Depois de 32 anos de dominação política em Mossoró o rosalbismo não se saiu bem nos seus 100 primeiros dias na oposição.
Fazer oposição não chega a ser uma novidade para o grupo da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Ela exerceu durante o último mandato de Dix-huit Rosado (1993/96) e nos três anos de Francisco José Junior (2014/16). Nestas duas situações ela tinha, mesmo fora do poder, o controle da narrativa. Não por acaso são duas gestões de péssima avaliação no imaginário popular.
Assim ela fazia impor a narrativa de que voltaria para reconstruir Mossoró.
Nos simbólicos 100 primeiros dias de Allyson Bezerra (SD), com seus altos e baixos, o rosalbismo não soube explorar temas pertinentes. Ficou na picuinha e distorções que deram muito certo contra Francisco José Junior.
A questão é que no último mandato de Dix-huit e no de “Silveira” Rosalba era perspectiva de poder, coisa que não é mais após ser derrotada nas eleições do ano passado.
É uma situação que dificulta a imposição de narrativas.
Prova disso? O grande momento da oposição a Allyson foi protagonizado pelo vereador Pablo Aires (PSB) que tomou a iniciativa de defender a vacinação contra a covid-19 nos finais de semana. A ideia pegou e foi acatada pelo prefeito.
E o rosalbismo? Gastou tempo especulando que o prefeito iria ser candidato a presidente da Femurn, cargos comissionados e se a primeira dama iria ser candidata ano que vem.
Sem o controle da narrativa na política mossoroense, o rosalbismo corre o risco de ceder espaço para novas forças.
Do ponto de vista da estratégia política para fazer oposição afirmo sem sombra de dúvidas que o rosalbismo está sem rumo.