O Rio Grande do Norte registra 9. 449 casos confirmados do novo coronavírus e 410 óbitos com confirmação da doença , segundo informou o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, durante a coletiva deste sábado, 6, em Natal. “É um número dramático”, afirmou o secretário.
De acordo com os dados divulgados na coletiva de imprensa, são 18.841 casos suspeitos e 16.733 descartados.
Dos 23 óbitos informados pela Secretaria da Saúde Pública do Estado (SESAP-RN), em relação aos dados divulgados ontem, oito ocorreram nas últimas 24 horas. 63 óbitos estão em investigação.
Há uma semana o número de pessoas infectadas era 7.402 e o Estado registrava 305 óbitos com confirmação de Covid-19 e o
Em todo o Estado, incluindo leitos público, filantrópicos ou privados, clínicos ou críticos, 655 pessoas estão internadas com suspeita ou confirmação do novo coronavírus. Dessas 338 ocupam leitos críticos como informou o secretário adjunto de Saúde, acrescentando que há previsão de abertura de novos leitos de UTI e enfermaria.
“Apesar dessa abertura de leitos, nós realmente estamos enfrentando, no momento, um quase colapso do sistema de saúde”, disse o secretário. “Por que que a gente não está falando em colapso ainda?”, acrescentou.
“Mas o colapso se caracteriza quando não se tem mais respiradores e também não têm mais leitos de UTI para serem abertos. Concretamente, nós estamos enfrentando uma superlotação dramática”, afirmou Spinelli.
Às 14h12, a taxa de ocupação dos leitos críticos exclusivos para o tratamento de pacientes com sintomas de Covid-19 era de 98,3% na Região Metropolitana, com 100% de ocupação dos leitos do Hospital da Polícia Militar, Hospital de Campanha de Natal, Hospital Luiz Antonio e Hospital Rio Grande; no Hospital Giselda Trigueiro 97% dos leitos estavam ocupados e 96,3% dos leitos do Hospital Municipal de Natal contava com pacientes.
Na Região Oeste, o percentual de ocupação dos leitos era de 97,8%. Em Mossoró, 100% dos Hospital São Luiz e 95% dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia estavam ocupados.
Em Pau dos Ferros, o Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade tinha 100% de ocupação.
No Seridó, o Hospital Regional Telecila Freitas Fontes contava com 59,1% dos leitos ocupados.
A fila de espera por leitos na regulação contava com 125 pessoas, às 14h15, de acordo com o RegulaRN, sendo que 56 esperavam por leitos críticos ( seis classificadas como ‘prioridade 1’ e 50 como ‘prioridade 2’). 66 pacientes classificados como ‘prioridade 3’ e três como ‘prioridade 4’ aguardavam transferência.
Abertura de novos leitos
Segundo o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, dentro do Plano de Contingência Estratégico do Estado, está prevista a abertura de 139 leitos, sendo 77 de UTI, 60 clínicos e dois de estabilização dentro de, no máximo, 15 dias.
Nesse Plano estão programados cinco leitos de UTI em Santo Antônio e seis leitos de retaguarda; dez leitos no Hospital São Luiz, em Mossoró na próxima semana, com expectativa de mais 5 ou 10 posteriormente; dez leitos de UTI e dez leitos clínicos em João Câmara, oito leitos de UTI no Hospital de Caicó.
Além disso, Santa Cruz deve abrir mais um leito, totalizando cinco, em São Paulo do Potengi serão seis leitos de UTI e dez clínicos; emPau dos Ferros devem ser abertos mais dois leitos de UTI e 16 clínicos; no Hospital João Machado 25 de UTI e dez clínicos; em Macaíba dez leitos de UTI e cinco clínicos, segundo informou Petrônio Spinelli.
Segundo o secretário, os respiradores que a Sesap recebeu do Ministério da Saúde já estão incluídos no processo de abertura dos leitos.
Mas a eficácia das medidas depende do isolamento social. “Não sei se alguém tem dúvida ainda de que há uma relação direta entre a queda do isolamento e a dramaticidade da internação de leitos críticos e leitos de UTI e de óbitos”, comentou.
O secretário também a atenção para um fato. Segundo ele, quando a abertura de todos os leitos previstos no planejamento estratégico e mencionados com possibilidade de abertura na próxima semana forem colocados em funcionamento, o Estado ficará com uma margem muito pequena de abertura de novos leitos.
Durante a coletiva, Petrônio Spinelli falou várias vezes sobre a necessidade de isolamento social. Ele acredita que se o ‘Pacto pela Vida’, iniciativa proposta pelo Governo do Estado para aumentar o isolamento, for bem sucedido, e houver isolamento social avançado, em torno de cinco dias será possível ver diminuição da pressão por leitos nas portas de entrada dos atendimentos. Para Spinelli, se houver o isolamento vai ser mais fácil organizar o sistema.
