
O vereador de Parnamirim Diogo Rodrigues (PSD) era, de acordo com o Ministério Público, o “cabeça” do esquema que fraudava a marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS).
Antes mesmo de conquistar o mandato como segundo vereador mais votado de Parnamirim, ele articulava a inclusão de informações falsas no Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGUS), que regula a marcação de consultas e exames.
O caso chamou atenção de servidores da saúde estadual que denunciaram o caso ao Ministério Público que descobriu que ele burlava os dados com a ajuda da esposa Monikely Nunes Santos, que é funcionária de um cartório em Parnamirim.
O casal foi preso preventivamente hoje pela manhã sob a acusação de estelionato, exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O esquema, segundo o MP, tinha como parceiro Bruno Eduardo Rocha de Medeiros, que foi sócio da Medeiros e Rocha LTDA, empresa responsável pelo sistema SIGUS. Bruno alterava os dados de forma que dificultava identificar os médicos que solicitavam os exames.
Ele foi preso temporariamente para ficar impedido de alterar os dados do sistema.
Diogo tinha uma articulação com secretários municipais de saúde e ação social do interior do Estado.
O MP teve acessos a milhares de mensagens trocadas por Diogo e secretários.