A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) está no terceiro ano de gestão. A gordura eleitoral foi queimada neste período de muitas dificuldades e desgastes.
Os 51,12% obtidos nas urnas em 2016 estão reduzidos a algo em torno de 25% de intenções de votos se formos tirar uma média dos cenários apontados pela pesquisa Seta/Blog do Barreto.
Ela perdeu metade do capital eleitoral. Seu índice de bom/ótimo é de 24%, a avaliação positiva em questões como validade da palavra, honestidade e sensibilidade aos problemas da população oscilam dentro desta margem percentual, indicando que a prefeita está com as intenções de voto limitada ao eleitorado lhe é fiel.
Parece pouco, mas é muito. Só Rosalba em Mossoró é capaz de sobreviver a um desgaste deste tamanho. Só ela tem um quarto do eleitorado garantido independente do desempenho administrativo.
Mas o alerta preciso está aceso. A chefe do executivo municipal reduzida à bolha fica vulnerável ao voto útil em um nome da oposição. Se conseguir recuperar parcela do eleitorado insatisfeito ela tem a vida facilitada tirando proveito da desunião oposicionista.
Não há espaço para salto alto no rosalbismo. Isto seria sinônimo de subestimação dos adversários e da capacidade crítica do eleitor mossoroense. Só uma revisão de postura alteraria o quadro. A prefeita tem meios para isso, mas pelo que indica manterá o estilo administrativo padrão anos 1990.