O senso comum em Mossoró entende que os vereadores não fazem nada. Já explicamos aqui neste espaço que esta avaliação é equivocada e tem origem no discurso fácil de programas populares do rádio local.
Antes de você se perguntar “cadê os vereadores?” explicaremos como eles ficaram de mãos atadas.
Enquanto deputados estaduais e membros da bancada federal transferem emendas para a saúde os vereadores de Mossoró não podem fazer a mesma coisa.
Sabe por quê? É que o orçamento de Mossoró não estima um percentual de emendas para cada vereador. Na verdade existe uma regulamentação à Lei Orgânica do Município regulamentando 1,2% para cada vereador apresentar emendas. Cada parlamentar teria uma cota de R$ 300 mil para indicar. O problema é que quando a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) envia o orçamento ela ignora esta norma.
Os vereadores de oposição tentam fazer remanejamentos no orçamento, mas o governismo sempre derruba sem dar maiores satisfações à sociedade.
Outro problema são as sessões que não estão sendo realizadas por decisão unilateral da presidente Izabel Montenegro (MDB). Ela só vai realizar sessões remotas em caso de convocação da prefeita.
Enquanto isso, a Assembleia Legislativa segue realizando sessões todas as semanas assim como a Câmara Municipal de Natal. Secretários são convocados, prestam esclarecimentos e os parlamentares apresentam sugestões.
Já a Câmara Municipal escolhe o caminho da subserviência ao executivo para poupar a prefeita de desgastes.
