Cuidados com as crianças também precisam ser intensificados durante período de pandemia

Apesar de despertar maior preocupação nas faixas etárias mais elevadas, todas as pessoas correm riscos e precisam ter cuidados com relação ao novo coronavírus. A regra vale também para as crianças e, nesse caso, o alerta fica para os pais.

Entre os cuidados que devem ser adotados por eles para que as crianças não tenham contato com o vírus, a pediatra Ingryd Medeiros lista as mesmas medidas válidas para os adultos. “Em primeiro lugar, ficar em casa e sair apenas para o que for estritamente necessário”, alerta.

Além disso, a médica lista medidas de higiene. “Recomenda-se higienizar as mãos com frequência, usando água e sabão (duração de 40 a 60 segundos), limpando dedos, unhas, palmas e dorso das mãos. Quando não for possível usar água e sabão, devemos usar preparações alcoólicas a 70%. Espirrar/ tossir com proteção (se não for possível usar lenços, usar braços e cotovelos – nunca as mãos). Evitar tocar o rosto. Em casa, manter os ambientes ventilados, com as janelas abertas. Desinfetar diariamente as superfícies de toque de casa (por exemplo: maçanetas, interruptores)”.

Outro cuidado orientado por ela diz respeito às pessoas que tiveram a doença, mas têm sintomas leves. “Isolar, em casa, as pessoas com formas leves da COVID-19 e os contactantes de casos confirmados da doença. Se possível, em quarto e banheiro separados. Se isso não for possível, higienizar e desinfetar o banheiro após o uso pela pessoa com a doença”, diz a médica.

“As pessoas infectadas devem sempre usar máscara ao terem contato com outras pessoas”, acrescenta.

De acordo com a pediatra, grande parte das crianças infectadas pelo vírus são assintomáticas. Entre aquelas que apresentam sintomas, eles são parecidos com os de outras formas gripais. “Febre, coriza, cefaleia, diarreia e, nos casos mais graves, dispneia (“cansaço”)”, cita Ingryd Medeiros.

Com relação às comorbidades que podem deixar as crianças mais frágeis em relação ao coronavírus, a pediatra cita uma série de fatores. “Crianças menores de dois anos, com doenças pulmonares crônicas (como asma não controlada e fibrose cística), cardiopatia, diabetes mellitus, insuficiência renal e imunossupressão, tem maior chance de desenvolver quadro grave pelo covid-19 e desenvolver Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou deteriorização clínica. Inclusive, é válido lembrar sobre os dois óbitos de crianças que foram relatados no RN: em ambos havia comorbidades’, alerta Ingryd Medeiros.

Como são mais dependentes, os pequenos não têm como se manter isolados na mesma proporção que os adultos. Além disso, em uma casa onde vivem várias pessoas também é difícil manter o isolamento. Segundo a médica, nos casos em que o isolamento não pode ser feito, seja pela idade da criança ou pela quantidade de cômodos da casa, o ideal é praticar as medidas de higiene citadas.

“É super importante manter uma dieta balanceada, com alimentos saudáveis, que colaborem com nossa imunidade. Recomenda-se ainda aumentar a ingestão de líquidos, além de fazer uso de analgésicos e antitérmicos, caso seja necessário. Em casos de sintomas mais graves, as unidades de pronto-atendimento devem ser procuradas”, finaliza a médica.

 

Pais devem estar atentos a medidas como lavagem das mãos das crianças – Foto – Reprodução/ Bebê Abril

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto