Com cinco óbitos inclusos no boletim epidemiológico divulgado hoje, 23, pela Secretária da Saúde Pública do RN (SESAP RN), o RN registra 34 mortes com confirmação por Covid-19. São 708 casos confirmados, 62 a mais do que ontem, 22, conforme os dados do boletim apresentados na coletiva de imprensa desta quinta-feira, realizada em Natal.
Os óbitos recentes fazem referência a pessoas em Ceará-Mirim, Natal, Ipanguaçu, Canguaretama (esses quatro noticiados aqui no Blog ontem) e Parnamirim. Oito óbitos estão em investigação – Acari (1), Baraúna (1), Mossoró (1), Natal (2), Parnamirim (1), Pau dos Ferros (1), São Pedro (1).
O Estado registra 3.086 casos suspeitos em 152 das suas 167 cidades, o que significa que as suspeitas já chegam a, aproximadamente, 91% dos municípios potiguares. 2.682 casos foram descartados e 289 pessoas estão recuperadas (o número é igual ao de ontem e sua variação depende das informações enviadas pelos municípios).
De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, que chamou a atenção para a preocupação causada pelos dados no início da coletiva, 107 pessoas estão internadas, sendo 42 com suspeita de coronavírus e 65 com confirmação da doença causada pelo vírus. Do total de internamentos, 65 estão em leitos em leitos críticos (UTI e Cuidados Semi-Intensivos).
Petrônio Spielli informou que 28,5% dos leitos de hospitais públicos do RN estão ocupados, percentual relacionado a todas as regiões do Estado. De acordo com o secretário adjunto, boa parte dos leitos disponíveis não ocupados para o tratamento de pessoas com sintomas do novo coronavírus estão na região do Seridó e no Alto Oeste, onde a pressão por leitos é menor. “Os leitos tensionados de Natal e Mossoró continuam em um nível bem mais alto do que esses 28%, o que nos traz uma preocupação adicional”, afirmou.
Para Spinelli, as pessoas que estão praticando o isolamento precisam ser protagonistas, convencendo as demais e denunciando as aglomerações. O secretário fez um apelo às pessoas que estão saindo às ruas: “Lembre-se, por mais que a ansiedade, por mais que a dificuldade financeira, por mais que aquela necessidade de fazer alguma atividade essencial esteja sendo tensionada, todos precisam se prevenir, todos precisam usar máscaras, todos precisam ter distanciamento social. Se você sair às ruas, lembre-se dos demais, lembre-se de você, lembre-se da sua família e diminua o risco de transmissão”, pediu Spinelli.
