“Nossa posição é de que o isolamento social deve continuar”. Essa é a defesa do presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Mossoró (SECOM), Carlos Antônio da Silva, ante as pressões para a reabertura dos estabelecimentos comerciais.
De acordo com Carlos Antônio, quando houve a publicação do Decreto Municipal 5.638, que inseriu estabelecimentos como lojas de autopeças e de ferragens como essenciais, o Secom chegou a acompanhar e recebeu denúncias de trabalhadores informando algumas situações. Segundo o que lhe foi repassado, o diretor sindical comenta que alguns locais entregavam apenas uma máscara para o trabalhador passar todo o expediente, enquanto a recomendação é de permanecer com o acessório por apenas duas horas. Com relação ao álcool em gel, alguns estabelecimentos forneciam o produto e outros não e não havia luvas.
Diante disso, o Secom contatou o Município solicitando a fiscalização de forma geral e protocolou um ofício informando que os trabalhadores entendiam que não se tratava de atividades essenciais.
“É preciso haver caos em Mossoró para que eles entendam?”, questiona o líder sindical, lembrando a importância de seguir orientações científicas e o fato de a cidade não possuir grande quantidade de respiradores.
“Não é importante que abra agora para não colocar vidas em risco”, argumenta o presidente do Secom, se referindo à segurança do trabalhador e aos riscos para suas famílias.
Carlos Antônio lembra que a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é pela adoção do isolamento social. “Teve essa pressão do setor financeiro, mas a vida agora tem que ser colocada em primeiro lugar”, destaca, comentando que a economia poderá ser retomada na frente.
“Momento de reflexão, de solidariedade, de pedir a misericórdia de Deus e ser fraterno”, diz o representante do Secom. Para ele esse também é um momento de lutar para que o Estado dê apoio aos que mais precisam. “O trabalhador é quem constrói essa nação”, afirma, considerando que se as medidas adotadas por força de decreto estão funcionando, então, elas devem continuar.
“Agora é muito perigoso abrir”, reforça Carlos Antônio.
Orientações sindicais
O presidente do Secom informa que os trabalhadores que tiverem necessidade de algum esclarecimento podem entrar em contato com o Sindicato, através do telefone (84) 98883-1017.
