A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) passou os três últimos meses blindada de qualquer desgaste provocado pela pandemia do novo coronavírus. A crise econômica provocada pela doença e as dificuldades sempre foram colocadas na conta política da governadora Fátima Bezerra (PT).
A razão mostra que cada esfera de poder tem uma parcela de culpa assim como o cidadão que tinha todas as condições de cumprir o isolamento social e teimou e não ficar em casa. Friso, o recorte no perfil de pessoa que não entendeu a gravidade da situação.
Mas politicamente é outra história. No jogo de xadrez com peças humanas que é a política a prefeita escolheu um lado como bem mostrei ontem.
Isso terá consequências.
Nos números de ontem o Hospital São Luiz estava 91% de taxa de ocupação dos leitos de UTI com pacientes acometidos por covid-19. O Hospital Regional Tarcísio Maia estava com 100%. Como avançar na retomada da economia nestas circunstâncias? Fátima recuou e não pode ser responsabilizada como antes. Agora é Rosalba que mesmo com esses números escolheu retomar a economia.
Justo ela que nas entrevistas reclama do excesso de pacientes das cidades vizinhas. Pois é. Agora os moradores da região virão a Mossoró como clientes passando e pegando covid-19, certamente parte desses fregueses vão se converter em pacientes mais a frente e a médica Rosalba Ciarlini terá de ser cobrada não só pelo que disse, mas pelo que fez.
A fatura política passa neste momento a ser enviada para o endereço localizado na Av. Alberto Maranhão, 1779 – Centro, Mossoró – RN.
