A cidade de Canguaretama registrou o primeiro óbito por Covid-19. O número de mortes confirmadas pelo novo coronavírus no Rio Grande do Norte chega a 20. A informação foi confirmada pelo Secretário Adjunto de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte, Petrônio Spinelli, durante a entrevista coletiva realizada hoje, 16, na Escola do Governo, em Natal.
Apesar de ser de Canguaretama, o paciente foi a óbito no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal. Os outros 19 óbitos confirmados foram registrados nas cidades de Apodi (1), Cerro Corá (1), Lagoa de Pedras (1), Mossoró (6), Natal (5), São Gonçalo do Amarante (2), Taipu (1) e Tenente Ananias (2).
O Estado conta com 400 casos confirmados de Covid-19, em 34 municípios. Já o número de casos suspeitos corresponde a 2.232, em 145 cidades do Estado, conforme dados divulgados no boletim epidemiológico liberado pela Secretaria da Saúde Pública do RN hoje. 2.207 casos descartados e 12 óbitos em nove municípios estão em investigação.
Atualmente, 113 pessoas estão internadas, 80 com suspeita de coronavírus e 33 com confirmação da doença. Do total de internações, 61 estão em hospitais públicos (16 em UTI, 17 e, leitos de Cuidados Semi Intensivos e 28 em leitos clínicos) e 52 são em hospitais privados (18 em UTI, 7 em leitos de Cuidados Semi Intensivos e 27 em leitos clínicos).
Durante a coletiva, o secretário adjunto de Saúde informou que no início da semana o Estado contava com 70 leitos disponíveis e 26 pessoas internadas entre CTI e UTI. Hoje há 79 leitos públicos disponíveis com respiradores, em contrapartida, há 33 pessoas internados entre leitos de UTI e CTI. Isso significa que, enquanto o número de leitos aumentou cerca de 13%, o número de internamentos é de 27%, praticamente o dobro.
O secretário adjunto de Saúde ressaltou a importância do isolamento social e falou sobre a redução no número de pessoas que permanecem em casa.
“A diminuição do isolamento é uma preocupação gigantesca, porque ela é determinante. Nós não estamos em colapso como outros estados porque o isolamento teve um resultado positivo, o problema é que nós não estamos no nível ideal”, alertou Petrônio Spinelli.
“5% de pessoas que vão para a rua vão fazer uma diferença gigantesca na necessidade de leitos de UTI e, consequentemente pode impactar no número de óbitos”, acrescentou o secretário adjunto, lembrando que quando mais o isolamento social for mantido, menos internações, menos óbitos e não será necessário fechar tudo mais à frente.
“Uma parte da população ainda precisa compreender e compreender acreditando na ciência, nas projeções e não simplesmente quando nós tivemos uma situação alarmante”, ressaltou o secretário adjunto.
