O problema da oposição não é tal “divisão”

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O problema de a oposição estar dividida em Mossoró é uma avaliação de frágil sustentação empirica. Até porque no cenário atual não existe essa divisão porque todos estão conversando entre si.

Se existisse divisão, os cotados estariam criticando uns aos outros entre si publicamente. Isso não está acontecendo.

Esse é um discurso fomentado capciosamente pelo rosalbismo que acabou pegando até mesmo entre os que não gostam da gestão municipal. É sedutor cair nessa onda quando se somam os votos da oposição frente à Rosalba. A eleição pode ser vencida pela oposição unida ou não.

A regra da união é um discurso que agrega ao rosalbismo. Explico: num cenário com várias candidaturas competitivas é difícil juntar todos. Mas é possível que um dos nomes polarize com a prefeita e receba o voto útil lá na frente. Para desmotivar esse sentimento o rosalbismo prega, até aqui com sucesso, que a oposição separada não ganha de jeito nenhum. Isso gera uma desmotivação no eleitor que rejeita a prefeita a ponto de alguns até viajarem no final de semana da eleição.

Sacou como o negócio é complexo?

O que é tratado como problema, a grande quantidade de bons nomes, é uma solução. Há muito o que ser discutido e nomes postos podem recuar lá na frente. O ideal é que a oposição tenha no máximo duas candidaturas fortes. Fica mais fácil para o eleitor descartar a preferência inicial em nome do voto útil.

Por isso que reforço que o grande problema da oposição não é a divisão. Uns apontam isso por parecer óbvio, outros para reforçar uma narrativa que, repito, interessa ao rosalbismo.

O que a oposição precisa é de uma ação organizada de oposição à prefeita. Foram três anos perdidos tanto para Rosalba Ciarlini (PP), que faz uma gestão pífia, quanto para a oposição que não tirou proveito eleitoral da situação.

A divisão oposicionista deixará de ser um problema durante a campanha com a pregação do voto útil contra Rosalba, que tem alta desaprovação. Quem melhor encarnar o antirosalbismo vai levar a melhor. São vários exemplos de situações de que uma oposição saiu com duas candidaturas fortes e venceu as eleições como também temos exemplo de que o inverso aconteceu. Isso prova que não existe uma regra pronta, mas o que está faltando mesmo é uma ação organizada e as alternativas eleitorais se posicionarem de forma mais contundente contra a gestão municipal.

Se apegar ao discurso da oposição dividida é não perceber que o processo político é mais complexo que o um mero jogo de soma em pesquisas eleitorais.

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto