Cem dias, sem marcas

Gestão de Allyson carece de iniciativa reformista (Foto: Redes Sociais)

Hoje o prefeito Allyson Bezerra (SD) completa 100 dias como prefeito. A data é simbólica na política como uma forma de entender que rumos a gestão terá para os quatro anos que virão.

Entre erros e acertos, até aqui Allyson ainda não conseguiu imprimir uma marca administrativa em termos de conteúdo. Faltam iniciativas para reformas na Prefeitura de Mossoró. Até agora nenhum projeto relevante foi enviado ao legislativo no sentido de mudar o quadro administrativo.

Allyson recebeu a administração com muitos problemas e medidas importantes são necessárias. Até aqui, o prefeito se esquivou do tema.

O prefeito ainda não cumpriu a promessa de campanha de enviar a proposta da gestão democrática nas escolas municipais. Falta iniciativa no sentido de discutir a reformulação do plano diretor de Mossoró, que é considerado defasado.

Outro ponto que o prefeito ainda não se movimentou é na necessidade de reformar o Código Tributário Municipal. Mossoró precisa se adequar ao SIMPLES nacional, atualizar critérios e condições de Isenção do ISS e IPTU e ITBI.

São iniciativas fundamentais para um início de gestão que simplesmente ainda não entraram na pauta da administração municipal.

Do ponto de vista político, o maior problema do prefeito está em controlar a base na Câmara Municipal. Há relatos de dificuldades de relacionamento. O prefeito em 100 dias encarou algo raríssimo na política mossoroense: um vereador romper com o Palácio da Resistência em início de mandato. Foi o caso de Didi de Arnor (Republicanos).

Falta também a apresentação de um plano consistente para uma política de geração de empregos, um do problemas mais graves de Mossoró.

Mas a gestão também tem acertos.

O prefeito abriu mão de entrar na vibe politiqueira na gestão da pandemia respeitando as regras estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tem respeitado a ciência. Em tempos de políticos como Bolsonaro e Álvaro Dias já é muito.

Há um esforço para garantir médicos nos postos de saúde e a vacinação contra covid-19 tem sido eficiente.

Outro ponto positivo foi a resolução do problema do Estádio Leonardo Nogueira que finalmente foi municipalizado.

Allyson também tem se mostrado mais disposto ao diálogo com os servidores embora não tenha apresentado uma proposta que agrade a categoria em relação aos salários atrasados deixados por Rosalba Ciarlini (PP).

Nos primeiros cem dias o prefeito ainda não conseguiu imprimir uma marca, talvez isso venha com o tempo. Falta iniciativa para reformas necessárias para aí sim termos uma marca.

Mossoró já perdeu muito tempo e vem acumulando derrotas. Allyson foi eleito para mudar isso.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto