Sindiserpum acionará Ministério Público sobre aulas remotas na Rede Municipal de Ensino

 

Aulas foram suspensas como medida de prevenção contra o novo coronavírus – Foto – Web – Autor não identificado

Durante assembleia virtual realizada na sexta-feira passada, 22, com a participação de professores e supervisores, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) decidiu que vai acionar o Ministério Público Estadual (MPRN) com relação à implementação das aulas remotas na Rede Pública Municipal de Ensino, segundo informou o Sindicato, através de sua página na internet.

De acordo com a presidente do SindiSerpum, Marleide Cunha, o objetivo é denunciar a exclusão de alunos. Ela afirma que na política do Município, algumas crianças vão ficar sem estudar. Para Marleide, com as aulas remotas haverá grande desigualdade nas oportunidades de aprendizagem. Ela questiona quais serão as ações do Município para atender as crianças sem acesso à internet e as crianças com necessidade especiais de aprendizagem.

O intuito, segundo ela, é que, a partir da denúncia o Ministério Público acompanhe a situação e o Município apresente respostas sobre o que pretende fazer. A presidente do Sindicato também reforça questões como qual o diagnóstico do Município que considerou que as crianças terão acesso à internet, qual a porcentagem daqueles que ficarão sem atendimento e o que será feito com relação a esses alunos.

Marleide Cunha espera que o Município apresente respostas e diz que não se pode aprofundar as desigualdades, oferecendo condições desiguais de aprendizagem.

Na postagem na página do SindiSerpum, o Sindicato levanta ainda questões com “falta de estrutura de professores e alunos, baixa participação na devolução de atividades, a exclusão de todas as turmas com professores com aulas excedentes e de turmas com professores com contratos em fase final, além de muitas outras lacunas na portaria sobre horas letivas e frequência”, diz a postagem.

Na próxima sexta-feira, 29, o SindiSerpum promoverá uma nova assembleia.

Comissão de Educação da Câmara aprova proposta do Município

Na quinta-feira passada, 21, através de uma live veiculada no Facebook da Prefeitura de Mossoró, o Município lançou a Rede Colaborativa de Aprendizagem. A apresentação do portal educacao.prefeiturademossoro.com.br, contou com a participação da secretária municipal de Educação, Magali Delfino.

Segundo ela, a equipe vinha estudando orientações dos Conselho Nacional, Estadual e Municipal de Educação e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e chegou à conclusão que Mossoró teria que fazer algo diferente. “Nós resolvemos criar esse portal para que a Secretaria pudesse dar um suporte maior aos professores, de troca de saberes, de experiências, enfim, um portal interativo”, afirmou durante a live.

“Paralelamente ao portal que nós criamos também uma formação continuada para os professores”, acrescentou. De acordo com a secretária, a inclusão de aulas remotas no portal por parte dos professores não é obrigatória e ficará a critério de cada professor.

Com relação à contagem das atividades como horas-aulas, a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação afirma que a Secretaria ainda está avaliando a questão para que não haja prejuízo para os profissionais e alunos e assim que houver uma definição a secretária se pronunciará.

Proposta é apresentada à Comissão de Educação da Câmara

A proposta foi apresentada à Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Câmara Municipal de Mossoró (CECEL) da Câmara Municipal de Mossoró, durante videoconferência realizada na sexta-feira passada, 22, segundo informações da assessoria de comunicação. De acordo com o texto, a Comissão apoia as atividades remotas.

Em relatório, a Comissão destacou algumas medidas apresentadas pela Secretaria Municipal de Educação, como elaboração de um diagnóstico para verificar condições de acessibilidade de professores e alunos da Rede Municipal e solicitação às empresas de telefonia Oi e Tim de desbloqueio do sinal de celular para facilitar acesso à internet na zona rural.

No mesmo relatório, a Comissão afirma ter apresentado algumas sugestões à Secretaria Municipal de Educação. Entre elas, sugeriu que Secretaria assegure a disponibilidade de professores, recorrendo, se necessário, ao pagamento de aulas excedentes, para garantir a oferta de ensino a todos os alunos da Rede Municipal; adote providências para assegurar 100% de acesso às atividades remotas, com destaque para alunos da zona rural e com necessidades educacionais especiais.

De acordo com a assessoria de comunicação da CECEL, a secretária de Educação Magali Delfino afirmou que haverá suporte para a zona rural, como transporte e xerox e onde não houver conexão o professor pode elaborar atividade e deixar na escola para o responsável ir pegar.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto