizar ao máximo a negociação. Só para citar um exemplo: o acordo original previa a contratação de um seguro internacional para garantir a entrega da mercadoria, uma cláusula que visa exatamente a proteger o comprador. No meio do processo, o contrato foi modificado. O seguro passou a valer apenas a partir do momento em que os respiradores deixassem a China, de onde teoricamente seriam importados. Como esse embarque nunca aconteceu e o pagamento foi antecipado, 48 milhões de reais foram para o ralo, numa trama, segundo os policiais, que ultrapassou “os limites da vilania”.

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