RN tem histórico de diminuição de brancos e nulos no segundo turno. Confira os números e quem pode se beneficiar com isso

O Rio Grande do Norte tem tradição de definir o governador no segundo turno e nisto há um dado interessante: um número significativo de quem vota branco e nulo no primeiro escolhe um candidato no segundo.

Nas duas últimas eleições definidas no segundo turno (2006 e 2014) o número de brancos e nulos diminuiu. Em 2014 foram 451.734 brancos e nulos, esse número caiu para 303.663. São 148.071 votos que foram distribuídos entre os dois candidatos beneficiando o hoje governador Robinson Faria (PSD) que venceu o pleito de virada.

Naquele ano os votos válidos foram 76,66% no primeiro turno e depois 84,15% no segundo. Não há influência do feriado de 3 de outubro que caiu na sexta-feira porque a comparecimento nas urnas do eleitorado foi de 83,17% no primeiro turno e 82,34% no segundo.

Em 2006, penúltima eleição definida no segundo turno, brancos e nulos somaram 248.762 no primeiro turno e 176.365 no segundo. Ao todo 72.397 eleitores mudaram de ideia e escolheram um dos candidatos na nova disputa.

O quadro, em 2006, não mudou a tendência do primeiro turno confirmando a vitória de Wilma de Faria (PSB) sobre Garibaldi Alves Filho (PMDB).

A quem esse comportamento favorece? No nosso entendimento é Carlos Eduardo Alves (PDT), pelo menos em tese, quem se beneficia desta situação pelo contexto do segundo turno.

Ele colou no candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) cuja popularidade está em ascensão no Rio Grande do Norte. Este é o fato novo que pode levar um eleitorado que escolheu não votar em ninguém por não gostar das oligarquias nem do PT, mas pode se sentir influenciado pelo candidato que se pôs ao lado do nome que representa o antissistema na corrida ao Palácio do Planalto.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto