A manhã foi de protesto nas imediações da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). As manifestações foram contra a escolha da terceira colocada na consulta a comunidade acadêmica Ludimilla Oliveira para ser reitora da instituição e o impedimento do reitor eleito José Arnóbio de Araújo Filho de assumir o comando do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).
Juntaram-se ao momento alunos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Durante o protesto foi realizada uma aula pública contra a nomeação da terceira colocada para o posto da reitoria da UFERSA, contrariando assim o resultado das eleições.
Os estudantes classificam a nomeação como um golpe e uma intervenção política na instituição, a exemplo do que ocorreu no IFRN.
As nomeações antidemocráticas na UFERSA e IFRN atendem a uma política do presidente Jair Bolsonaro de “desesquerdização” das instituições federais de ensino.
Arnóbio está impedido de assumir com base numa nomeação que sustenta em uma Medida Provisório (MP) que caducou há dois meses.
Ludimilla, mesmo rejeitada por todos os segmentos da comunidade acadêmica, acabou sendo nomeada graças a uma movimentação que estava sendo arquitetada desde o ano passado.
No último 11 de agosto, dia do estudante, a Polícia Militar chegou a agredir e intimidar estudantes do IFRN que protestavam contra o reitor da instituição. Na última quinta-feira a coordenadora do Diretório Central dos Estudantes da UFERSA foi intimada pela Polícia Federal após ser denunciada pela nova reitora da UFERSA por calúnia, difamação e formação de quadrilha – em virtude de áudios no WhatsApp em que a dirigente estudantil denunciava a intervenção.
Matéria com colaboração da jornalista Maitê Ferreira.