Reformar a previdência estadual é urgente. A governadora Fátima Bezerra (PT) já está ciente disso. A reforma dentro dos parâmetros ideológico dela vai mexer no vespeiro.
Por enquanto, ela aguarda o Rio Grande do Norte aguarda a inclusão de estados e municípios na reforma nacional. Segundo Nereu Linhares, presidente do Instituto de Previdência do Rio Grande do Norte (IPERN) a economia em 10 anos seria de 45% caso o texto aprovado na Câmara dos Deputados seja alterado no Senado.
Mas a solução para a crise fiscal do Estado exige outras medidas e uma delas é o aumento das receitas. Como se aumenta as receitas de um Governo? Atraindo investimentos e fazendo o dinheiro circular com geração de empregos.
Em entrevista à Rádio Agora FM de Natal, o secretário estadual de desenvolvimento econômico Jaime Calado mostrou que essa preocupação existe. Ele declarou que é preciso melhorar o ambiente para os negócios no Rio Grande do Norte.
Uma das medidas importantes foi o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial (Proadi) deixar de ser uma iniciativa de incentivo financeiro para ser uma ação de incentivo fiscal com exigência de contrapartidas. “Vamos colocando contrapartidas em todos eles. No caso do querosene de aviação, o governo anterior reduziu em 5 pontos percentuais. Todos nós queremos mais turistas; mais passageiros; mais movimento na economia… mas as contrapartidas não ficaram amarradas. Nessa nova negociação, amarra. O Proadi deixou de ser um programa de apoio ao desenvolvimento industrial para ser um programa de estímulo”, argumentou Jaime.
O projeto prevê incentivos para que as indústrias se instalem no interior do Estado: “E você tem sua empresa em Natal, Parnamirim, Macaíba ou nas áreas mais industrializadas, então você começa de 75% e pode chegar a 80%. Se for em Mossoró você começa de 80%, podendo chegar a 85%. E nos outros municípios menores, você começa de 85%, podendo chegar a 90%. Com isso, nós estamos estimulando a quem quer investir no interior. Nós temos que interiorizar o desenvolvimento”.
Segundo ele a ideia é compensar o incentivo fiscal com o retorno via geração de empregos para aquecer a economia, incluindo o interior. “Temos 167 municípios. Só há Proadi em 16. Isso quer dizer que 90% dos municípios não o têm. A gente está lutando. Se eles tiverem, é sinal de que vão atrair empresas e gerar emprego”, explicou.