A eleição de 2022 parece ser distante para o eleitor médio, mas para os políticos ela está batendo a porta e quem se organiza primeiro sempre sairá em vantagem, principalmente na disputa proporcional onde cada detalhe faz a diferença.
Acostumados com a possibilidade de improvisação e costuras de última hora que a permissão das coligações proporcionais permitia alguns deputados estaduais estão preocupados com as suas respectivas situações partidárias.
Algumas legendas sofrem com a falta de base para a disputa proporcional. Quantos menos candidatos um partido tiver mais complicada fica a reeleição do parlamentar. O sonho de qualquer parlamentar é estar numa sigla que tenha “esteiras”.
A “esteira” ideal é a que contribui para atingir o quociente eleitoral, mas não ameace a reeleição do parlamentar. É uma conta difícil de fechar.
Por isso, vários deputados estão analisando o cenário em busca de partido. O PSD, por exemplo, com três deputados a agremiação vive dias de incertezas com a saída de Fábio Faria do partido, o que deve levar Galeno Torquato a deixar a agremiação, por exemplo. A situação no PSB preocupa os deputados Souza e Hermano Morais. A legenda até tem as “esteiras”, mas não seriam suficientes para reeleger ambos.
Outro problema se dá pelo excesso de deputados em um único partido. É o caso do PSDB que tem cinco. O tucanato não tem problemas para ter esteiras, mas terá internamente uma disputa duríssima entre os atuais parlamentares, o que pode levar um ou outro a uma mudança de rumo.
Os próximos meses prometem ser intensos. Sem coligações temos muitos partidos para poucas candidaturas viáveis.