Desde o anúncio feito por Juliane Faria de que estava deixando a Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Ação Social muitas teorias da conspiração surgiram.
A primeira delas apontava uma “jogada genial” visando as eleições do próximo ano. Quem defendeu essa ideia falava que Juliane sairia do cargo para se afastar do desgaste do governo e chegar fortalecida em 2018. Não fazia sentido porque ela é parte do governo. Também não tinha lógica porque deixar o cargo antes do prazo de desincompatibilização passaria a imagem de uma pessoa que não conclui projetos.
Além de não fazer sentido, a hipótese não resistiu ao post seguinte da ainda oficialmente primeira-dama. Era uma crise conjugal com efeitos em casa e na Governadoria.
Nas rodas de conversa há quem aposte numa mirabolante articulação política para deixar a esposa de Robinson Faria elegível sem a necessidade de o governador se desincompatibilizar.
Não é bem assim.
O Blog do Barreto consultou o advogado Olavo Hamilton. Ele foi taxativo: “A dissolução do casamento no curso do mandato não afasta a inelegibilidade relativa”.
Trocando em miúdos: mesmo separada formalmente do governador, Juliane Faria continuaria inelegível pelo simples fato de a decisão ter sido tomada em pleno exercício do mandato do chefe do executivo estadual.
Resumindo: a única maneira de a primeira-dama ser candidata em 2018 é com a saída de Robinson Faria do Governo do Estado.
Se tem simulação de crise conjugal é uma tática juridicamente inviável. Não faz sentido.