Tudo por dinheiro ou os urubus da (má) comunicação

Francisco Otaviano de Queiroz Filho*

Não é de agora que os gestores municipais tentam de todas as formas desqualificar as lutas sindicais. Na gestão Rosalba, a luta é mais intensa e suja, em muitos casos. As informações, não se sabe orientadas por quem, não necessariamente precisam ser verdadeiras, o importante é babar a gestão e difamar os sindicatos.

Neste diapasão, o Sindiserpum tem sido, gestão pós gestão, a pedra no sapato de quem senta na cadeira de prefeito ou prefeita de Mossoró. Ninguém ficou imune as ações do sindicato e basta uma rápida procura nos arquivos dos vários veículos de comunicação da cidade para se comprovar isto. A verdade está lá.

Nos dias atuais, nesta guerra de Davi e Golias, a prefeitura tem usado a sua máquina de produzir mentiras a torto e a direito, e em escala universal, tendo em vista que agora temos as redes sociais, onde se criar um fato (ou um fake) basta uma pitada de má vontade e, aqui, acolá, umas moedas no bolso.

No ano passado mesmo, em meio à luta do Sindiserpum pelo reajuste dos servidores, o único jornal impresso da cidade comandou uma verdadeira cruzada contra o sindicato. Seu editor, da água pro vinho, passou a execrar os movimentos sindicais, basta uma pequena olhadela no Google para se deparar com elogios rasgados ao Sindiserpum quando este lutava contra outros gestores. Estranho, não é?

Hoje, um pseudo-jornalista, blogueiro, que tem a mesma credibilidade em Mossoró que uma nota fria de 3 reais, publicou, assim, do nada, que “descobriu a pólvora”, anunciando os rendimentos do Sindiserpum nos últimos quatro anos. Primeiro alguém deveria informá-lo que a “notícia” já é requentada, talvez só os valores tenham aumentado do meio do ano passado pra cá. O jornal impresso local já explorou esta pauta “bomba”.

Dois. As contas do Sindiserpum são públicas, estão lá, apostas num mural, mês a mês e só interessam aos seus associados, não são recursos públicos, Sherlock Holmes de meia pataca. Caso um sócio queira saber para onde sua contribuição está indo, é só solicitar ao sindicato que este o informará. O Sindiserpum não tem que prestar conta à imprensa nem ao poder público, já o poder público, este sim, tem obrigação de prestar contas ao povo sobre onde estão sendo empregados os seus impostos.

Sei que estou jogando palavras ao vento, e sei também o que há por trás desta (des)informação. Estamos repletos de urubus sobrevoando esta carniça que se ajunta à gestão atual, todo mundo querendo um pedacinho da costela da hiena. Eu deveria ficar quieto, mas me enoja certas posturas, apesar de que não me sai da cabeça o velho dito popular de que não se deve chutar cachorro morto.

*É servidor público aposentado 

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Canal Bruno Barreto