
Os ânimos estão acirrados. A política brasileira entrou num infindável clima odiento em que ninguém respeita a opinião alheia.
Se você é contra o impeachment é “petralha”, se vai a manifestação a favor do Governo é porque recebeu R$ 30 e pão com mortadela.
Na outra ponta se é a favor da saída da presidente Dilma é porque é “coxinha”, “dazelites” e está patrocinado pela FIESP.
Eu, cá do meu canto, tenho as minhas opiniões e não escondo porque transparência é a alma do negócio para que lida com o público. Sou contra o impeachment porque vejo articulações politiqueiras conduzidas por Eduardo Cunha que não tem a menor condição de ainda estar no cargo e pelo escandaloso uso de dois pesos e duas medidas. Mas sempre que exponho essa opinião sou atacado por quem é a favor.
Se escrevo que não considero o impeachment um golpe por ser um julgamento político e dentro de regras constitucionais chanceladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Aí é a vez dos petistas me atacarem.
Não é desrespeitando quem pensa diferente que você vai convencê-la. Está faltando racionalidade no debate político.