Styvenson fica com a barbárie. Fala sobre violência contra uma mulher com criança nos braços é absurda não importa o contexto

Senador Styvenson escolhe a a barbárie (Foto: arquivo)

O vídeo com o senador Styvenson Valentim (PODE) analisando a agressão do policial que agrediu uma mulher que carregava uma criança nos braços numa ocorrência de violência doméstica é uma ode à barbárie não importa o contexto (ver vídeo abaixo).

Basta observar as palavras para entender muito bem o que pensa o parlamentar sobre esse tipo de caso: “dois tapas bons”, “eu lá sei o que essa mulher fez para merecer dois tapas?” (ver vídeo abaixo).

Sempre tive enorme respeito por Styvenson e o distingui do bolsonarismo. Depois desse vídeo ficará mais difícil diferenciá-lo do presidente.

O senador abraçou a barbárie.

Sim, tentar buscar o “outro lado” numa história em que um policial bateu numa mulher com uma criança de colo é pactuar com a incivilidade. Não tem contexto que justifique aquilo.

A polícia estava ali para proteger uma mulher vítima de violência doméstica. Não cabe ao agente de segurança se envolver emocionalmente no caso. Não cabe a ele agredir fisicamente uma pessoa, principalmente uma mulher com uma criança nos braços, não importa o que ela tenha feito.

Se houve desacato que ela fosse detida e levada para a delegacia.

Quantos vídeos já vimos na Internet em que a Polícia Militar reage passivamente a insultos de ricaços brancos sem esboçar qualquer reação?

Abaixo o vídeo de uma ocorrência semelhante à de Santo Antonio do Salto da Onça (por envolver violência doméstica), mas só que no chiquérrimo condomínio de Alphaville em São Paulo:

Caberia ao PM conferir dignidade à mulher. Seria obrigação de Styvenson condenar o gesto e escolher melhor as palavras usadas. Não adianta caçar um contexto para justificar ou jogar a culpa nos “lacradores”, nas feministas ou em quer que seja.

Até entendo que ele estava se posicionando sobre um tema delicado por ter sido da tropa não faz muito tempo, mas é preciso ter a humildade de reconhecer que errou ao agir de forma desumana ao abordar um caso que envolve uma mulher com o agravante dela estar em situação de vulnerabilidade.

A reação nas redes sociais foi educativa.

Mais civilização, menos barbárie e que Styvenson reveja a sua posição.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto