Hoje o ex-deputado federal Betinho Rosado, presidente estadual do PP, foi o entrevistado no Meio-Dia Mossoró. O parlamentar deu uma aula de franqueza nas suas declarações. Não escondeu a mágoa que sente do senador José Agripino (DEM), deu sugestão sobre o vice da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) chegando a defender o nome de Sandra Rosado (PSB) e supreendeu admitindo que pode disputar uma eleição para vereador este ano.
O parlamentar defendeu o repasse dos campos maduros para a iniciativa privada, fez um balanço do mandato como deputado federal em cinco mandatos e disse que se fosse votar hoje para presidente da Câmara escolheria Marcelo Catro (PMDB/PI), mas o filho Beto Rosado sufragará o nome de Esperidião Amin seguindo orientação partidária.
Sobre a política local ele negou ter participado de conversas com o grupo da ex-deputada federal Sandra Rosado (PSB) “Eu não participei de nenhuma conversa de Sandra, Laíre e Larissa”, disse.
No entanto, o ex-deputado disse que se fosse escolher um nome do sandrismo escolheria o nome de Sandra Rosado, a líder do grupo. “Sandra certamente poderia contribuir muito”, avaliou.
Apesar do gesto simpático em relação a uma eventual aliança com o grupo de Sandra, Betinho defendeu que o vice possa vir do meio empresarial ou de profissionais liberais como os advogados. “A novidade na política de Mossoró é a participação dos empresários e porque não um empresário da cidade como vice de Rosalba? Os advogados são muito organizados na cidade e também poderiam indicar um nome. Esses grupos podem oferecer alternativas para o eleitor mossoroense”, analisou.
Ao ser questionado sobre a inelegibilidade, Betinho apresentou uma série de documentos que comprovariam que ele está liberado para disputar novos mandatos e admitiu a possibilidade de tentar uma vaga na Câmara Municipal. “Poder ser um vereador da minha cidade é um posto muito honroso para colocar meu nome à disposição”, frisou.
Sobre uma possível recomposição com o senador José Agripino, Betinho não escondeu a mágoa que sente por ele ter impedido a reeleição de Rosalba em 2014.“De minha parte eu fiquei (magoado). Agripino apostou demais nele e não olhou para o partido. Não priorizou a parte política e não deu a chance de Rosalba buscar o julgamento do povo”, lamentou.
