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Derrotado nas eleições de 2018 quando despencou da condição de senador de um milhão de votos para um humilhante quarto lugar e constrangedoramente escondido nas eleições de 2020, o ex-governador Garibaldi Alves Filho (MDB) ressurgiu do ocaso político para os holofotes da Tribuna do Norte, principal jornal do Rio Grande do Norte.
Com a franqueza de sempre analisou o cenário político no Estado e no Brasil. Criticou a governadora Fátima Bezerra (PT) por não dar foco a questão fiscal no Rio Grande do Norte.
A fala me parece descolada da realidade. A governadora criou um programa de estímulo ao desenvolvimento industrial, sacrificou a própria biografia para aprovar a reforma da previdência e lançou um bem sucedido programa de refinanciamento de dívidas fiscais atrasadas. São medidas que trazem um alívio fiscal para o Governo.
A eleição é ano que vem e será decisiva para a nobreza política potiguar. De fora dos principais cargos pela primeira vez em cinco décadas os oligarcas precisam ser reinventar para retomar a hegemonia política e disputar entre eles o poder no Rio Grande do Norte.
Não será fácil.
O Estado atualmente é governado pela esquerda e as alternativas à situação são nomes da direita sem o pedigree Alves, Maia ou Rosado.
Os oligarcas vão se mexendo com a velha tática de fingir que nada tem a ver com a origem dos problemas do Rio Grande do Norte.
Como se diz no linguajar da Internet o golpe está aí, cai quem quer.