Energia elétrica com tendência crescente impulsiona crescimento da indústria de carros elétricos

Muito do crescimento que a energia elétrica se deve às indústrias automotivas que apostam em propostas de automóveis elétricos, mais eficientes e menos poluentes que os modelos a combustível, respeitando a crescente necessidade na diminuição do consumo de combustíveis fósseis.

De facto, todos os setores empresariais se movem atualmente pela necessidade da eficiência energética a par da responsabilidade ambiental, investindo em formas de tornar o seu funcionamento bem como dos produtos que produzem mais amigos do ambiente.

No caso da indústria automotiva, os modelos 100% elétricos são movidos a bateria, que deve ser conectada à energia elétrica para ser carregada. Já os modelos híbridos utilizam o motor elétrico e um motor movido a combustível que lhes confere alguma quilometragem de autonomia sem necessidade de recorrer a combustíveis fósseis.

O futuro da indústria passará pela eletrificação de todos os modelos automóveis, esperando-se inclusive que alguns países passem a proibir a produção de modelos de automóveis a combustão.

No entanto, existem ainda algumas questões importantes que são enfrentadas pelas empresas de produção de automóveis que devem ser resolvidas para que os carros elétricos se tornem acessíveis para o público médio.

A tecnologia associada às baterias dos automóveis elétricos ainda é bastante cara o que se reflete no preço final dos automóveis. Além disso, automóveis que conseguem um preço final mais acessível para o consumidor apresentam uma autonomia reduzida, tornando-se pouco atrativos em relação aos atuais modelos a combustão, ou híbridos.

Resolvendo estas questões, com um aumento da produção e uma abertura do mercado da produção de automóveis elétricos que permita que preço final mais baixo para os automóveis que apresentem autonomia considerável, será claro que num futuro próximo o cenário seja de um boom ainda maior na indústria dos carros elétricos.

O panorama atual dos carros elétricos no Brasil

Atualmente, no Brasil os carros elétricos são acessíveis apenas às classes altas, principalmente aqueles que apresentam uma autonomia considerável. Mas, é bom frisar que cada vez mais as empresas automotivas desejam investir na eletrificação dos seus automóveis e começam lentamente a surgir modelos mais acessíveis como o compacto da Renault, o Zoe com um preço de cerca de 150 mil reais.

Por outro lado, empresas que até então estavam ligadas exclusivamente à tecnologia vêm na eletrificação dos automóveis uma porta aberta, para também elas contribuírem com a criação de modelos.

A Sony Corporation é um exemplo claro. Empresa de tecnologia apresentou o seu carro 100% elétrico, Vision-S em 2020, já começando no início de 2021 a testar o protótipo em estradas públicas da Áustria.

Não existindo ainda data marcada para o início das vendas, este lançamento por parte da Sony mostra que o mercado dos automóveis elétricos pode-se expandir para fora da indústria automotiva o que pode ser benéfica para o consumidor final, que terá mais opções de escolha no futuro.

Por agora, dados fornecidos pelo grupo BCG, ‘Boston Consoulting Group’ estima que no ano de 2030, os automóveis elétricos irão representar 5% da frota brasileira, o que corresponde até 200 mil unidades vendidas anualmente.

O crescimento da energia elétrica está transformando outras indústrias também

A tendência crescente do consumo de energia elétrica está modificando o panorama de outras indústrias para além da automotiva.

Exemplo disso é a aposta crescente na energia solar com a instalação de parques solares no Brasil que apresenta um enorme potencial de crescimento vendo a cada ano este mercado aumentar significativamente com repercussão direta no aumento de postos de trabalho.

A mudança do panorama do consumo é também uma das razões porque o consumo da energia elétrica tem aumentado, como tem vindo a acontecer com a indústria do entretenimento que se tem vindo a digitalizar cada vez mais.

No setor das plataformas de streaming, a gigante Netflix tem no Brasil o seu 3.º maior mercado. Também a indústria dos cassinos tem apostado na digitalização como pode ser visto nos cassinos online que oferecem jogos ao vivo que dão a possibilidade de desafiar outros jogadores e contar com a presença de crupiês em tempo real e que fazem com que cada vez mais pessoas optem por esta forma de diversão em detrimento dos cassinos físicos.

As instituições bancárias digitais são outro exemplo, ganhando cada vez mais espaço às instituições bancárias, permitindo que os consumidores tenham acesso aos mesmos serviços sem sair de casa.

Até a forma como as indústrias têm apostado no marketing dos seus produtos têm vindo a mudar, com as redes sociais a ganharem destaque na divulgação das novidades, deixando para trás os lançamentos nos salões de exposições físicas como os salões automóveis.

A mudança para um mundo digitalizado acarreta maior consumo de energia elétrica, levando a fortes investimentos na área que podem trazer benéficos para que a indústria automotiva cresça ainda mais.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto