Ao defender privatização da UERN, presidente do TJ protagoniza mais um capítulo do desprezo de Natal pela universidade

claudio

O presidente do Tribunal de Justiça, Cláudio Santos, defendeu que a UERN seja privatizada. Para ele é muito melhor pagar bolsas de alunos carentes em substituição. Alega que o ensino superior não é uma obrigação dos Estados.

Uma declaração infeliz, mas não inédita em relação à UERN. Curiosamente sempre há alguém da nossa elite residindo em Natal com a língua afiada para agredir a nossa universidade.

Talvez o presidente do judiciário mais caro e improdutivo do país não saiba que a UERN é a universidade norte-rio-grandense que mais forma professores no interior. Talvez, na bolha em que os deuses do olimpo jurídico, ele não saiba que a UERN forma médicos, profissionais para o judiciário e está presente em todas as regiões do Rio Grande do Norte.

Cláudio Santos é tão desinformado em relação à UERN que defendeu bolsas de R$ 1.500 para alunos carentes sem saber que o custo mensal para cada aluno uerniano é de R$ 944/mês.

Tenho certeza que Cláudio Santos falou tamanha bobagem porque não sabe do papel inclusivo da UERN, a universidade dos pobres, que tem cotas para alunos de escolas públicas e com necessidades especiais.

A UERN nem de longe é o parasita pintado pelos elitizados da capital. Ela se vira, consegue recursos federais e patrocínios para projetos graças ao talento de seus professores e o esforço do reitor Pedro Fernandes que faz o papel de caixeiro viajante em busca de outras alternativas.

A UERN não é bonita, não tem os belos prédios do judiciário mais caro e improdutivo do país, mas produz conhecimento tendo profissionais nacionalmente reconhecidos. Existem outros resultados no ensino, pesquisa e extensão.

A nossa universidade é o filho desprezado do Estado do Rio Grande do Norte. É como aquele garoto que sempre tira notas boas, se comporta bem e mesmo assim precisa conviver com os desprezo dos pais.

Na entrevista que deu ao RNTV, Cláudio Santos conseguiu marcar um golaço ao propor a devolução de R$ 100 milhões ao executivo para ações em segurança e saúde. E fez um gol contra de canela ao defender a privatização da UERN.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto